N/A: Boa tarde, amores! Postando hoje o capítulo, porque com a correria ontem eu acabei não conseguindo postar me perdoem.
Beijos, Jull
Capítulo 16
No primeiro andar, depois de se servir de uma taça do vinho que estava na geladeira, Luna voltou para o escritório de Theo, que era para onde ele havia desaparecido assim que Gabi subiu para se trocar. Havia algo estranho se passando nessa casa, ela decidiu, e aquela estudante irritante estava no centro de tudo.
Apesar de que ela não é uma garotinha de escola mais, Luna pensou com alguma irritação. Ela estava crescendo depressa demais, e Luna era perceptiva o bastante para saber que o que vira não era uma situação comum que alguém esperaria ver entre um guardião e sua protegida. Não, de fato. Essa merda precisava acabar de vez. Nada e ela queria dizer nada entraria entre ela e o homem com quem pretendia se casar.
Luna conhecia Theo há muitos anos. Seus pais haviam sido amigos antes dos Crawford se divorciarem e ambos se moviam nos mesmos círculos sociais. Porém, não foi até depois que Byron Jordan e sua esposa morreram que ela e Theo se tornaram próximos. Não era uma questão de ele tê-la notado e a convidado para sair, mais um caso de estarem no mesmo lugar ao mesmo tempo (ou melhor, Luna garantindo que estaria no mesmo lugar que Theo sempre que possível), quando ela grudaria nele como um percevejo, fazendo o papel de amiga solícita, até que as pessoas começaram a associar um ao outro e os convidar para eventos como um casal.
Para Theo, ainda lamentando a perda de seus amigos mais próximos e lutando para lidar com suas novas responsabilidades, tanto com a Jordan Publishing quanto com Gabi, Luna era uma opção fácil. Eles se conheciam, ele não precisava fazer esforço para agradá-la, e se ele precisasse de uma "E Convidada", ela era a escolha perfeita. Era bonita, inteligente, financeiramente independente e ele podia levá-la para qualquer lugar, apresentá-la para qualquer pessoa. E ela podia conversar com qualquer um deles, desde autores best-seller a produtores musicais, de senadores americanos a nobres ingleses.
Sobre o sexo, ela era entusiasmada, vocal e disponível o suficiente.
Resumindo, ela era a mulher dos sonhos de muitos homens.
Se ele fosse pressionado, porém, Theo não seria capaz de dizer que ela era a mulher dos seus sonhos.
Enquanto Luna rebolava para dentro do escritório, ele desviou o olhar do seu notebook e a encarou enquanto ela atravessava a sala e ia até o sofá, onde havia tirado um cochilo mais cedo. Ela sorriu para ele enquanto se abaixava graciosamente sobre as almofadas, cruzando as pernas e indicando o assento ao seu lado.
Theo conteve um suspiro, sorrindo para ela em vez disso.
— Desculpe, Luna, mas tenho trabalho para terminar antes de uma reunião na manhã de segunda. Por que não vai descansar na sala? Gabi vai descer a qualquer momento e seria bom se pudesse lhe fazer companhia.
— Ah, querido, de verdade! Não quero ouvir falar sobre você trabalhar sendo que só vou ficar até amanhã. — Luna fez beicinho. — E por favor, não me faça conversar com aquela criança cansativa. Você sabe que não tenho a menor ideia de como lidar com crianças.
Ela riu, como se tivesse feito uma piada, mas ficou incomodada ao ver os olhos de Theo estreitarem e sua mandíbula travar.
— Ela não é uma criança, Luna, fato que imagino que já tenha levado em conta. Em setembro ela vai herdar uma fortuna substancial e vai se tornar sócia majoritária da JP, sobre a qual atualmente tenho poderes legais. Neste ponto ela vai efetivamente se tornar minha chefe.
Lana balançou a mão em um gesto desdenhoso.
— Ah, não me venha com essa. Não tenho a menor dúvida de que o grande Theo Crawford vai usar seus poderes de sedução mágicos para fazer aquela pobre ingênua de cabeça vazia fazer exatamente o que ele quiser. — ela falou, olhando para ele por entre seus cílios. — Afinal, sempre funciona comigo.
Ela deu uma risadinha, que Theo considerou completamente fora de contexto. Várias coisas estavam erradas na suposição de Luna. Primeiro, ele duvidava que qualquer homem vivo fosse capaz de fazer com que ela agisse de alguma forma que não desejasse e, segundo, ele nunca tentara seduzi-la. De fato, Theo mal podia se lembrar das circunstâncias nas quais haviam consumado seu relacionamento, tal como era, pela primeira vez.
Mas era seu constante ataque verbal na inteligência e aparência de Gabi que o enojavam de verdade.
Okay, ele dissera algumas coisas horríveis para Gabi nas últimas quarenta e oito horas, mas quando o assunto era outras pessoas a criticando, ele se viu ficando na defensiva.
Porém, agora não era a hora e ele realmente não tinha a energia ou a disposição para entrar nesse assunto com Luna.
— Olhe, Luna, eu realmente tenho que trabalhar nisto. Se não quer passar tempo com Gabi, ótimo; por que não sobe e toma um banho relaxante? Podemos sair para um jantar mais cedo, digamos às seis e meia, já que tenho certeza que está cansada e eu também estou. — Ele forçou um sorriso, querendo apenas que ela o deixasse sozinho.
Ela soltou um suspiro alto e exageradamente dramático antes de se levantar.
— Okay, okay, vou te deixar em paz. E um banho e jantar são uma boa ideia, na verdade. A criança pode ficar sozinha ou você precisa arranjar uma babá? — Ela perguntou, sem um traço de ironia.
A boca de Theo se abriu e ele a encarou, tentando decidir se ela estava falando sério. Para sua consternação, ele achava que sim.
— Luna... Querida... — Ele começou, passando uma mão pelo cabelo e apertando sua nuca enquanto a encarava. Ele se forçou a pensar cuidadosamente antes de tentar de novo. — Para começar, como falei, Gabi vai ser legalmente adulta em menos de seis meses, então uma babá não seria necessária caso ela fosse ficar em casa sozinha, okay?
Luna deu de ombros, não mais interessada, e começou a se virar.
— Luna? — Theo esperou até que ela o encarasse novamente, com uma expressão entediada no rosto. — Mas ela não vai ficar sozinha em casa, porque vai nos acompanhar para o jantar. — Ele arqueou uma sobrancelha, praticamente a desafiando a discutir.
Mas Luna não havia conseguido tudo o que tinha sem saber quais batalhas lutar, e apesar da sua descrença com o fato de que a garota iria com eles como uma vela, ela engoliu sua frustração e deu de ombros de novo.
— Claro, você está certo, querido. De qualquer forma, estou indo tomar um banho. Se terminar aqui nos próximos vinte minutos, por que não se junta a mim? — Ela terminou com um sorriso sedutor.
Theo sorriu em resposta, mesmo que um tanto menos entusiasmado, mas não respondeu verbalmente antes de voltar a prestar atenção no monitor do notebook.
Luna franziu a testa mas não continuou onde estava, saindo do escritório de Theo e subindo as escadas. Não havia sinal da garota ali embaixo, graças a Deus, então ela não seria forçada a conversar com ela antes de poder escapar para o quarto de Theo.
Quinze minutos depois, Luna se afundava na banheira enorme de Theo, apoiando a cabeça no apoio acolchoado, e fechava os olhos.
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Sem controle
RomanceGabriela Jordan é uma orfã de 17 anos que está prestes a herdar a fortuna que sua família lhe deixou. Uma garota sem controle com um corpo de matar e um cartão platinum na mão, ela está pronta para virar a cabeça de Theo do avesso. Poderá Theodore C...