Sem controle

Capítulo 10

Capítulo 10

De volta na casa na Mews, Gabi tomou um banho longo e indulgente, tirou cada pelo desnecessário, hidratou cada milímetro de pele que conseguiu alcançar e então começou a conferir suas compras, tentando decidir o que vestir.

Ela finalmente se decidiu por um vestido micromini colorido, estilo década de sessenta, com longas mangas abertas e um decote baixo em v, junto com botas amarelas e brilhantes de PVC com saltos agulha e que iam até seus joelhos. Ela cuidadosamente fez sua maquiagem com uma sombra esfumada azul escura, delineador preto e pesado e máscara para um visual autêntico da década de sessenta, e um batom cor de pêssego. Ela colocou seu Wonderbra azul e escolheu a calcinha minúscula que fazia par com ele, em vez de uma tanga, já que o vestido mal cobria o que importava. Finalmente, ela enrolou o cabelo no alto da cabeça, o prendendo com grampos, e entrou no vestido minúsculo. Ela o puxou sobre seu quadril, enfiou seus braços nas mangas, o fechou e ajeitou. Ele realmente era muito curto. Colocando as botas, ela as fechou e revirou as sacolas de compras para achar a pequena bolsa amarela de PVC que ela tinha comprado para combinar.

Dando um último olhar no espelho, ela sorriu enquanto se virava de um lado para o outro. O clima estava ameno o suficiente para ela precisar apenas de uma jaqueta leve, então ela colocou seu celular, cartão de débito e chaves na bolsa e saiu do quarto.

Na sala de estar ela encontrou um bloco de post-its ao lado do telefone. Ela rabiscou uma nota rápida para Theo, dizendo que ia se encontrar com Amy e Sofia e chegaria tarde em casa, acrescentando um aviso de que suas amigas dormiriam ali. Ela então pegou sua bolsa e foi para a porta da frente, a trancando atrás e si e caminhando pela Mews até Kensington Gore, onde ela sabia que não teria problemas para chamar um táxi.

Vinte minutos depois, o Bentley de Theodore descia a Mews e parava na frente da casa. Saindo do carro, Theodore lutava para segurar um buquê de rosas, sua maleta e uma sacola de plástico contendo uma caixa de chocolates caros que ele tinha mandado Lynda comprar, enquanto tentava abrir a porta. Uma vez dentro de casa, ele subiu as escadas, chamando Gabi enquanto atravessava a sala de estar e ia até a mesa de jantar, onde colocou sua maleta, junto com suas ofertas de paz.

— Gabi? — Theodore franziu a testa quando não teve resposta. Ele se virou para ir até a cozinha pegar um copo de água, e foi quando viu o bilhete amarelo pregado no balcão.

Enquanto ele lia a nota de Gabi, sua expressão mudou de confusa para incrédula e então para furiosa.

— Mas que porra!

Ele tirou seu Blackberry do bolso interno da sua jaqueta e selecionou o número de Gabi. Começou a chamar e respirou fundo para tentar se acalmar o suficiente para não perder a cabeça quando ela atendesse. Mas ela não atendeu. Depois de meia dúzia de toques, a chamada foi para a caixa de mensagens. Ela o havia ignorado.

— Oi, aqui é a Gabi, se disser algo interessante depois do sinal, te ligo de volta.

— Você está tão ferrada, Gabriela. Me ligue de volta agora ou está frita! — Theodore apertou o botão para desligar a chamada e se forçou a colocar o celular no balcão com cuidado para que não sabotasse seu próprio esforço em falar com Gabi quando jogasse aquela porcaria na parede.

Gabi não ligou de volta.