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Foi tudo bem na consulta com o cirurgião, como era de se esperar.

O especialista passou o relatório ao chefe do departamento médico do Inter de Milão, que certificou que, dentro de alguns dias, Rafael poderia retomar os treinos com o restante dos companheiros de equipe. Os dois ficaram contentes.

Rafael comentou com o técnico que, antes de voltar a obedecer às suas ordens, tinha pensado em dar uma escapada para relaxar na Toscana, sem se expor a qualquer perigo.

Norton achou uma boa ideia, sem saber que sua filha o acompanharia na viagem.

Isabella passou às onze horas para buscá-lo. Colocaram as pequenas bagagens e Louca na parte de trás do carro e pegaram a estrada.

— Lá vamos nós pra Volterra.

Isabella fez questão de dirigir e acabou convencendo Rafael a concordar.

Ao saírem de Milão, passaram por um pedágio e prosseguiram até a saída A-15, que os levou a Parma, de onde seguiram até Spezia.

Ali pararam para almoçar e então continuaram o caminho.

Ao chegarem a Pisa, pegaram a saída Ponsacco na direção de Pontedera e, finalmente, chegaram a Volterra.

O trajeto de cinco horas foi todo feito em meio a confissões e brincadeiras.

Quando Isabella parou o carro, ficou observando a bonita casa de campo em tom sépia.

— Que linda...!

Rafael tirou a cadela do carro e anunciou, olhando para o lugar:

— Se você gostou por fora, vai ver só por dentro. Eu a reformei e ficou linda.

Encantada pelo que via, caminhou até a porta, que se abriu imediatamente. Apareceram um homem, uma mulher e duas crianças que correram para falar com Rafael.

Ele soltou as malas, agarrou os pequenos, que literalmente se penduraram em seus braços, e cumprimentou o casal:

— María, Edoardo, como estão?

— Bem, Rafael, muito bem. E você? — perguntou o homem, olhando para sua perna.

— Show de bola, minha recuperação vai muito bem. Logo você vai me ver jogando de novo no time.

A mulher, imaginando que as crianças o estavam importunando, repreendeu:

— Dodo! Sindia! Quietos, meninos! Não incomodem Rafael.

Ao ouvi-la, Rafael ergueu os pequenos nas costas e respondeu em tom divertido:

— Fique tranquila, María, eles não incomodam.

Isabella, que havia se mantido em segundo plano, se aproximou e as crianças olharam para ela curiosas. Ela sorriu. Brincaram um pouco e depois, com os meninos já cansados, Rafael pegou-a pela cintura e fez as apresentações:

— Isabella, estes são María, Edoardo e seus filhos, Sindia e Dodo. Eles se encarregam de cuidar da casa pra que, quando eu vier, a encontre tão bonita como você está vendo.

Isabella os cumprimentou com um sorriso espetacular e, depois de conversar por uns instantes, eles se foram, deixando Rafael e ela a sós naquele paraíso.

Enquanto Louca corria como alucinada pelo enorme terreno na Toscana, Rafael mostrou a casa a Isabella: era seu orgulho, uma casa que nada tinha a ver com a que ele morava em Milão.

Vai sonhando!Where stories live. Discover now