18.

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Na sexta de manhã, depois de uma noite em que dormiram como anjinhos, Isabella acordou nua e aninhada nos braços dele.

Fechou os olhos e se lembrou do que tinha acontecido horas antes naquele quarto.

Tinha sido alucinante: sexo — mas sexo dos bons — daqueles que deixam a gente com um sorriso bobo nos lábios durante o resto do dia.

Estava recordando tudo, quando ouviu um sussurro ao ouvido:

— Bom dia, linda, dormiu bem?

Fez que sim como uma bonequinha. Tinha até vergonha de olhar nos olhos dele, mas enfim riu quando Rafael apertou sua cintura com os dedos e começou a fazer cosquinhas.

Começaram a manhã felizes da vida e, quando Isabella conseguiu escapar das garras de Rafael, correu até o boxe e o proibiu de entrar.

Precisava de uma chuveirada, mas uma chuveirada sozinha, sem que ninguém passasse as mãos por seu corpo e a deixasse louca.

Rafael concordou, mas se sentou no bidê para observá-la tomar banho enquanto esperava sua vez de fazer o mesmo.

Ela saiu e ele a enrolou numa toalha. Depois de alguns beijos, Isabella conseguiu sair do banheiro sem que fizessem amor outra vez.

Secou a pele, abriu seu enorme pote de creme hidratante e começou a se besuntar. Depois dos efeitos da quimioterapia e da rádio, sua pele tinha ficado muito fina e delicada e precisava de muita hidratação, para não sentir coceira.

Rafael não conseguia deixar de observá-la. Chegando mais perto, apoiou o queixo em seu ombro e murmurou em meio a carícias:

— Sua pele me excita.

— Que bom, fico feliz em saber.

— Por que você passa tanto creme?

Isabella deu de ombros e sorriu.

— Simplesmente tento me manter hidratada para continuar tendo uma pele macia assim.

Entre beijos e brincadeiras, ela o empurrou para o chuveiro e quando ele saiu, dez minutos depois, ela já estava esperando totalmente vestida.

— Nem pense em se aproximar de mim — riu ao ver que ele deixava a toalha cair no chão.

— Tem certeza? — Gargalhou.

Incapaz de não olhar para aquela ereção tentadora, ela pestanejou.

— Sim... tenho.

Rafael deu um passo adiante e continuou com voz sensual:

— Você está morrendo de vontade de chegar perto. Vamos, vem me comer... estou morrendo de vontade de você.

Enfeitiçada pelas palavras dele, ela estava quase decidida a atender ao pedido, mas retomou o controle de seu corpo e respondeu, enquanto o olhava com os olhos muito abertos:

— Vou preparar o café da manhã. É melhor se apressar.

Sem dizer mais nada, saiu do quarto acalorada e, quando chegou à sala, ainda podia ouvi-lo rir com surpresa.

Gostava de estar com Rafael, não podia negar. Ainda sorria fascinada quando o celular tocou.

— Oi, mamãe!

— Não sou a mamãe, Fette, sou o papai.

— Olááá, Grande Chefe!

A risada do pai fez Isabella sorrir e, antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele perguntou:

Vai sonhando!Where stories live. Discover now