Conversas

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Camila chegou ao Botecão acompanhada de Zayn, e não tardou a entrar no ritual das cervejas antes da primeira dose de tequila. Apesar de estranhar a sede por álcool da suposta namorada, Zayn não a impediu, e mesmo que tentasse, as suas novas roommates estavam empolgadas demais com os jogos de vira-copos para permitir que alguém interferisse.

A primeira dose chegou, depois a segunda, e apenas poucos ficaram para a terceira. As meninas e meninos das repúblicas irmãs não davam sinais que cederiam à embriaguez, até mesmo Zayn, contrariando as ordens médicas, deixava evidente o quão afetado já estava pela bebida.

O excesso de álcool acendeu a libido do rapaz que deixara a timidez de lado para ousar beijos mais salientes e carícias menos comportadas com Camila, que se rendia como se seu corpo estivesse dormente às investidas de Zayn.

Se os estudantes não cessavam a bebedeira, o dono do bar fez isso. Sob protestos os universitários caminharam para casa, alguns trocando as pernas, outros riam, outros cantavam, promovendo o desfile dos diversos tipos de bêbado: os chorões, os ricos, os valentes, os saudosistas, os sentimentais...

Na entrada da república das meninas, Zayn insistia para Camila não entrar em casa.


– Fica só mais um pouquinho gatinha...


O rapaz parecia ter se transformado bruscamente em um polvo, apalpando e cercando Camila de todas as formas, pressionando-a contra a porta, até esta se abrir. Obstinado Zayn continuou suas investidas, caindo sobre a moça no sofá da sala, beijando seu pescoço, seus lábios, e ofegante demonstrava sua excitação avançando sobre os seios de Camila que em vão tentava se esquivar. Sem forças suficientes para fugir da volúpia crescente do rapaz, Camila só repetia:


– Zayn para... Chega, não quero...


Zayn ignorava os apelos de Camila, a ponto de despir com vivacidade a colo da moça.


– Zayn chega, já disse: não quero!


Sentindo o genital de o rapaz erigir-se, Camila foi tomada de pânico ao notar que o rapaz lhe segurava com vigor.


– Deixa disso gatinha, sei que você me quer... Estou louco de tesão por você, esse seu corpo, esses peitos...


Zayn alcançou os seios de Camila com a boca, lambendo-os avidamente. Camila que antes tentava se defender, agora deixava o choro de pânico vir à tona.


– Calma gatinha vou te dar muito carinho, te dar muito prazer...


Camila virava o rosto rejeitando aquele contato, as lágrimas escorreram por sua face e com mais força na voz disse:


– Zayn me larga! Não quero!


Para sua sorte, Dinah assustada saiu do quarto, acendeu a luz da sala e berrou:


– Que merda é essa Zayn?


A moça apesar de embriagada empurrou o rapaz com violência, o que o fez se desequilibrar e cair no chão.


– Surtou cara? Dando uma de babaca agora?!


Dinah berrava, enquanto ajudava Camila a se sentar, ajudando a amiga se cobrir.


– Desculpa... Eu me deixei levar...


– Rapa pé daqui Zayn! Vai, se manda! – Dinah continuou berrando.


– Camila desculpa...


– Zayn não é hora pra se desculpar, vai embora agora!


Como que despertado de um transe, Zayn saiu envergonhado da república, enquanto Dinah abraçava Camila, que chorava compulsivamente, se sentindo suja, no seu pensamento um só desejo: estar nos braços, no colo de Lauren.

Leis do Destino - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora