15. Intruder

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Aquela noite, enquanto eu deitava na minha cama quase dormindo, eu ouvi um barulho. Eu coloquei minhas mãos nos meus ouvidos e deixei que isso não me acordasse. Mas então eu ouvi vidro caindo e eu estava acordado.

A estufa.

Alguém está invadindo minha estufa, meu único santuário. Sem mesmo me vestir, eu corri para minha sala de estar e atirei aberta a porta que dava para fora.

— Quem ousa incomodar minhas rosas?

Por que eu disse aquilo?

A estufa estava banhada em luar e iluminação pública, ainda mais brilhante pelo buraco em uma das vidraças. Uma figura sombria estava no canto. Ele tinha escolhido um ponto pobre de entrada perto de uma treliça. Ela tinha caído e agora descansava no chão, os galhos das rosas quebrados, cercada por sujeira.

— Minhas rosas!

Eu investi contra ele no mesmo momento que ele investiu para o buraco na parede. Mas minhas pernas eram muito rápidas para ele, muito fortes. Eu afundei minhas garras na suave carne da coxa dele. Ele deixou sair um uivo.

— Me deixe ir! — Ele gritou. — Eu tenho uma arma! Eu vou atirar!

— Vá em frente. — Eu não sabia se eu era invencível para tiro de armas. Mas minha raiva, pulsando, pesando através das minhas veias como sangue de fogo, me fez mais forte, me fez não importar. Eu tinha perdido tudo que havia para perder. Se eu perdesse minhas rosas também, eu podia muito bem morrer. Eu joguei ele para o chão, então pulei sobre ele, colocando seus braços no chão e tirando os objetos de suas mãos.

— Isso era com o que você ia atirar em mim? — Eu rosnei, brandindo o pé de cabra que eu tirei dele. Eu segurei no alto. — Bang!

— Por favor! Me deixe ir! — Ele gritou. — Por favor, não me coma. Eu faço qualquer coisa!

Foi só então que eu me lembrei o que eu me parecia. Ele pensou que eu era um monstro. Ele achou que eu ia moer seus ossos para fazer meu pão. E talvez eu era, e poderia. Eu ri e agarrei ele em uma chave de braço, ele lutando contra mim. Segurando seus braços com minha pata livre, eu arrastei ele escada acima, um voo, dois, indo para o quinto andar, para a janela. Eu segurei sua cabeça fora dela. Na luz da lua, eu podia ver seu rosto. Parecia familiar. Provavelmente eu apenas o vi na rua.

— O que você vai fazer? — O cara engasgou.

Nem ideia. Mas eu disse:

— Eu vou te derrubar, imbecil.

— Por favor. Por favor não. Eu não quero morrer.

— Como se eu me importasse com o que você quer.

Eu não ia derrubar ele, não realmente. Isso traria a polícia, com todas as suas perguntas, e eu não podia ter isso. Eu não podia nem mesmo ligar para o polícia para prender ele. Mas eu queria que ele temesse, temesse pela vida dele. Ele tinha machucado minhas rosas, a única coisa que eu tinha deixado. Eu queria que ele mijasse em suas calças de medo.

— Eu sei que você não se importa!

O cara estava tremendo, não apenas em terror, eu percebi, mas porque ele estava tendo uma abstinência. Um drogado. Eu coloquei minha mão eu seu bolso para as drogas que eu sabia que estava lá. Eu puxei elas para fora junto com a carteira de motorista dele.

— Por favor! — Ele ainda estava implorando. — Me deixe viver! Eu te dou qualquer coisa!

— O que você tem que eu poderia querer?

Ele se contorceu e pensou.

— Drogas. Você pode ficar com essas! Eu posso pegar para você mais — todas que você quiser! Eu tenho muitos clientes.

 beastly  ➻  jm + ygOnde histórias criam vida. Descubra agora