22. Snow

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Dois dias mais tarde, as quatro da manhã, eu esperei em baixo enquanto Jin acordava Jimin e o encaminhava para porta. Estava escuro, então eu encarei a janela desde que não havia ninguém para ver. A nossa volta, a Cidade que Nunca Dorme dormia. As ruas estavam vazias. Tinha nevado um pouco a noite, e as calçadas estavam sem pegadas. Mesmo os caminhões de lixo não estavam fora ainda.

— Onde a gente está indo? — Jimin perguntou quando ele desceu.

— Confia em mim? — Eu segurei minha respiração pela resposta dele.

Ele tinha todas as razões para não confiar em mim. Eu tinha sido o sequestrador dele, seu captor, ainda eu preferiria morrer que machucar um único cabelo da cabeça dele. Eu esperava que depois de cinco meses vivendo comigo, ele soubesse disso.

— Sim — ele disse, parecendo tão surpreso com as novidades quanto eu.

— Nós vamos para um lugar ótimo. Eu acho que você vai realmente gostar.

— Eu tenho que fazer alguma mala?

— Eu tenho tudo que você vai precisar.

Taehyung chegou e eu encaminhei Jimin pelo portão, e eu andei com Jimin em torno da entrada de segurança da nossa construção. Segurei o pulso dele, mas eu não usei força. Ele não era mais meu prisioneiro. Se ele corresse, eu o deixaria ir.

Ele não correu. Meu coração tinha esperança que ele não tinha corrido porque ele não queria ir embora, mas talvez ele simplesmente não sabia que eu não ia segurar ele. Ele seguiu minha liderança para a limusine que estava esperando.

A limusine tinha sido feito do meu pai. Depois que eu falei com Jin, eu liguei para ele no trabalho. Levou algum tempo para passar pelo sistema de telefone do estúdio, mas finalmente eu escutei aquela voz famosa, cheia de preocupação paterna.

— Yeongi, eu estou quase no ar. — Era quase cinco e quinze.

— Isso não vai levar muito tempo. Eu preciso da sua ajuda. Você me deve isso.

— Eu te devo isso?

— Você me escutou. Você me trancou no Brooklyn por mais de um ano, e eu não reclamei. E também não fui para o canal Fox com minha história de filho besta de Min Junhoe. Encare isso, você me deve.

— O que é que você quer, Yeongi?

Eu expliquei. Quando eu terminei, ele disse:

— Você quer dizer que você tem um garoto morando aí?

— Não é como se a gente estivesse fazendo isso.

— Pense na responsabilidade.

— Sabe, papai, quando você me abandonou com o empregado, você perdeu o direito de supervisionar minha conduta.

Eu – eu - não disse aquilo. Afinal, eu queria alguma coisa dele.

— Está legal, Papai. Eu não estou o machucando. Eu sei que você está tão preocupado quanto eu sobre me livrar dessa maldição. — Eu tentei pensar no que Taehyung diria. Taehyung era inteligente. — Isso é o porquê de isso ser tão importante que você me ajude com isso. O mais cedo que eu me livro disso, menos chances que há de alguém descobrir.

Eu fiz isso tudo sobre ele porque esse é o jeito que ele pensaria nisso.

— Tudo bem — ele disse. — Me deixe ver o que eu posso fazer. Eu tenho que ir para o ar agora.

O que ele fez foi cuidar de tudo — o lugar, o transporte, tudo, menos um cara para alimentar as rosas. Aquilo eu tinha feito. Agora eu assisti Jimin enquanto ele cochilava, a cabeça dele encostada no meu ombro, e agora o carro fez seu caminho através ponte de Manhattan. Eu me senti como alguém que tinha sido jogado por uma corda na beira de um penhasco. Havia uma chance que isso ia funcionar, mas se não funcionasse, eu cairia, e cairia duro. Embora Jimin dormisse, eu não podia. Eu assisti o começo do trafego rolando nas luzes minguantes da cidade. Não estava tão frio. Pelo meio-dia, a neve luminosa seria uma bagunça lamacenta, mas logo estaria frio e o Natal e muitas coisas para se olhar mais perto. Jin e Taehyung dormiam no outro lado do banco. O motorista tinha tido um ataque quando viu Holly.

 beastly  ➻  jm + ygOnde histórias criam vida. Descubra agora