Capítulo 25

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Joana
- É para acelerar! Só temos mais 5 horas até o tempo acabar! - gritou Minho em plenos pulmões. O Grupo B já se vê bem mas ainda estamos bem atrás delas.

- Não vejo o Tommy lá. - comentou o Newt.

- Mas como é que tu vês alguma coisa a esta distância?! - levantei os braços irritada. Como é que ele distingue as pessoas e eu não?

- Cegueta.

- Cala-te perna de pau.

O rapaz limitou-se a grunhir.

Andámos e andámos e parecia que não saíamos do sítio. Se não fosse pelas montanhas atrás diria que tudo à nossa volta era uma ilusão de ótica. Já passaram pelo menos 40 minutos desde que saímos do sopé da montanha e sinto-me a morrer.

Pensa no refúgio Joana pensa no refúgio... estás quase.

Não se vê nada. Agora é que me apercebi. Não há nada no horizonte e já falta pouco.

- Sou a única a achar estranho não haver um refúgio... hmmm... visível? - disse Vi.

Suspirei tentando não mostrar o meu pânico.

- Logo se vê. A CRUEL deve ter algo na manga. Tem de haver alguma coisa.

- É melhor rezarmos para que sim... senão... - ela apontou para o céu que estava agora quase coberto por nuvens.

- oh não... outra vez não... - dizia o Minho em desespero.

- Vamos lá. - Disse Newt - Não queremos ser apanhados pela tempestade outra vez, pois não?

Muitos dos rapazes estremeceram enquanto que eu e Vi olha-mos uma para a outra.

- Vocês passaram por uma tempestade? - perguntei a ninguém em específico.

- Oh sim se passamos.

- Perdemos muitos nesse dia...

- E eu quase morri! - disse o Minho levando um dedo ao ar como que a acusar o céu de tal proeza.

Limitei-me a assentir. Só agora é que da para perceber a sorte que tivemos em ir pelos túneis.

Mais umas horas a andar e conseguimos apanhar o Grupo B. Começando a caminhar lado a lado com uns bons  40 metros de distância.

- O Thomas não está ali. - disse Brenda
após observar o grupo com atenção.

- Nem a Teresa... - reparei eu.

- Nem o Aris. - disse o Newt.

- Coincidência? Acho que não. - disse Jorge abanado a cabeça e gesticulando com os braços.

- OI! - gritou o Minho e podia jurar que Vi, com o susto que apanhou, quase lhe bateu. - O QUE É QUE FIZERAM AO NOSSO AMIGO?!

As raparigas conferenciaram entre si e Harriet foi quem respondeu:

- NÃO SABEMOS DELE.

- COMO ASSIM? NÃO SE PERDE UMA PESSOA ESPECIALMENTE UM CHANCO COMO ELE QUE... não para quieto.

Alguns abafaram o riso.

- MESMO ASSIM... EXPLIQUEM-SE!

- SE QUEREM TANTO SABER APROXIMEM-SE! - desta vez foi
Sonya.

- A NÃO SER QUE TENHAM MEDO. - E claro, a Ana.

- Devíamos ir. Esta gritaria toda está-me a dar cabo dos nervos. - disse Jorge começando a dirigir-se para elas, ou seja para leste, em vez de para norte para onde estávamos inicialmente a dirigir-nos.

Desta vez fui junto à Brenda. Já quase me esquecera que ela estava connosco. Também não falava muito, para não mencionar que havia passado a maior parte do tempo desde que o Thomas fora levado a conferenciar com Jorge.

Algum tempo depois o Grupo B parou e o que tornou a nossa tarefa de chegar a elas mais fácil.

- Muito bem, expliquem-se. - Disse o Newt assim que as alcançámos.

Harriet deu uns passos em frente e falou:

- A Teresa começou a agir novamente de forma estranha, especialmente depois de nos termos recusado a matar o Thomas e quando demos por isso tinham os dois desaparecido. - Ela encolheu os ombros como que a pedir desculpa.

- Há sinal deles? - perguntei.

- Ali. - olhamos para trás e lá estavam 3 figuras a dirigirem-se para nós a grande velocidade.

- Graças a Deus... - Suspirou Newt de alívio.

- Há quanto tempo é que eles estão atrás de nós? - perguntou Vi.

- Só reparámos quando parámos. - disse Sonya encolhendo os ombros.

- E pararam porque...? - perguntou Minho.

- Chegamos ao refúgio - esclareceu Ana não parecendo muito contente.

- Como assim?

A rapariga limitou-se a apontar para o chão arenoso.

Não hesitei em olhar mas tive de me conter para não gritar de frustração.

No chão encontrava-se apenas um pau espetado com uma fita cor de laranja presa onde se podia ler a preto:

O REFÚGIO

- Então agora a CRUEL acha que tem piada, hem?

- Pelos vistos...

- Não percebo devia ser aqui TEM de ser aqui. - Disse. Como pode ser possível? Foi o que nos pediram... isto não é assim... tínhamos de vir aqui... e agora abandonam-nos?

- É aqui Joana não vês! Estamos no sítio certo. O único problema é que somos só nós que cá estamos...

- Ainda falta mais de uma hora talvez tenhamos de esperar até ao fim do prazo. - Sugeriu Sonya.

- Mas e se não for isso? E se isto for um teste e estiver-mos só a gastar o tempo que nos falta? - disse uma rapariga.

- São ambas boas teorias só não sei como sabemos qual a certa. - Mediou Minho.

- Por enquanto esperamos. - Disse. - Talvez aqueles 3 tenham algo a partilhar.

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