Depois de regressarem ao caminho original as quatro estavam bastante mais calmas e confiantes, embora essa sensação não tivesse durado mais que meia hora pois deram de caras com um beco sem saída.
- Oh pá... - deixou escapar Joana.
- E agora? - perguntou Susan.
- Dava para virar à esquerda à uns 5 minutos atrás... - Informou Vi.
Ana pensou durante uns segundos e depois soltou um suspiro.
- Parece que vai ter de ser...
Voltaram para trás e viraram para outro corredor tentando seguir paralelamente ao anterior mas não demorou até voltarem a dar com um beco sem saída.
- Se calhar os túneis não continuam daqui para a frente. - sugeriu Vi.
- Venham vamos tentar outro corredor.
O processo repetiu-se mais uma vez até que acabaram eventualmente por perder o norte.
- Estamos feitas... - disse Vi.
- Não, não estamos. - insistiu Ana pela milésima vez naqueles 5 minutos em que tinham estado perdidas num emaranhado de corredores muito mais curtos e baixos que os outros, cheios de bifurcações que nunca mais pareciam acabar.
- Vem comigo...
- O quê? - perguntou Joana virando-se para as outras.
- O quê o quê? - perguntou Vi.
- Não disseram nada? - perguntou Joana confusa.
- Não... - respondeu Ana desconfiada.
- Então mas não ouviram nada? - insistiu Joana.
- Ouvir o quê? O que ouviste? - Perguntou Susan aproximando-se dela com o cabelo loiro já todo caído do rabo de cavalo.
- Uma voz... - observou o túnel à sua frente. - Veio... bem... agora que penso nisso não sei de onde veio. Só... ouvi.
- Só espero que não sejam aqueles Crankos outra vez... - Disse Susan com medo.
- Vamos andando não devemos ficar muito tempo paradas. - declarou Vi e com isso continuaram a andar.
As outras poderiam não ter dado muita importância mas o assunto preocupava-a. De quem seria a voz? Haveria mesmo uma voz? Teria sido só imaginação por ter estado tanto tempo nos túneis? Estaria a enlouquecer? Teria apanhado o Fulgor?
Não sabia, mas forçou-se a esquecer o assunto até que 10 minutos depois ela voltou...
- Estou aqui....
Desta vez parecia um sussurro enquanto que da primeira tinha sido alto e bem perceptível.
Vinha do túnel à sua direita. Virou abruptamente querendo ao máximo descobrir o/a dono/a da voz, mas o corredor estava vazio.
Voltou-se para trás para não ver mais que um corredor vazio. As outras haviam desaparecido.
- Oh bolas... MALTA? - gritou desesperada. - MALTA?! - Joana não suportava a ideia de ficar sozinha naquele labirinto subterrâneo. Se havia coisa que odiava era estar debaixo de terra e o facto de estar sozinha só piorava a situação.
- JOANA? - ecoou a voz de Vi vinda da sua direita.
- VI! - Ouviu-se a da Susan vinda de algures atrás de si. - Onde estão?
- Não sei... - admitiu Joana.
- VI! JOANA! - Berrou Ana.
- ANA! - Gritaram as duas ao mesmo tempo.
Joana tentou seguir as vozes das amigas correndo de corredor em corredor sem parar.
- AQUI! - gritavam as três alternadamente enchendo os antes silenciosos túneis com o barulho de passos e gritos.
De repente as duas amigas calaram-se.
- MALTA? ANA! VI!? - Chamou Joana correndo o mais rápido que conseguia na direção de onde tinha ouvido as suas vozes pela última vez.
Os túneis ficaram mais altos e mais cumpridos à medida que corria.
Correu e correu quase caindo uma ou outra vez no completo desespero, procurava qualquer coisa, um som ou um vislumbre do caminho certo a seguir. Qualquer possibilidade ou impossibilidade lhe agradava.
Por fim numa curva viu-as as duas paradas.
- JOANA! - Gritaram em uníssono.
- Estávamos tão preocupadas! - disse Vi enquanto as duas corriam em direção a Joana.
- É melhor sairmos daqui. Fizemos muito barulho. Já não deve demorar muito até sermos encontradas... - apressou-se Ana a acrescentar.
Joana assentiu ainda a tentar recuperar o fôlego. Começaram a andar mas uma pensamento atingiu Joana:
- A Susan? - As outras duas viraram-se para ela confusas.
- Quem?
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Provas de confiança
FanficLivro 2 Sequela de "No lugar errado" Maze Runner Fanfiction "Não há nada pior do que o labirinto..." Pensou Joana. Mal ela sabia que o pior ainda estava para vir. Pois na terra queimada as coisas vão mudar... Já não se sabe em quem se pode confiar...