De volta para casa

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MELIODAS

Acordo com o cantar dos pássaros. Estou deitado sobre a grama de um jardim.
Me levanto devagar e vejo Kanso em pé na minha frente.
— Seja bem-vindo ao Mundo dos Guardiões! — diz ele.
Então eu ergo os meus olhos e vejo a riqueza de toda essa terra, Palácios e Reinos de ouro, prata, diamantes entre outras matérias preciosas! Jardins tão ricos em plantações como nenhum outro! A Natureza realmente reina aqui! Ar tão puro como nunca havia exalado antes! Tudo é tão grandioso! Tão glorioso! Tão perfeito!
— Meliodas? — vejo Amós junto com os 11 Guardiões se aproximarem de mim. — Pronto para se tornar um Guardião?

10 anos depois...

Estou caminhando em direção ao Palácio do Rei Amós, o Primeiro Guardião. 5 Soldados deuses estão me acompanhando. 
— Senhor, — diz um dos Soldados na frente dos portões do Palácio — O Rei Amós o aguarda na Sala do Trono. — diz curvando a cabeça em respeito à mim.
Assenti com a cabeça e eles abriram os portões.
Entrei com meus 5 Soldados. Continuei caminhando até a Sala do Trono, quando cheguei ao Trono do Rei todos os convidados aplaudiram. Todos se curvaram perante mim, exceto o Rei e os outros 11 Guardiões que estavam em pé ao lado do Trono.
— Hoje é o dia o qual tanto esperamos! — diz Amós — À 10 anos atrás, Meliodas veio para o mundo dos Guardiões para treinar para se tornar um de nós! E hoje, nesse dia tão especial, ele será coroado Príncipe dos Mil Mundos! Hoje ele se torna um de nós! — gritou eufórico e todos aplaudiram calorosamente. — Meliodas, aproxime-se do Trono por favor. — então eu subi 3 degraus do Trono.
Os servos trouxeram uma túnica branca e um manto azul.  Me vestiram com a túnica branca, em seguida colocaram o manto por cima da túnica. 
— Confortável não é? — disse Amós para mim — Digno de um Príncipe. Tragam os armamentos! — disse ele para os servos.
Então trouxeram uma espada longa e colocaram em um coldre em minhas costas, logo depois trouxeram um Cetro e me entregaram. O Cetro possui uma joia vermelha na ponta. Eu andaria com esse Cetro para todo lugar, todo Guardião tem um Cetro. Em seguida, se aproximaram de mim 2 Soldados. Um deles tinha uma faca. Um Soldado agarrou minha mão direita e o outro fez um corte fundo na palma da minha mão com a faca. Então eu agarrei o Cetro com a mão cortada e a jóia brilhou.
— Pronto, agora você pode invocar as Armas do Reino em qualquer lugar que você estiver. Basta abrir o portal e escolher a Arma. — disse Amós para mim.
— Obrigado, Rei Amós. — falei curvando a cabeça.
Eu amadureci bastante nesses 10 anos, aprendi muita coisa — muita coisa mesmo — estou muito mais forte! Eu mudei fisicamente também, aparento estar mais velho do que à dez anos atrás, minha voz está mais rouca, não sou mais um demônio preso na forma de uma criança. Agora tenho cabelos na altura dos ombros e sim, eles continuam loiros.
Meus olhos agora são azuis, porém, agora eu tenho total controle sobre todos meus poderes, posso fazer meus olhos ficarem vermelhos a hora que eu quiser. Consegui o controle sobre o Poder da Maldição!

[...]

O festejo acabou, agora sou um Príncipe. E em breve retornarei para a Terra. Mal posso esperar para saber como estão os cinco!
— Melizinho? — desperto dos meus pensamentos ao ouvir Safira me chamar. Ela é uma Princesa, está aqui à muito mais tempo que eu, ela nasceu nesse mundo na verdade! Ela é uma boa amiga, embora temo que ela não me veja apenas como amigo.
— Olá, Safira. — respondo me sentando na grama verde e olhando para o horizonte.
— O que está fazendo? — pergunta se sentando ao meu lado.
— Nada... só pensando.
— Pensando em quê?
— Ah... Na minha vida na Terra, em breve retornarei para lá.
— Sabe que não precisa ir.
— Eu quero ir. — ela abaixa a cabeça como se estivesse triste com a resposta.
— Por que? Eu não entendo. Por que deixar tudo o que tem aqui para voltar para um mundo tão frágil e pobre?
— Ah Safira, você diz isso porquê nunca saiu daqui. Você se surpreenderia se conhecesse os mundos que existem por aí.
— São Mil Mundos, acho que não tenho paciência para conhecer todos. — diz ela me fazendo rir.
— Eu também não conheci todos.
— Mas conheceu alguns...
— Sim, mais que você pelo menos. — ela riu com meu comentário. Ficamos um tempo em silêncio, então eu pego uma foto de Vulcânia que guardo comigo e fico encarando a foto.
— Ainda pensando nela? — pergunta Safira quebrando o silêncio.
— Ela é uma pessoa especial.
— É, eu sei, você já me falou dela. — diz insatisfeita — Ainda ama ela?
— Eu amo todos meus amigos.
— Será que ela ainda espera por você? Digo, será que ela não se envolveu com mais ninguém?
— Não sei... Se passaram tantos anos... Não sei como serão as coisas quando eu voltar. Na verdade será tudo novidade quando eu voltar. Eu terei que conhecer meus amigos de novo, terei que aprender tudo de novo sobre eles, suas mudanças.
— Talvez eles não tenham mudado tanto...
— Eu mudei.
— Isso é verdade! — disse rindo — Quando chegou aqui eu não queria vê-lo nem pintado de ouro! E hoje... — parou de falar como se tivesse medo do que ia dizer.
— E hoje...? — olho para ela e à incentivo a terminar.
— E hoje é um grande amigo! — ela pensou rápido, mas tenho certeza de que não era isso que ela ia falar.
— Bom, amanhã mesmo vou perguntar à Amós quando irei regressar para a Terra!
— Eu irei com você! — diz ansiosa.
— Tudo bem, creio que não há problema ir comigo falar com o Rei.
— Eu não estou falando de ir com você falar com o Rei, Meliodas. — arregalo os olhos.
— Você não pode ir comigo para a Terra, Safira! Seu pai enlouqueceria se eu à levasse para tão longe!
— Eu sei me virar sozinha! E além do mais: Quem disse que ele precisa saber?
— O quê? Você está louca se pensa que vou esconder alguma coisa do seu pai!
— Meliodas, você sabe o quanto eu quero conhecer outro mundo! Eu nunca saí daqui! Por favor me leva com você! — diz fazendo bico.
— Eu acho que posso falar com o seu pai. — falo revirando os olhos.
— Isso! Obrigada! Obrigada! Obrigada! — fala repetidas vezes me abraçando e beijando meu rosto.
— Vai com calma, eu disse que vou falar com ele, não sei se ele vai deixar.
— Eu sei que você vai conseguir convencê-lo! — sorri pra mim e eu faço o mesmo.

O Rei Dos Mil Mundos: Parte 1 (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora