O Resgate

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MELIODAS

Muitos dias se passaram e Perseu continuava me torturando. Cada dia de tortura era pior que o anterior, à cada novo dia Perseu inventava novos métodos de tortura, o que não deixava eu me acostumar com a dor.

Estava virando rotina, todos os dias às 06:00 horas da manhã a porta do quartinho se abria e então Perseu entrava com seus olhos vermelhos brilhantes, me torturava até eu apagar, arrancava meus dedos, abria meu corpo, até minhas pálpebras ele arrancava, meus dentes, tudo com aquele maldito alicate! A dor era infernal, eu nem imaginava que era possível sofrer tanto! Então, quando o meu cérebro não suportava mais eu apagava, e então eu viajava para o mundo onde tudo era branco, exceto o céu escuro, onde eu via e conversava com Vulcânia que sempre me incentivava a aceitar o monstro que estava adormecido dentro de mim, o monstro que eu treinei 10 anos no Mundo dos Guardiões para controlar. Então eu acordava, de volta no quartinho de tortura onde eu via a verdadeira Vulcânia preocupada comigo, chorando rios, assim que eu acordava eu dizia para ela que estava tudo bem e falava para ela limpar o chão cheio de sangue, pois se ela não o fizesse seria punida por Perseu e eu não podia protegê-la naquelas condições. Quando ela terminava de limpar tudo já era madrugada e nós tínhamos algumas horas de "paz". Tudo para o dia amanhecer de novo e tudo se repetir.

Mas então chegou o dia!

TRINC! TRINC! TRINC!

Perseu me torturava com seu alicate. Chega! Eu não aguento mais! Lágrimas escorriam por todo o meu rosto, sangue, suor, saliva, tudo se derramava, o sofrimento era indescritível e inimaginável!

— Vamos, irmão! Me mostre o que há de pior em você! Vamos! Vai continuar gritando e implorando para eu te matar?! — gritava Perseu na medida em que ia cortando os meus membros.

Depois de suportar muita dor e sofrimento, eu desmaiei.

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— Meli? Meu amor? — a voz de Vulcânia me fez despertar em meu sonho. Abri meus olhos, eu estava deitado sobre seu colo, ela acariciava meus cabelos e me olhava com carinho. — Se salve, Meli. Me salve, salve Madmá!

— Sim, Meli, me salve! — levantei a cabeça para ver quem falava, então eu vi Madmá mais à frente, ela estava coberta de sangue e de ferimentos, o que me espantou.

— Madmá, o que houve com você?! — perguntei me levantando.

— Aqui tudo é sofrimento, Meli! Enquanto eu estou desmaiada, eu sou torturada mentalmente! — disse Madmá chorando com desespero. — Por favor... eu não aguento mais... não aguento mais tanta dor e sofrimento... — suas lágrimas me comoveram e me fizeram me sentir ainda mais mal. Eu estou sendo egoísta! Elas estão sofrendo porquê eu não quero tirá-las daqui! Eu tenho o poder suficiente, mas não aceito! Eu sou o verdadeiro vilão!

AMÓS

— Senhor! Descobrimos onde o Assassino Perseu está mantendo Meliodas cativo! — disse Erves, um dos Comandantes do Exército Real.

— Descobriram? Ótimo, prepare as tropas! Vamos partir imediatamente! — disse eu me levantando do meu Trono. Mal posso esperar para resgatar Meliodas, Perseu deve ter feito muitas crueldades com ele nesses 52 dias.

— Sim, senhor! — disse Erves correndo para preparar o Exército.

Convoquei os 11 Guardiões para irem comigo para salvar Meliodas. Infelizmente apenas 4 Guardiões puderam ir comigo. Baltasar, o Segundo Guardião; Constantino, o Terceiro; Filinto, o Sexto e Kanso, o Décimo Segundo.

O Rei Dos Mil Mundos: Parte 1 (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora