Hora de partir.

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MELIODAS

Depois de conversar com Madmá eu vou até Safira que está sentada numa poltrona à frente.
Assim que me aproximo eu fico ao lado dela, em pé, observando os demais conversando. Me concentro para ouvir o coração de Safira, ele está acelerado.

Limpo a garganta.

— E então... como foi a conversa com o seu pai? — pergunto para a Princesa que fecha as mãos e não consegue me encarar.

— Não muito produtiva. — ela diz naturalmente, talvez ela esteja nervosa, mas não por minha causa...

— Quer dar uma volta? — pergunto indo à frente dela. Ela fecha os olhos como se estivesse analisando e então torna à abri-los.

— É uma ótima ideia! — então um belo sorriso aformoseia o seu rosto. Estendo a mão para ela, ela agarra minha mão e nós saímos do Castelo.

Nós caminhamos juntos por um tempo, então eu decido perguntar.

— O que o Luan estava conversando com você? — a sombra de um sorriso se forma no rosto de Safira.

— Oh, então você notou... — ela sorri, mas sinto que ela está incomodada pelo tom da sua voz. Incomodada talvez não... talvez... chateada?

— Por que eu não notaria?

— Nada. — continua sorridente — Luan só estava me acalmando. 

— Acalmando? Não pensei que estivesse nervosa.

— É que saber que alguém está interessado em te fazer mal é bem intimidador. — ela diz cruzando os braços enquanto caminha.

Agarro seus braços e faço ela me encarar.

— Eu não deixarei que te façam mal! — afirmo olhando em seus olhos e ela cora.

— E-Eu sei. — seu olhar é tímido, seu sorriso encantador.

Eu estava prestes à voltar para o Castelo, mas uma voz forte frustra os meus planos.

— “Eu não deixarei que te façam mal!” — olho para o dono da voz, é um homem grande, de cabelos curtos, grisalhos. — Não faça promessas que não pode cumprir, Príncipe. — ele diz com um sorriso sarcástico em seu rosto, então uns 15 homens aparecem atrás dele.

— São deuses? — Safira sussurra confusa.

— Quem são vocês? — pergunto afastando Safira para trás de mim, pré-sentindo que uma luta irá acontecer.

— Nós somos meras peças de um quebra-cabeça. — diz o homem grisalho erguendo as mãos — Vivemos para cumprir a vontade daquele que nos enviou!

— O que vocês querem?

— A Princesa! Filha de Amós, o Primeiro Guardião! Nos entregue a moça e sairemos sem lutar!

Não consigo evitar o sorriso que se forma no meu rosto.

— Como é? — cuspo minhas palavras — Eu nunca fugiria de uma boa luta! Quanto à vocês, só tenho dois pedidos à fazer. — encaro os deuses — Me divirtam... E não morram tão rápido! — então eles avançam na minha direção, gritando como um poderoso exército faria em uma guerra.

SAFIRA

Um dos deuses inimigos tenta acertar o Melizinho com seu machado, mas o Príncipe desaparece de sua frente, reaparecendo do outro lado da rua deserta. Ele está parado, com as mãos no bolso, com a cabeça inclinada e os olhos fechados.

O Rei Dos Mil Mundos: Parte 1 (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora