O Cavaleiro Solitário

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MELIODAS

Já se passaram 17 dias desde a fuga do Anticristo Renegado.
Amós está no salão de reuniões, ele está com o Conselho dos Guardiões e os 11 Guardiões, o Conselho é formado por deuses anciões de vários Mundos, como do Mundo dos Sábios, Mundo do Fogo, Mundo da Supremacia, etc. A reunião é porquê o Conselho quer que eu deixe o posto de Príncipe dos Mil Mundos, eles acham que eu cometi um erro muito grave permitindo a fuga de um dos Assassinos mais perigosos dos Mil Mundos, e de fato foi um grande erro. Os 12 Guardiões estão tentando me manter como Príncipe, mas o Conselho tem grande influência e são difíceis de convencer, pode ser meu fim como Príncipe.

Seja qual for a decisão que eles vão tomar, eu estou pronto. Reconheço que errei e mereço pagar por isso. Agora infinitas vidas estão em perigo e nem sequer sabem disso.

— Meliodas. — Kanso me chama abrindo a porta do Salão de Reuniões. Olho para ele curioso. — Entre aqui. — ele ordena e assim eu faço.

Ao entrar eu vejo os 11 Guardiões sentados à mesa junto com o Conselho. Todo o Conselho me encara com olhar de desprezo e até... nojo. Afinal, para eles eu não passo de um Anticristo imundo, não é mesmo?

— Meliodas. — Amós pronuncia meu nome se levantando, sua postura é firme, sua voz afiada, mas seus olhos denunciam a tristeza que ele está sentindo. — O Conselho decidiu. Você não é mais um Príncipe. — nesse momentos vários servos do Rei entram em cena e começam a tirar de mim o Manto Real, o Cetro, as jóias, as Armas reais... — Eu, Amós, o Primeiro Guardião, tiro de você o seu nome como Príncipe, tiro de você a Coroa! Tiro de você os acessos às armas e magias do Reino! À partir de hoje você é apenas um civil comum dos Mil Mundos. Não tem mais nenhuma ligação oficial com o Reino.  — claro que Amós foi obrigado a dizer essas coisas, ele não queria dizer estas coisas, afinal, ele me considera como um filho.

Nesse momento um ancião do Conselho se levanta.

— Amós parece estar apegado ao garoto. — diz o velho com sua voz rouca — Permita-me dizer o que você não tem coragem de falar, Primeiro. — então ele olha pra mim com um olhar cruel — Caso você cometa mais algum erro como esse, será considerado um traidor e um Renegado, como seu irmão. Será preso e se resistir à prisão, será usada a força das Tropas do Reino. Se fugir, será caçado e executado! Como um Renegado deve ser. Estamos entendidos? — era dois segundos para eu avançar no velhote e quebrar o pescoço dele. Mas não, já arranjei problemas demais por enquanto.

— Eu entendi perfeitamente. — falei.

— Ótimo. — disse o velho — Então já pode sair. — me virei para a porta onde vi Kanso que me olhava insatisfeito, ele estava perdendo um aluno também. Um sucessor.

Ao sair do Salão me senti com um vaso quebrado. Mais uma vez eu perdi tudo.

Tentarei não surtar.

DEUS SUPREMO

Estou no meu Palácio, assentado em meu Trono.

— Senhor! Senhor! — um dos meus Soldados entra gritando no Palácio.

— Como ousa entrar na presença do Rei sem ser anunciado? — pergunto em tom neutro, mas furioso.

— Perdão, senhor! Mas é que a notícia que trago é urgente! Não pode esperar! — disse ele quase sem fôlego. Ele está muito assustado. Soldados covardes!

— Ora, então fale de uma vez!

— Senhor... É o Perseu... Ele está de volta!

— O quê!? — me levanto com a surpresa, um calafrio percorre por todo o meu corpo. — Ele não está preso?!

O Rei Dos Mil Mundos: Parte 1 (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora