O Rei Dos Mil Mundos: Parte 1 (PAUSADO)

Lembranças...

MELIODAS

Já se passaram 20 dias desde o meu encontro com o Anticristo Renegado, Perseu.

Quando Amós e eu voltamos para o Mundo dos Guardiões à 20 dias atrás, Soldados vieram nos informar que o espia se matou. Como ele conseguiu? Eu não sei.

Durante esses dias eu tenho pensado em ir falar com o Anticristo Renegado, Vulcânia e eu estamos mais próximos também, agora que não há Luan para atrapalhar. A loira me disse para não ir falar com o Prisioneiro, mas eu sou teimoso.

Já estou no Mundo dos Sábios, o rei Obadias permitiu que eu falasse com o Prisioneiro. Depois de passar por toda a segurança da prisão eu entro na Caixa de vidro.

— Você demorou para voltar... — diz o Anticristo assim que a porta se fecha atrás de mim.

— Como sabia que eu voltaria? — pergunto me sentando no chão de frente à ele.

— Eu te conheço muito bem, Meliodas.

— Quero que me conte sobre a minha família. — disse eu encarando o chão. A tristeza toma o meu coração.

— Eu posso te fazer lembrar de alguma coisa... — disse ele com os olhos em mim — Mas você vai ter que me tirar daqui se quiser saber mais. Se aproxime. — então eu me aproximo dele, ambos estamos sentados, frente a frente. Ele ergue a sua mão presa às correntes com dificuldades. Então ele toca a minha testa. Tudo se escurece, então eu desmaio.

Acordo num lugar totalmente escuro, há apenas um feixe de luz sobre mim, tudo aqui é silencioso, uma paz abraça o meu ser.
Logo à frente eu vejo o Anticristo Renegado, sobre ele também há um feixe de luz.

— Onde estamos? — pergunto para ele.

— Na sua mente. Eu vou destravar uma lembrança para você. — então ele aponta para o lado e eu olho. De repente um clarão machuca meus olhos, e então uma de minhas memórias é destravada, e eu assisto uma pequena cena da minha vida passada, como se fosse um cinema.

Como se fosse um telão, eu assisto à um menino, ele é loiro e tem olhos azuis, seu rosto lembra o meu.

— Meliodas, este garoto é você. — diz o Prisioneiro de cabelos brancos. — Você tinha oito anos nessa época.

— O-Oito... anos...? — murmuro, eu estou encarando à mim mesmo com oito anos de idade, eu estou muito... bobo.

— Esta é sua mamãe. — diz ele assim que uma linda mulher de cabelos louros longos, entra na casa. Ela carrega uma cesta cheia de frutas.

— Para quem são as frutas? — eu pergunto para o Renegado.

— Para seus animais de estimação.

— Quais animais eu tinha?

— Um leão e um lobo.

Depois entrou um menino que aparentava ser um pouco mais velho que eu, ele tinha cabelos negros na altura dos olhos, como os meus. Ele começou a brincar com o meu eu mais jovem.

— E esse quem é? — perguntei totalmente entretido com a brincadeira dos dois.

— Esse sou eu.

— O que?! — perguntei surpreso. Olhei para o Prisioneiro no mesmo instante.

— Ué, sou eu.

— V-Você me conhecia desde essa época?!

— Meliodas, eu te conheço desde que você nasceu. — meus olhos se arregalaram ao máximo.

N-Não pode ser! Lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos.