Capítulo sem título 19

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RESOLUÇÕES


Naquela mesma noite Marisa contou a Antony tudo o que se passara entre ela e Jéssica, cada palavra, cada reação de uma e de outra. Ele ouviu calado e no fim, a certeza de que à ele, não restava outra opção senão a de entender e aguardar. De certo que ficou triste em saber que ela se afastaria deles e que também pelo fato dela ter pedido para não ser procurada, porém, ainda que antony não se sentisse bem por completo, era preciso ficar, era preciso continuar a vida,mesmo que ele se sentisse mal por tê-la magoado. No final das contas, as coisas não tinham sido um desastre total, se ele não conseguiu fazer com que os três se entendessem, ao menos tinha Marisa ao seu lado. Não que isto significasse para ele um prêmio de consolação. Absolutamente! Marisa lhe era muitíssimo especial para ser vista daquele modo. Antony estava apaixonado pelo seu jeito simples e delicado, por seus gestos comedidos. Seu riso miúdo e meio acanhado que deixava transparecer seus dentes frontais levemente separados. Aquele jeito tímido de sorrir e que teimava em desviar os olhos toda vez que o fazia. Eles tinham entre eles uma bela sintonia,seus gostos combinavam, muitos eram seus interesses em comum. Antony simplesmente adorava aquele seu ar de donzela indefesa precisando ser cuidada, ele adorava a forma de se descobrirem um ao outro na hora em que faziam amor. Era absurdamente mágico toda vez que seus corpos se encontravam, o modo como ela se aninhava no seu peito depois do ápice do prazer que experimentavam. Ainda naquele domingo à noite, Antony cumpriu com o tradicional ato de pedir Marisa em namoro diante dos pais dela. Tal fato fez com ela morresse de vergonha tomada pela surpresa do gesto, e fez também com que diminuísse um pouco a resistência quanto ao namoro deles, principalmente por parte da mãe de Marisa, pois seu pai ao contrário, pareceu muito empolgado pela  atitude de seu "genro". Dizia ele, que Antony, era um homem a moda antiga, fato raro nos dias atuais, notadamente um homem de princípios.

Eles jantaram juntos, beberam um saboroso licor de jenipapo após o jantar e, naquela noite, já entrando pela madrugada, Antony e Marisa trocaram beijos e amassos na varanda da casa dela, sob a luz do luar,tal qual dois adolescentes em princípio de namoro.

Ficar com Marisa para Antony era o jeito mais fácil de se viver o amor, o jeito doce e tranquilo que ela tinha tornava o ato de amar a coisa mais simples e natural do mundo. Antony estava sim muito feliz com o modo como se relacionavam, porém depois de alguns dias, começou a sentir como se algo lhe faltasse. Entretanto, ele havia se prometido que não deixaria com que Marisa percebesse esta sensação de jeito nenhum, afinal, não era justo com ele e muito menos com ela aquele sentimento. Na segunda semana após o início de namoro entre Antony e Marisa, ele escapuliu por pelo menos umas duas vezes no meio da tarde para passar de carro em frente ao estúdio de Jéssica.Todavia, sempre o mesmo cenário, as portas abaixadas, tudo deserto e com cara de abandono. Aquele mesmo bilhete pregado na porta dizendo assim:


"Desculpem, fechado por tempo indeterminado"


Aos poucos as coisas se assentariam. Sem dúvidas a felicidade ainda que não fosse plena pediria passagem e se consolidaria. Marisa e ele seriam felizes como poderiam ser. Para ela, Antony era o namorado perfeito, conquistou o respeito de sua família, era super atencioso para com ela em todos os aspectos, sempre que podia a cobria de carinhos e mimos. Não cansava de lhe mandar mensagens de SMS apaixonadas, declarações pelas redes sociais, visitas surpresas para buscá-la no trabalho, presentes simples mas românticos tais como bichos de pelúcia e jóias nem tão caras, passeios na praia só para juntos assistirem ao pôr do sol. Antony também era um amante exuberante, sabia onde e como tocá-la, sabia o momento certo de diminuir ou acelerar o ritmo, o modo de se aproximar, a hora certa de falar e de calar, de dar e receber prazer. Seus beijos eram suaves sem deixar de ser marcantes e arrebatadores. Junto dele Marisa oscilava entre a santa e a devassa e se sentia plena e satisfeita ao lado daquele homem ao mesmo tempo sensível e viril. Ela era feliz por ser amada, por amar e por ter todas as suas expectativas satisfeitas por aquele homem, seu príncipe, seu namorado, seu amante, seu amado. Enfim, a felicidade os alcançava e ainda não havia nem dois meses que haviam principiado o namoro.



Três. Um jeito de amarOnde histórias criam vida. Descubra agora