The Sinner

Capítulo 06

No dia da missa estava lá, com olhos atentos mas com a mente dispersa. Cercando Harry pelos cantos, marcando sua presença entre os bancos de madeira e os fiéis.

Kyra cruzou as pernas voluptuosas dentro de seu jeans. Tinha decidido parar de pensar coisas indecentes sobre o padre, mas ao vê-lo discursar no altar de um lado para o outro em sua calça risca de giz e camisa social branca com todos os botões fechados até a gola, não conseguiu para de imaginar em sua mente deus dedos percorrendo aqueles botões, desabotoando um a um até que..

Não. Lembrou-se que prometeu. Prometeu parar de fantasiar acordada. Apenas continuou a apertar suas pernas uma contra a outra. A igreja estava cheia, ele sequer a notaria.

- Eu sou sua e você será meu - Ela disse unindo suas mão se fechando seus olhos.

A missa acabou e a igreja já estava quase completamente vazia, mas Kyra continuou sentada ao fundo. Auto flagelando se mentalmente, decidindo o que fazer da sua vida.

ㅡ Senhorita Jones?

A garota ouviu aquela voz e ergueu seu rosto na direção de Harry.

ㅡ Padre? - Sua voz inocente sobressaiu quase em desespero. Levantou-se devagar e pôs se a encara-lo de frente ㅡ Desculpe, eu já deveria ter ido embora.

ㅡ Precisamos conversar. ㅡ Sua voz soou dura e sua impressão impassível, era impossível saber o que se passava em sua nebulosa mente. Mal olhou a garota nos olhos e virou-se bruscamente, começou a andar na direção da sacristia.

Kyra rapidamente entendeu o recado e começou a segui-lo, passando por entre os bancos apreensiva. Imaginou a conversa séria que estava por vir.

O padre fechou a porta da sacristia, o cheiro de vela e essência de baunilha era perceptível por toda parte. A garota cruzou os braços em assombro, o silencio se instalou no cômodo como uma nevoa espessa. O padre Styles a encarou com seus olhos claros como agua. Como não disse nada, foi Kyra quem tomou a palavra.

ㅡ Padre, eu sinto muito pelo que aconteceu no outro dia. Eu estava fora de mim.

ㅡ Shhhh. ㅡ O padre segurou seu queixo entre os dedos fazendo com que se calasse imediatamente. ㅡ Não fale agora ou eu posso voltar a consciência, Deus, me perdoe por favor, mas eu não posso parar.

Ela concordou com um aceno incerto. Harry sentiu aquele calor subindo pelo seu corpo, era o desejo mostrando se presente, arrancando a sua sanidade pela raiz.

ㅡ Então, Kyra ㅡ Harry imobilizou-a contra a parede fazendo uma porção de velas rolarem para o chão ㅡ Guarde o nosso segredo. Não haverá outra vez.

Kyra o encarou estupefata, ele não disse nada nos próximos segundos, a pressão gostosa de seu corpo contra a parede estava a deixando louca. Ela podia sentir o seu membro rijo contra o seu ventre e aquela onda de calou a deixava completamente molhada. Ferozmente o padre puxou-lhe o vestido para cima, e Kyra não hesitou. Seu cabelo caiu sobre as costas quando o seu coque se desfez, e Harry contemplou seu seios por um momento. Acariciou os mamilos que se enrijeceram com o toque dos dedos dele.

ㅡ Padre...

Então a boca quente encontrou a boca da garota contra a sua em um beijo avido, ele era alto, de forma que precisava se inclinar para beija-lhe. Com agilidade as mãos de Kyra o despira da camisa, sentindo seu peito forte contra os dedos, o calor da sua pele incendiando a cada vez mais. Seus beijos se tronavam mais ferozes e suas línguas travavam um batalha na qual não havia perdedores.

A ereção pulsava dentro das calças do homem, e Kyra não teve dificuldade de se desfazer delas. O padre segurou os seus pulsos firmemente e a encarou com aqueles dois olhos verdes.

ㅡ Me deseje, como nunca desejou ninguém.

Ele a beijou. Não podia conter-se. Submeteu se ao ardor dele, suas mãos descendo e subindo pelo corpo da garota. As mãos quentes e o seu toque mordaz acariciando a sua intimidade, as respirações ofegantes em sincronia. Kyra arquejou, Harry não conseguiu parar, não teria conseguindo mesmo que isso dependesse da sua vida.

Beijou o seu pescoço e sentiu com os dedos a humidade da garota, que o ansiava dentro dela mexendo seu corpo contra o toque. Achou o caminho para penetra-la, seu coração batendo desacelerado, ele empurrou o seus quadris devagar saboreando o gemido esganiçado que a garota soltara. O vai e vem acelerou fazendo com que Kyra gemesse mais alto, e mordesse os seus lábios. Harry beijava o seu pescoço e acariciava lhe os seios, seu folego se perdendo com a intensidade dos seu movimentos.

O fogo queimando lhe as veias, era algo novo para o jovem padre. Era intenso e selvagem, como poderia ser pecado se como poderia ser pecado se tão humano assim? Amaram-se na sacristia de portas fechadas, no silencio daquele dia frio. Nada de promessas ou esperanças, só os gritos de prazer e os beijos íntimos e quentes no chão. Quando por fim terminaram, o peso do que havia feito acertou Harry como um trem desgovernado.

A garota ainda arfava ao seu lado, pequena e indefesa com seus seios a exposição, sorrindo com os cantos dos lábios. Poderia morrer em paz agora, pensou. O padre agora estava em silencio e pensativo, não voltou a tocar nela. Talvez uma hora ou duas tivera se passado e ela quase adormeceu. Quem adormeceu foi Harry, e quando voltou a abrir os olhos, ela tinha ido embora e suas roupas também.

Ele continuou lá, nu na penumbra sentindo a culpa assolar a sua mente. Mal sabia que acabara de entrar em um jogo perigoso e sorrateiro da vida, ao qual ambos não sairiam bem. Talvez naquele momento, Harry pressentiu o que viria, mas teve medo de pensar sobre isso.