Capítulo 17

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A chuva começou por volta das três. No início enquanto Kyra cuidava de limpar os quartos vazios, e Harry estava em algum lugar lá embaixo, a chuva nada mais era do que uma garoa fina sobre o telhado. Logo as rajadas fortes começaram a cair pesadas sobre as paredes, e a entrada de carros virou uma grande poça de lama. O lago aumentou consideravelmente a altura do deck, e Kyra só viu que seria impossível ir até a cidade quando a luz de repente parou.

Estava no meio do banho quando as lâmpadas se apagaram e ela arfou assustada. Estava cansada e era muito provável que todas as estradas estivessem alagadas. Enrolou a toalha contra o corpo molhado e desceu as escadas se apoiando no corrimão quando deu de cara com Harry encharcado de agua segurando uma lamparina com uma única chama iluminado seu rosto.

ㅡ A energia caiu. ㅡ Resmungou entredentes.

ㅡ Verifiquei os fusíveis, alguma árvore deve ter caído na fiação elétrica.

Ela concordou. Harry desceu seus olhos até o corpo de Kyra, mais especificamente analisando a toalha que a envolvia, e ergueu as sobrancelhas. Ela cruzou os braços fingindo não notar e caminhou até a janela, movendo a cortina um pouco com os dedos apenas para encarar por um momento o temporal lá fora.

ㅡ Estamos presos aqui.

Harry colocou a lamparina em cima da mesa de centro frente a lareira, deixando um rastro de respingos por onde passava.

ㅡ Por sorte comprei alguns galões a mais de gasolina e tinha deixado na traseira da caminhonete. — Ele esfregou as mãos tremendo de frio, seu jeans estava pesado contra o corpo.

ㅡ Você vai pegar um resfriado se continuar com essas roupas.

Ele a olhou por um segundo e ignorou seu comentário.

ㅡ Vou pegar uma toalha para me secar.

Kyra sorriu com o canto dos lábios, a lamparina não iluminava o recinto o suficiente para que ele pudesse identificar sua expressão com certeza, mas quando ela se aproximou, ele pode ter alguma ideia sobre o que estava pensando.

ㅡ Você pode pegar a minha. ㅡ Ela puxou a toalha e deu de ombros a jogando nos seus pés. ㅡ Eu não me importo.

Harry viu as suas curvas se sobressaírem na penumbra, gotículas de água descendo pelos seus ombros, deslizando pelos seus seios e cintilando sobre a luz fraca. As roupas molhadas e pesadas de chuva sobre o seu corpo nunca o incomodaram tanto naquele momento. Queria poder resistir, mas havia algo sobre Kyra, havia algo sobre como o olhava e sobre como era imprevisível. Pediu a Deus para resistir, mas sabia que era inútil, nem sabia mais porque tentava resistir, agora era apenas Harry, e não o Padre Styles.

Ele se abaixou e pegou a toalha com uma das mãos e deixou sobre a poltrona.

ㅡ Sabe, é que eu acho que vou precisar de alguma ajuda para tirar essas roupas.

Ela se virou parecendo gostar da ideia e caminhou até ele e se inclinou na direção do seu ouvido sussurrando:

ㅡ Acho que posso cuidar disso.

E imediatamente sentiu algo quente pulsar contra a sua barriga. Harry inspirou fundo pelo nariz e umedeceu os lábios. Kyra levou suas mãos até a barra da camisa molhada e soltou outra risada provocante, enganchou seus dedos no tecido e puxou a camisa para cima, passando pelo peitoral, Ele ergue os seus braços facilitando a retirada da camiseta, e a garota a deixou cair em algum lugar próximo a lareira.

As mãos dela deslizando pelas omoplatas, subindo pelos ombros e tocando seu pescoço, arrastando as suas unhas levemente contra a pele dele enquanto descia seu toque pelas costelas, em seguida pelos quadris. Harry arfou impaciente, quando Kyra enganchou seus dedos outra vez contra o tecido, dessa vez puxando a calça e sua boxer, desceu lentamente e saboreou a imagem que teve ao ver o membro rígido pulando para fora. A pele dele estava fria por estar tão molhado e Kyra se pôs de joelhos a sua frente. Ela mordeu seu lábio inferior e Harry se livrou do resto da roupa apressado.

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