Party / Part II

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POV Demi
Ele era lindo. Loiro e de olhos marrons, eu não conseguia parar de encará-lo, então tinha sido ele que havia me salvado daquele babaca? Nossa senhora, meu Deus, que salvação! Ri do meu pensamento, e olhei para baixo, ele me encarava sorrindo, então, falei:
- sim, obrigada - não pude evitar começar com a tagarelice: - não sei o que teria acontecido se você não tivesse chegado, sério! - ele sorriu, e vi duas covinhas nascerem, droga, que cara gato.
- quer ir lá dançar? - ele perguntou, antes mesmo que eu pudesse perguntar seu nome. Olhei para trás, procurando Bryana, eu não poderia deixá-la sozinha num lugar como esse, porém não a achei em lugar nenhum. Talvez ela estivesse no banheiro, se arrumando. Dei de ombros e peguei na mão dele, me dirigindo à pista de dança.

POV Bryana

Me sentei no chão do banheiro e suspirei, lembrei das cenas de Demi discutindo com aquele homem, e logo depois, eu saí correndo. É, eu não podia vê-lo machucar a pessoa que eu mais amava. Fechei os olhos e passei a mão nas pálpebras, logo depois, lembrando da maquiagem e me levantando pra ver se tinha borrado, ou algo do tipo. Soltei o ar, grata. Obrigada Deus, pelo menos minha aparência ainda estava boa. Respirei fundo umas 5 vezes antes de abrir a porta e sair. Eu entrei no meio da multidão, mas eu não queria dançar, me divertir, eu só queria achar a Demi. Todos estavam pulando, o cheiro de suor e álcool era forte e eu comecei a berrar ao invés de pedir licença.
Meu Deus, eu ia matá-la. Olha só o lugar que ela queria me levar, porra. Pelo menos me trouxesse pra uma balada civilizada, e não onde um monte de selvagens faziam sexo e pulavam no meio da pista. Revirei os olhos e praticamente joguei um garoto no chão, ele se virou e me olhou, com raiva, mas eu já estava do outro lado - ainda na maldita multidão - procurando Demi. Quem mandou ele se esfregar em mim? Caiu no chão por merecer. Fiquei rindo um pouco, até que senti um cheiro forte de maconha. Eu nunca tinha experimentado aquilo na minha vida inteira, e parecia horrível. Mas o pior foi quando olhei na direção de um sofá que estava no canto da parede. Demetria. Agarrada com um cara. Ele beijava seu pescoço e ela, de olhos fechados, parecia completamente fora de si. Não pude conter as lágrimas enquanto eu corria pro bar e bebia, incansavelmente, copos de tequila, whisky, vodka. Eu queria morrer. Meus braços começaram a coçar, mas eu não podia fazer aquilo no meio do salão.
Sem conseguir pensar direito, bêbada e andando em ziguezague, fui até o banheiro e procurei algo cortante. Desesperada, quebrei o espelho e comecei a fazer cortes enormes em minhas pernas. Doíam mais do que os do braço, e aquilo me fez gostar. Eu queria mais. Cada vez, mais. Não sei quanto tempo se passou, pois tudo escureceu.

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