Ao ter o seu país devastado pela guerra, Kristine viaja, ilegalmente, até Viana: um país estranho para ela, com o objetivo de trabalhar e ajudar a família que deixou para trás em sua terra de origem. Essa jovem determinada mal pode esperar pela hora...
É uma manhã ensolarada de sábado. Em frente ao espelho, encaro o reflexo da nova mulher que me tornei depois de tudo que enfrentei. Tornei-me mais forte e mais confiante. Os desafios que encarei, de certa forma, tornaram-me melhor. Um mês se passou desde o acidente no lago mas, para mim, parece que aconteceu ontem. Ainda consigo me lembrar da sensação de estar se perdendo em meio a água sem fim. Sem a ajuda de Theo e Rosalinda, eu não teria superado tudo que passei neste país. Minha gratidão por tudo que eles fizeram é infinita. Agora, estou me arrumando para um piquenique em família que faremos no campo onde está a casa na árvore construída por Theo junto de seu irmão e pai. Estou usando uma calça jeans e uma blusa turquesa de alças finas. Deixo meus cabelos soltos e desço para a sala. Encontro Rosalinda e Theo me esperando. Ao me ver, Theo segura minha mão e diz:
-Você está linda.
É incrível como ele sempre me olha como se eu estivesse deslumbrante, mesmo que eu esteja com uma roupa muito simples. Rosalinda diz:
-Sim, ela está linda mesmo. Agora, vamos! Não podemos deixar seus pais esperando lá.
Então, seguimos até o carro de Theo, que está estacionado em frente à minha casa. Theo dirige, eu me sento ao seu lado e Rosalinda senta no banco de trás. Em um certo momento da viagem, Rosalinda diz para Theo:
-Eu perdi meu filho há um tempo atrás e sempre sentirei falta dele mas, agora sinto que ganhei um novo filho que é você, Theo. Prometa que cuidará bem da Kris.
Ele sorri. Eu digo:
-Você sabe que ele cuida muito bem de mim, nós namoramos faz meses, Rosalinda. Por que está dizendo isso agora?
Pelo retrovisor os dois se olham de forma cúmplice e com um sorriso. Ela não responde minha pergunta. Em minutos, chegamos ao local do piquenique e todos estão extremamente sorridentes. No chão, as comidas estão arrumadas sob uma toalha estendida. Thiago me cumprimenta com um beijo no rosto e os pais de Theo me abraçam. Enfim, todos reunidos. Murilo, pai de Theo, abraça-o e diz:
-Esse é meu garoto.
Não sei o motivo da frase. Depois dos cumprimentos, todos nós sentamos na grama em volta da toalha mas, ao invés de começaram a comer, todos me olham sorridentes com expectativa de não sei o quê. Será que minha roupa está ruim? Talvez, meu cabelo esteja desarrumado. Para desviar os olhares de mim, falo:
-E aí gente, vamos experimentar a torta que a Rosalinda fez! É uma delicia!
Theo pigarreia e diz:
-Na verdade, Kris. Tem algo que eu gostaria de te falar antes de começarmos a comer.
-Tudo bem, pode falar.
Ele parece nervoso e noto que suas mãos estão suando. Olho para os outros que, agora, têm seus sorrisos ainda maiores. Theo puxa de seu bolso um envelope e me entrega. Ele pede:
-Pode ler isso, por favor, amor?
-Sobre o que é?
-Leia e descubra.
Analiso o envelope. Rosalinda, impaciente, fala:
-Abre logo, Kris!
Abro o envelope. Dentro dele há uma carta. Olho para Theo e, em seguida, leio as palavras na carta:
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Pulo para a próxima página e meu coração dispara como nunca antes, meus olhos se enchem de lágrimas e minhas mãos perdem a firmeza, ao ler:
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Quando levanto meu rosto, na minha frente, Theo está ajoelhado com uma caixinha aberta, revelando um lindo anel. Com os olhos grudados no meu e um lindo sorriso, ele pergunta:
