Já que o Marcos e a Samara tinham estragado o clima eu coloquei num filme para que eu e a Carol podermos apenas aproveitar a companhia um do outro, mas ela tinha deitado no sofá e ficado com a cabeça no meu colo, eu deixei ela ficar ali porque ela estava cansada depois de tanto trabalho me ajudando e porque assim eu poderia ficar acariciando os cabelos dela levemente naquela posição.
Ficamos ali por volta de uma hora vendo um filme de comedia, ela parecia fraca contra esses filmes, afinal ficava rindo direto, mas eu deixei porque eu estava começando a gostar do jeito que ela ria.
- Gabriel? - ouço ela me chamar então olho para baixo, na direção do seu rosto e vejo que ela estava agora olhando pra mim.
- Sim, Carol? - pergunto sorrindo para ela, mas meu sorriso vacila um pouco ao ver o rosto sério dela.
- O que nós somos? - ela me pergunta.
Fico por um momento com a boca aberta, parecendo um peixe fora da água, afinal eu não tinha pensando nisso, afinal nós eramos amigos, mas ao mesmo tempo mais que isso, mas eu tinha medo de dizer namorados, afinal pelo que eu sabia ela sempre terminava com os namorados quando eles insistiam demais em fazer sexo.
- Acho que nós somos ficantes.... - digo com medo dela não aceitar a resposta.
- Eu fiquei pensando nisso nessa hora - ela diz e se senta, ficando do meu lado - eu não diria que nós somos namorados, e tenho medo de que se a gente namore você faça coisas que eu não goste ou que você acabe lembrando de mais da sua ex.
- As vezes eu penso nela, mas hoje, enquanto falava com você, não pensei nela nenhuma vez - digo sinceramente enquanto abraçava a cintura dela e segurava sua mão esquerda com a minha.
- Mas você pode garantir que avançando o nosso relacionamento isso não vá acontecer? - ela pergunta me olhando nos olhos.
Fico olhando naqueles olhos, e só nisso percebo toda a tristeza dela, o sofrimento que ela já passou e o quanto ela não queria mais a situação que ela estava no momento.
" Realmente os olhos são as janelas da alma" penso olhando como ela transparecia tudo que sentia num só olhar.
- Infelizmente não posso garantir isso agora - digo não conseguindo mais olhar para os olhos dela.
Mas ela colocou a mão no meu queixo e puxou meu rosto levemente até eu estar com meu rosto perto de dela, ela então me da um selinho.
- Foi o que eu pensei, então eu diria que nós dois somos apenas "amigos íntimos" - ela diz sorrindo levemente.
- Nos filmes esse tipo de amizade nunca funciona - fala lembrando do filme "Amizade Colorida" e do "Amor e outras drogas".
- E desde quando os filmes retratam algo que realmente acontece nesse mundo? - ela pergunta fazendo uma careta, começo a rir e então roubo um beijo dela.
- Acho que você tem razão - digo ainda rindo, ela da um sorriso também.
- Mas então? - Carol pergunta - como vamos fazer isso?
- Como assim? - pergunto começando a ficar sério.
- A qual é! - ela exclama - eu sei que você fica com quase todas por ai - evito os olhos dela - viu!
- Não é com quase todas.... - falo ainda evitando os olhos dela - é com uma ou outra.
- Aham sei... - ela fala desconfiada.
- E você que namora com os caras e depois larga? - pergunto encarando ela.
- Eu sou eu - ela diz com uma atitude cheia de si.
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No Auge da Vida.
RomanceGabriel sempre foi um garoto quieto, mas ninguém esperava que na véspera dos seus 20 anos ele se mudaria para uma cidade onde ele só conhece uma pessoa, o seu amigo virtual Marcos, mas poucos sabiam que o objetivo da repentina mudança de Gabriel era...