Capítulo 7

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Acordei cedo e Tierry não estava ao meu lado. 

Anne já tinha preparada todas as malas e os empregados arrumaram as carruagens.

- Sra. Eva, o café esta pronto, depois partiremos para a fazenda.

Quando desci soube pela empregada que Tierry estava com um conde Edmond em uma reunião a portas fechadas.

- Bom dia Sra. Eva. - Ele entra na cozinha e me beija na testa.

- A Sra dormiu bem? 

- Sim meu marido.

- Esse é Leopoldo meu criado de confiança, o que a Sra. precisar na minha ausência, ele poderá auxiliá-la.

- Agradeço a gentileza.

Partimos era 9 horas da manhã em 4 carruagens, foram 2 dias e meio de viagem. Neste tempo dormimos em 2 locais diferentes, todos simples a beira da estrada, por sorte, andávamos com alguns capangas pois em tempo de guerra haviam muitos assaltos e não queríamos correr o risco de perder nossos pertences.

Chegamos exaustos na fazenda, já era a noite. Estávamos na fazenda da criação de gado, meu coração acelerou em saber que Pierre estava em algum lugar da fazenda, esperava que fosse essa.

No quarto também tinha uma banheira tão grande como o da outra casa. Novamente Anne me ajudou com o banho.

- Sra. Eva, uma hora seu esposo vai querer banhá-la e eu não poderia ajudar.

- Anne, não me fala isso. Morro de vergonha só de pensar. 

- Preciso te contar algo Anne. Espero que me ajude.

- O que senhora?

- Pierre está aqui em uma das fazendas, a trabalho.

- A Sra. enlouqueceu? Vamos morrer se o Duque souber disso.

- Anne preciso da sua ajuda, por favor.

- Não senhora, te imploro! Estou com um pressentimento ruim.

- Anne você é a única pessoa que poderá me ajudar.

Neste momento Tierry entra no quarto.

Eu me cubro com o lençol, por sorte já estava de camisola.

- Nos dê licença Anne.

Eu sento na beira da cama com o lençol na altura do peito.

- Vem aqui Eva.

Ele retira o lençol das minhas mãos.

- Quero saber se você deseja se tornar minha mulher de verdade essa noite.

- Senhor, não estou preparada.

Ele levanta o meu queixo. - Tudo bem, eu sei esperar.

Na hora me surpreendi com a resposta. - Ele me da um beijo um pouco mais intenso.

- Eu vou estar no quarto ao lado, se precisar me chame.

Foi um alívio quando a porta se fechou. Meu coração estava disparado de novo.

Eu sentir o mesmo arrepio que senti na igreja.

Meu Deus, nunca havia percebido o quando o Duque era gentil, e como os olhos dele cor de mel eram lindos. - Falo pra mim mesma: "Não Eva, você tem um amor por Pierre inabalável" - "Ele não te comprou, ele te ama de verdade".

No outro dia, contei para Anne (minha confidente) tudo que o Tierry havia me dito.

- Ele se importa com a Sra. 

- Eu sei Anne mas o meu coração tem dono.

Tierry ficava a maior parte do tempo fora, nos víamos no jantar e na hora de dormir brevemente, já que tinha o meu espaço reservado.

Nesta noite ele pediu para jantar sozinho comigo.

- Como foi seu dia Eva? 

- Foi tudo bem senhor, arrumei as minhas roupas no guarda-roupa, conheci toda a casa e aproveitei o dia para tomar sol no jardim com Anne.

- Gostaria de saber se você quer me acompanhar amanhã na cidade?

- Sim.

- Eva, me chame de Tierry e não como "senhor" por favor.  Não precisamos ser tão formais agora. Somos marido e mulher.

- Tierry posso te pedir um favor?

- Claro, se tiver ao meu alcance.

- Gostaria de conhecer todos os empregados das duas fazendas, começando por essa.

- Eva, faremos isso amanhã depois que voltarmos da cidade.

- Obrigada.

O silêncio pairou sobre nós.

- Eva, posso visitar o seu quarto hoje a noite?

- Senhor Tierry, aliás Tierry. Estou um pouco indisposta então...

- Tudo bem, então descanse amanhã sairemos.

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Oi meus amores espero que estejam gostando da história de Eva, Tierry e Pierre,  o triangulo amoroso da década de 1792.

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O Duque que me comprou (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora