Capítulo 25

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Eva

Fazia uma mês que estava na fazenda de volta.
Acho que estou um pouco depressiva. Esse lugar me lembra dores e traição.
Tierry estava se esforçando pra tentar ser legal. Nada me faltava no quarto e o jantar era rigorosamente servido as 18h por Anne a meu pedido. Esse horário Tierry ainda estava na fábrica.

- Sra Eva, precisa falar com ele senhora.

- Não Anne, quero ficar assim - longe, logo mais vou embora. Meu resguardo está terminando, eu acho que recuperei meu peso e não estou mais debilitada

- Sra, o seu Senhor pediu pra todos os empregados hoje irem pra outra fazenda. Somente vocês ficarão aqui.

- O que? Mas você sabe o porque?

- Ninguém sabe senhora.

- Ele pediu para todos saírem antes do anoitecer.

Fazia tempos que eu não descia ate a cozinha, quando cheguei com Anne foi uma surpresa para os empregados.

- Sra Eva boa tarde - Joana e Leopoldo.

Eles estavam arrumando as prateleiras na cozinha.

- Sra. Joana, saberia o motivo que o meu marido pediu para todos os empregados irem para a outra fazenda?

- Não senhora. Mas já estamos de saída. - Deixamos feijão congela, massas e pães prontos.

- Alguns legumes e verduras da outra fazendo a Dona Maria também trouxe para não faltar nada para a senhora.

- Não acho necessário Josefa, pretendo ir embora nessa semana ainda.

- Tudo bem senhora, mas enquanto estiver aqui, temos que cumprir o que o Duque pediu.

- Anne você fica comigo?

- O Duque pediu pra eu ir também pra outra fazenda.

- Mas você é a minha acompanhante e não é empregada dele.

- Mas moro aqui também Sra. Eva, não sei se posso desobedecer.

- Vou para o quarto, façam o que acharem melhor.

Não acredito que até Anne estava contra mim.

Cheguei no quarto e me banhei sozinha. - Tranquei a porta e pela janela avistei todos indo embora.

Estávamos quase no inverno. As estações mais alegre do ano já tinham ido embora. - Lembrei da minha Diane

Uma hora depois escuto batidas na porta.

Não respondo.

A porta abre e Tierry fica parado em minha frente.

- Oi Eva. Estou vendo que está bem melhor.

- Como conseguiu entrar? Está com a chave do meu quarto?

- Não. Eu tenho uma cópia de todas as chaves da minha casa.

- E porque entrou somente agora?

- Você queria que eu tivesse vindo antes?

Fico corada. - Não é isso, apenas que eu não sabia que tinha e...

- Gostaria que jantasse comigo.

- Não Tierry, vou ficar aqui no quarto.

- Eva até quando pretende me recusar?

- Não mais do que essa semana.

- Essa semana? O que quer dizer com isso?

- Vou embora. Você poderá trazer Marie novamente, com certeza ela não te recusará.

Tierry se aproxima...

- Escute Eva, não vou deixa-la ir. - Sua mãe recebeu um bom dote por você e não ficará feliz em desfazer o acordo.

- Você está me ameaçando Tierry?

- Não. Essa é a realidade minha Esposa.

- Você traiu minha confiança assim como errei com você em permitir Marie aqui.

- Eu não te trai Tierry. Você fez coisas bem piores comigo.

- Isso o que você me diz. - Embora eu acredite que Diane era minha filha isso não significa que não tenha me traído aqui em minha casa.

- O que quer de mim Tierry? Não desejo ser mais sua esposa.

- Você não está em condições de exigir Eva.

- Espero que esqueça os erros do passado, assim como também esquecerei, e tente viver comigo como seu esposo.

- Nunca. Me recuso.

Tierry se aproxima.

- Eva, eu sei que você sente algo por mim, vejo nos seus olhos. Você e eu passamos coisas horríveis então vamos nos dar essa chance.

- Não sinto nada por você Tierry. Senti amor mas hoje sinto raiva.

- Eu sou seu esposo e tenho direito sobre você, mas não vou forçar. Sei que você tem motivos pra não me querer por perto, mas serei paciente.

- Se quiser voltar para fábrica. Será um prazer.

Tierry saiu do quarto.

Eu estava desesperada. Minha mente já tinha aceitado o fato de ir embora, ficar longe de Terry e começar uma nova vida.

Mas o que farei?

Fiquei andando de um lado para o outro.

Fui até o quarto de Tierry, queria Anne comigo, já que não voltaria para o meu lar.

Entro no quarto de Tierry  mas ele não estava.

Quando estava na porta saindo trombo com ele e derramo todo leite que ele esteva segurando, tanto nele quanto em mim.

- Você veio me ver Eva? - Não se vem no quarto de um homem sem pretensão de ficar.

Ele me pega pela mão.

- Venha vou te ajudar a se limpar, você está cheia de leite na roupa.

- Não precisa. Eu mesmo limpo.

Ele pega um toalha de rosto e começa a me limpar, sinto suas mãos em minha cintura.

Tierry - eu retiro a mão dele.

- Vim pedir para você trazer Anne, só isso que quero no momento.

- Eva, suas mãos estão ásperas, e escuras, porquê?

Escondo minhas mãos para trás.

- Eu trabalhei bastante na horta...

- Você estava trabalhando grávida? Mas e o repouso? Você teve um sangramento antes.

- Sim. Mas queria ocupar a minha mente.

- Colocando em risco a nossa filha?

- Você queria o que com isso Eva?

- Nada Tierry. Está desconfiando de mim?

- Você não queira essa criança e não eu.

Viro as costas mas ele me impede.

Ele segura meu rosto com força.

- Eva, nunca mais coloque em risco um filho meu.

Ele me beija no começo nao retribuo. Acabo me deixando levar até os pensamentos invadirem minha mente.

- Chega! Tierry não me toque.

Saio correndo para o meu quarto.
Vai ser muito difícil ficar aqui com ele nessa fazenda.

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Comentem amores beijocas...

O Duque que me comprou (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora