Eva
Fazia uma mês que estava na fazenda de volta.
Acho que estou um pouco depressiva. Esse lugar me lembra dores e traição.
Tierry estava se esforçando pra tentar ser legal. Nada me faltava no quarto e o jantar era rigorosamente servido as 18h por Anne a meu pedido. Esse horário Tierry ainda estava na fábrica.- Sra Eva, precisa falar com ele senhora.
- Não Anne, quero ficar assim - longe, logo mais vou embora. Meu resguardo está terminando, eu acho que recuperei meu peso e não estou mais debilitada
- Sra, o seu Senhor pediu pra todos os empregados hoje irem pra outra fazenda. Somente vocês ficarão aqui.
- O que? Mas você sabe o porque?
- Ninguém sabe senhora.
- Ele pediu para todos saírem antes do anoitecer.
Fazia tempos que eu não descia ate a cozinha, quando cheguei com Anne foi uma surpresa para os empregados.
- Sra Eva boa tarde - Joana e Leopoldo.
Eles estavam arrumando as prateleiras na cozinha.
- Sra. Joana, saberia o motivo que o meu marido pediu para todos os empregados irem para a outra fazenda?
- Não senhora. Mas já estamos de saída. - Deixamos feijão congela, massas e pães prontos.
- Alguns legumes e verduras da outra fazendo a Dona Maria também trouxe para não faltar nada para a senhora.
- Não acho necessário Josefa, pretendo ir embora nessa semana ainda.
- Tudo bem senhora, mas enquanto estiver aqui, temos que cumprir o que o Duque pediu.
- Anne você fica comigo?
- O Duque pediu pra eu ir também pra outra fazenda.
- Mas você é a minha acompanhante e não é empregada dele.
- Mas moro aqui também Sra. Eva, não sei se posso desobedecer.
- Vou para o quarto, façam o que acharem melhor.
Não acredito que até Anne estava contra mim.
Cheguei no quarto e me banhei sozinha. - Tranquei a porta e pela janela avistei todos indo embora.
Estávamos quase no inverno. As estações mais alegre do ano já tinham ido embora. - Lembrei da minha Diane
Uma hora depois escuto batidas na porta.
Não respondo.
A porta abre e Tierry fica parado em minha frente.
- Oi Eva. Estou vendo que está bem melhor.
- Como conseguiu entrar? Está com a chave do meu quarto?
- Não. Eu tenho uma cópia de todas as chaves da minha casa.
- E porque entrou somente agora?
- Você queria que eu tivesse vindo antes?
Fico corada. - Não é isso, apenas que eu não sabia que tinha e...
- Gostaria que jantasse comigo.
- Não Tierry, vou ficar aqui no quarto.
- Eva até quando pretende me recusar?
- Não mais do que essa semana.
- Essa semana? O que quer dizer com isso?
- Vou embora. Você poderá trazer Marie novamente, com certeza ela não te recusará.
Tierry se aproxima...
- Escute Eva, não vou deixa-la ir. - Sua mãe recebeu um bom dote por você e não ficará feliz em desfazer o acordo.
- Você está me ameaçando Tierry?
- Não. Essa é a realidade minha Esposa.
- Você traiu minha confiança assim como errei com você em permitir Marie aqui.
- Eu não te trai Tierry. Você fez coisas bem piores comigo.
- Isso o que você me diz. - Embora eu acredite que Diane era minha filha isso não significa que não tenha me traído aqui em minha casa.
- O que quer de mim Tierry? Não desejo ser mais sua esposa.
- Você não está em condições de exigir Eva.
- Espero que esqueça os erros do passado, assim como também esquecerei, e tente viver comigo como seu esposo.
- Nunca. Me recuso.
Tierry se aproxima.
- Eva, eu sei que você sente algo por mim, vejo nos seus olhos. Você e eu passamos coisas horríveis então vamos nos dar essa chance.
- Não sinto nada por você Tierry. Senti amor mas hoje sinto raiva.
- Eu sou seu esposo e tenho direito sobre você, mas não vou forçar. Sei que você tem motivos pra não me querer por perto, mas serei paciente.
- Se quiser voltar para fábrica. Será um prazer.
Tierry saiu do quarto.
Eu estava desesperada. Minha mente já tinha aceitado o fato de ir embora, ficar longe de Terry e começar uma nova vida.
Mas o que farei?
Fiquei andando de um lado para o outro.
Fui até o quarto de Tierry, queria Anne comigo, já que não voltaria para o meu lar.
Entro no quarto de Tierry mas ele não estava.
Quando estava na porta saindo trombo com ele e derramo todo leite que ele esteva segurando, tanto nele quanto em mim.
- Você veio me ver Eva? - Não se vem no quarto de um homem sem pretensão de ficar.
Ele me pega pela mão.
- Venha vou te ajudar a se limpar, você está cheia de leite na roupa.
- Não precisa. Eu mesmo limpo.
Ele pega um toalha de rosto e começa a me limpar, sinto suas mãos em minha cintura.
Tierry - eu retiro a mão dele.
- Vim pedir para você trazer Anne, só isso que quero no momento.
- Eva, suas mãos estão ásperas, e escuras, porquê?
Escondo minhas mãos para trás.
- Eu trabalhei bastante na horta...
- Você estava trabalhando grávida? Mas e o repouso? Você teve um sangramento antes.
- Sim. Mas queria ocupar a minha mente.
- Colocando em risco a nossa filha?
- Você queria o que com isso Eva?
- Nada Tierry. Está desconfiando de mim?
- Você não queira essa criança e não eu.
Viro as costas mas ele me impede.
Ele segura meu rosto com força.
- Eva, nunca mais coloque em risco um filho meu.
Ele me beija no começo nao retribuo. Acabo me deixando levar até os pensamentos invadirem minha mente.
- Chega! Tierry não me toque.
Saio correndo para o meu quarto.
Vai ser muito difícil ficar aqui com ele nessa fazenda.#########
Comentem amores beijocas...
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O Duque que me comprou (Concluído)
RomanceEm 1792, após a Revolução Francesa, Europa, a Srta Eva Le Blanc foi prometida por sua mãe para o Duque Tierry Fontaine, sendo enamorada de Pierre. Nada mais injusto para Eva não poder escolher com quem se casar, numa época totalmente regrada pela mo...