O Duque que me comprou (Concluído)

Capítulo 26

O inverno chegou e a neve ainda estava se formando.

Eu não sabia ao certo o que fazer naquele lugar sem Anne.

Eu acordei fiz o café e preparei o almoço. Ainda bem que eu sabia cozinhar, o que realmente eu não sabia era o que Tierry queria com tudo aquilo ou era só ficar sozinha comigo na fazenda.

O dia estava tranquilo até que Tierry chegou e não era nem três horas da tarde.

- Oi Eva gostaria de conversar com você, podemos?

- Tierry não vamos nos desgastar e nem perder tempo estou decidida a ir embora.

- Eva não é somente pelo dote que eu não quero te deixar ir embora, eu acho que me expressei mal. Espero que o que você me disse ontem tenha sido da boca pra fora e você não me odeie.

- Eu não sei ser realmente te odeio, mas não quero tentar Tierry, eu quero recomeçar longe de tudo, sei que pra você isso parece besteira.

Ele se aproxima.

- Diz olhando nos meus olhos Eva que você não me quer.

Ele me puxa pela cintura e me faz olha nos olhos dele.

- Tierry não faz isso, por favor...

- Você não quer me magoar ou se magoar? Entenda Eva, nós erramos mas me deixe fazer o que é certo, ao seu lado.

Sinto seus lábios se aproximarem do meu.

Um beijo calmo, lento...

Eu me afasto.

- Tierry, não quero beijos e abraços me entenda. Não pretendo voltar atrás em minha decisão - deixei a comida pronta, espero que goste, por favor, me deixe sozinha.

5 dias depois...

Todos os dias deixava a comida pronta e depois me trancava no quarto.

Conheci a fazenda inteira, na sala reservada de Tierry onde ele tratava de negócios tinha uma  série de livros na prateleira entre poesias e romance.  A maioria dos livros era da sua ex-noiva, já tinha ouvido comentários a respeito disso na fazenda.

Peguei um dos livros da prateleira, escondido. - Meu dias tinham ficado melhores quando comecei a ler Utopia e sempre procurava ler a noite pra ocupar minha cabeça porque de manhã, me atentava para os afazeres de casa.

Quando estava deitada lendo, Tierry entra sem pedir permissão.

- O que faz aqui?

- Vim ver minha esposa, Já que me evita.

Ele estava com um copo de whisky na mão.

- Você está bêbado?

- Não. Mas pretendo. A não ser que me faça companhia.

Eu tiro a bebida da sua mãos.

Ele estava sem camiseta de short e eu de hobby.

Meu corpo se alarmou com a proximidade.

- Eva não minta pra mim. Ele me coloca contra parede.

- Eu quero você! E sinto que me quer.

- Eu não quero Tierry.  Eu quero os empregados de volta isso é o que realmente eu quero. - Eu não quero me sentir sozinha, e preciso realmente saber quando você vai me deixar ir embora.

Ele sussurra em meus ouvidos.

- Não vou te deixar ir Eva. E você está sozinha porque quer.

- Mas eu vou Tierry, querendo você ou não.

- Não me irrite Eva. Sou seu esposo.

- Pensei que não fosse a pouco meses atrás...

Ele segura os meus braços.

- O que deseja Eva? realmente me difamar para a Sociedade indo embora? Serei motivo de vergonha - "O Duque Fontaine" foi largado pela esposa? 

-  Você se importa mais com que os outros vão falar do que comigo.

- Claro que não. Eu te disse que me expressei mal em relação ao seu dote, não te devolveria para sua mãe nem que ela devolvesse o dote e casa que dei a ela.  Eu sempre te amei Eva mas não quero que me deixe escandalizado. Te propus esquecer e começarmos do zero, nós dois erramos mas você teimosa não aceita. 

Ele olha pra cama.

- De onde pegou esse livro?

- Da sua sala, me perdoe, deveria ter avisado.

O silêncio toma conta do ambiente.  - Bruscamente ele me beija, um beijo com raiva e gosto de bebida.

Ele me puxa para cama e tenta subir meu hobby.

- Tierry. Não...

- Sim. Eva... diga sim. Preciso de você.

- Não...

Me levanto. 

- Vai embora Tierry, por favor.

Ele saiu e ouvi barulhos de copos se quebrando. Não sei se foi a fúria dele ou se realmente tinha caido. Precisava arrumar um jeito de ir embora ou convencê-lo disso.

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