Capítulo 34

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Não dormi a noite toda, eu chorei por tudo que estava acontecendo em minha vida. Ouvi batidas na minha porta logo depois que sai do quarto aonde ele estava, sei que ele veio atrás de mim, mas não queria que ele me visse chorando.

Se ele pensa em tê-la como esposa porque eu recusei a voltar, talvez ele não gostasse tanto de mim como diz gostar. Minha cabeça estava um nó, eu mesmo tinha dúvida das minhas decisões sobre estar ou não com ele. Ao mesmo tempo que eu queria poder amá-lo, eu não queria por saber que ele me feriu, não acreditou em mim e ainda me traiu ao ponto de ter outro filho em questão.

- Sra. Eva, posso entrar? - Diz Anne.

- Pode, já estou me arrumando. - Ele ainda está aqui Anne?

- Não Sra. ele já foi.

- Ele foi sem se despedir, acho melhor assim.

- A Sra. está com olhos inchados e me diz que foi melhor assim? - Sra., porque não aceitou ir embora com ele? - A Sra. é a esposa legítima e não Marie.

- Eu sei Anne, mas não quero conviver com ela, ele e filho, me entenda! Eu o amo, mas não consigo aceitar isso dentro de mim, eu sofri demais.

- E vai sofrer mais ainda com a Sra. sua mãe descobrir essa gravidez. - Todos vão falar, e ele saberá Sra.

- Não vai saber. Não pretendo contar.

- A Sra. quer criar esse filho sem pai? Está louca Sra., me perdoe.

- Pretendo esperar a guerra e propor que a minha mãe venda desta casa pra irmos morar no campo, longe daqui. Criaremos verduras, frutas e viveríamos disso o que acha Anne? - A livraria não tem dado muito lucro, então seria um novo começo.

- Sra. Eva Não queria dizer o motivo que as vendas caíram, mas na cidade estão dizendo que a Sra. está separada e por isso o movimento está assim.

- Mas como eles souberam? Eu disse que estava de férias e...

- Sra. mesmo que estivéssemos de férias, estão percebendo a gente está morando aqui e trabalhando lá, e já se passou mais de dois meses e os rumores começam a aparecer.

- Sra. ainda tem a sua mãe, pense direito, antes que se arrependa e seja tarde.

- Já estou arrependida Anne, Tierry vai assumir Marie e a criança pelo que recusei em reatarmos. - Homens são rápidos não são?

- Sra. ele não sabe que também está carregando um filho. Acho que ele não quer deixar duas mulheres soltas ao vento. - Forçar a Sra. voltar ele não o fará. Por outro lado, ele está sendo honroso em assumir uma mulher com um filho e não deixar passando necessidade ou mandar pra longe como se não existissem.

- Sim Anne eu sei é que talvez eu não esteja preparada para ouvir isso ou para imaginar que eles possam viver juntos.

Sinto meu estômagos revirar e corro para o banheiro.

Tierry

Consegui chegar em casa mesmo com muita dificuldade e patrulhamento. - Eva não quis me ver na noite anterior, eu insisti mas não tive sucesso. Então, preferi não incomodar e partir.

Sentia ainda o cheiro dela em mim. Seria difícil ir embora e saber que a deixaria aqui e uma nova vida seria iniciada. Precisava pensar como esquecê-la.

Tomei um banho e procurei alguma coisa pra comer, mas não tinha. - Irei novamente na cidade, pretendo partir em breve.

A cidade estava parcialmente destruída uma série de conflitos que colocou o Império Francês liderado por Napoleão Bonaparte contra uma série de alianças de nações Européias. Essas guerras revolucionaram os exércitos e táticas das nações da Europa. As tropas foram deslocadas para o combate de forma nunca antes vista no continente, acontecendo devido a algumas das primeiras construções em massas modernas. Este conflito foi uma continuação direta das chamadas Guerras Revolucionárias. Inicialmente, o poderio da França cresceu exponencialmente, com os exércitos de Napoleão,conquistando boa parte da Europa. No total, o imperador francês lutou em mais de sessenta batalhas e perdeu muito poucas, a maioria no fim da sua carreira.
O poder francês e o conflito se desenvolveram entre as antigas províncias do Poitou, Anjou e Bretanha, ultrapassando amplamente, portanto, os limites do departamento da Vendeia. Alcançou também o sul do baixo Loire, o sudoeste de Makme-et-Loire e o noroeste de Deux-Sèvres, tendo sido contida pelos redutos republicanos de Nantes,Angers, Saumur, Thouars, Parthenay, Nantes, Angers, Saumur, Thouars, Parthenay, Luçon, Fontenay-le-Comte e Les Sables-d'Olonne

Assim que entrei em casa vi a porta entreaberta, não estava armado então, seria difícil um combate naquelas alturas.

Entro preparado e logo avisto Leopoldo.

- Leopoldo você me assustou o que faz aqui?

- Cheguei a pouco, onde o Sr. Estava.

- Na casa de Eva, ontem teve toque de recolher não consegui chegar em casa. E você porque veio?

- Sr. A Sra. Marie... Sinto muito, ela perdeu o bebê.

Eu fico sem reação é sento no sofá.

- O que houve? Como está está?

- Ela acordou todos em berros e havia muito sangue. Chamamos o Doutor, mas a criança não resistiu.

- Não sei o que acontece Leopoldo, todos os meus filhos não vingam, parece que estou sendo amaldiçoado.

- Não fale isso. Infelizmente, acontece senhor.

- Você viu a criança? O que era?

- Não senhor, ninguém viu, as mulheres do casarão comentam isso o tempo todo.

- Como assim não viram?

- Não sei senhor, apenas foi isso que aconteceu.

- E Eva como está senhor?

- Está bem, mas não pretende voltar pra fazenda.

- Vamos partir amanhã cedo.

- Não sei se conseguiremos senhor. Na estrada deixaram eu passar e na cidade o guarda deixou claro que se eu entrasse aqui não tem previsão de retorno. Eles não estão deixamos ninguém sair, acho que estão a procura de inimigos e temos que ficar até passar a revista.

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Amores comentem... Escrevam o que esperam nos próximos capítulos?
Bjsss

O Duque que me comprou (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora