Capítulo 38

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Na fazenda

- Leopoldo gostaria que fosse a cidade e levasse para os clientes as encomendas da fábrica.

- O senhor não irá dessa vez?

- Não. Pretendo ficar por aqui.

- Se você tiver dificuldade pra retornar, procure Eva.

- Sim, senhor.

- Algum recado se eu vê-la?

- Não.

- Bom dia Tierry - Josefa me abraça forte.

Desde quando voltei não tive tempo de conversar com Josefa sozinho.

- Tierry precisamos conversar, quando tiver um tempo. A sós de preferência.

- Claro Josefa, quer ir comigo a outra fazenda? Preciso ver o plantio, o gado.

- Sim, acho uma ótima idéia. Vou chamar Maria tudo bem?

- Tudo bem, mas é algo sério?

- Sim, mas não quero que sua senhora, a Sra. Marie saiba.

- Tudo bem Josefa, então vamos agora enquanto ela não desceu pra o desjejum.

- Tierry há dias queremos falar com você.

- Quando Marie teve o aborto não deixou ninguém examiná-la. Não vimos a criança e quando conversamos com ela, ela disse que perdeu o bebe, que era muito pequeno e que tinha mais liquido do criança.

- Sr. Mas ela tinha 5 meses tinha que ter colocado uma criança pra fora. - Maria fala de forma indignada.

- O médico chegou e depois disso não tivemos maiores informações.

- Josefa e Maria o querem dizer com isso?

- Sr. Não achamos que ela estava grávida, acho que nós enganou, e também acho que o senhor deveria conversar com o médico pra saber o que aconteceu aquele dia.

- Não é possível que ela tenha me enganado.

- Senhor esses meses todos não tivemos oportunidade de falar com o senhor. Acredite, algo aconteceu naquele dia e pode ter certeza que não tinha criança envolvida.

Cidade
Leopoldo

- Ainda havia soldados na cidade por toda a parte, quanto estava na praça avisto Eva com Annie e o soldado.

Não acredito, a barriga de Eva está imensa.

Será que ela estava grávida do soldado? Mas aquela barriga estava muito grande.

Eva entra na loja, eu aproveito para falar com Anne.

- Olá Anne como vocês estão?

- Bem, tudo bem Leopoldo.

- Eva está grávida? Posso falar com você Anne?

- Estou muito ocupada agora Leopoldo, fala pra Tierry se ele lembra do que eu falei pra ele, preciso ir antes que Eva veja a gente conversando.

Ela entra na loja com o soldado.

Na fazenda.

- Maria peça para José chamar o médico na outra fazenda. Quando ele estiver mande me chamar.

- Sim senhor.

- Estarei na escritório.

Fui para o escritório, peguei uma dose de whisky.

- Oi amor, boa tarde. Não te vi chegar, saiu cedo.

- Sim, estava tratando de negócios.

Marie tenta me abraçar.

- Marie, não acho uma boa ideia.

- Pensei que tivesse gostado da noite anterior.

- Marie gostaria que me contasse como foi o dia do aborto. Seja sincero comigo.

- Não gosto de falar desse assunto. Sabe que foi um dia
horrível pra mim, prefiro esquecer este dia.

- Mas eu não estava então queria que contasse como foi.

- Já te disse, estava sangrando muito e perdi.

- Saiba de uma coisa Marie, se estiver escondendo alguma coisa de mim, você vai se arrepender.

José bate na porta.

- Sr. Só vim avisar que o que me pediu está feito.

- Obrigado José.

- Aonde está indo Tierry?

- Vou sair, não precisa me esperar. -Ah, quero dormir sozinho.

Na outra fazenda.

- Olá Doutor, quanto tempo.

- Oi Tierry, verdade muito tempo mesmo. Você está bem de saúde? Mandaram me chamar mas não disseram para quem eu passaria visita.

- Você é meu amigo e há anos está na família. Quero que me conta sobre o dia que Marie perdeu o bebê.

- Tierry, sua mulher estava sangrando muito e os lençóis estavam com muito sangue. Achei estanho pedirem pra eu vê-la mas quando eu pedi para examiná-la ela não deixou. Ela me disse que pagaria pela visita mas que não queira ser tocada.

- Você nao a examinou?

- Não. Ela me disse que pagaria pra não ser examinada. Nunca vi nada assim, mas como tinha muito sangue, examinei os batimentos e a barriga, somente.

- Você deveria ter a examinado por completo esta é a sua função.

- Não posso obrigar a pessoa dentro da sua própria casa e examiná-la sem autorização.

- De qualquer formar ela disse que estava de um mês. Sendo assim, não precisou forçar um parto pra criança nascer nate-morto.

- Um mês, não... Marie estava de cinco meses.

- Não Tierry, ela mesmo me disse que era um mês. Sendo assim o próprio corpo expele.

- Essa desgraçada mentiu, pra mim e pra você. Por isso, ela te recebeu sozinha no quarto, Josefa e Maria tinham razão. - Ela nunca esteve grávida.

- Não sei Tierry, foi o que ela me disse.

- Esse sangue pode ter sido de qualquer lugar. Ou a própria menstruação.

- Pensando bem, a forma que ela estava, poderia sim Tierry.

- Ela fez com que Eva fosse embora, com a notícia da gravidez, fez ela decidir de vez em me deixar.

- Obrigada Doutor. Preciso voltar pra fazenda e resolver alguma coisas.

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Beijos comentem meu amores

O Duque que me comprou (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora