10 de fevereiro de 1970

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Ao menos consegui dormir um pouco esses dias, realmente foi muito pouco, mas ajudou bastante.

— Amor. — Marcelo me chama quando percebeu que eu já havia acordado há uns 5 minutos — Tudo bem?

— Quer que eu seja sincera? — pergunto em voz baixa, mesmo ele provavelmente já sabendo da resposta.

— Ei. Eu tô aqui, tudo bem? — diz me puxando mais pra perto e me abraçando.

— Eu sei, é que... Tá difícil, isso tudo, sabe? — solto um suspiro longo — Me desculpa.

— Vai dar tudo certo, amor. A gente vai superar isso, tenho certeza.

— Marcelo ...

— O quê?

— Eu te amo!

Então apenas deixei que ele me beijasse e me envolvesse em seus braços, na tentativa de me consolar,dizer que estava tudo bem, que ia dar tudo certo dali pra frente e não precisávamos mais nos preocupar com medo.

Passamos o resto da noite assim, juntinhos, consolando um ao outro, fazendo o máximo de juras de amor possíveis.

Afinal, aquela poderia ser a última noite que dormiríamos juntos.

1964 - Diários de um Coração Rebelde Onde histórias criam vida. Descubra agora