Um moço saliente! (1)

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  Era mais uma noite de sábado movimentada em São Paulo, bares e boates estavam lotados, Higor estava passando pelas ruas com seu carro esporte vermelho, procurando o local onde marcou de se encontrar, com sua melhor amiga, Elaine, a moça havia se oferecido para distrair ele naquela noite, afinal Higor tinha acabado de descobrir que seu pai era um canalha e não estava nada feliz com o que havia descoberto.

  Após alguns minutos rodando com o carro, avistou a moça de cabelos cacheados cor de mel, olhos escuros e vestidos cheio de brilho, ele estacionou e desceu, o rapaz era bem afeiçoado, tinha pele clara como papel, olhos esverdeados, cabelo castanho jogado para trás e se vestia de forma simples, apesar de ser filho de um grande empresário, não gostava de sair ostentando que era rico, muito menos de se aproveitar do dinheiro do pai.

- Até que enfim dona Elaine! -resmungou cumprimentando ela com um beijo no rosto.

- Desculpa migo, minha namorada começou a dar chilique, acabei deixando ela falando sozinha. -se explicou arrumando o vestido decotado no corpo.

- Mas esse seu relacionamento também já deu, não aguento mais ver vocês brigando.

- Viado, eu gosto é de um problema! -afirmou rindo. - Mas hoje estamos aqui para animar a sua noite, sinto muito pelo seu pai...

- Não quero nem ouvir falar dele hoje!

- Ok, então vamos, arranjei entradas VIP para uma ótima boate aqui perto!

  Higor seguiu Elaine até uma boate, algumas pessoas estavam esperando para entrar, mas eles conseguiram mais rápido, já que a moça era muito influente na arte de dar um jeitinho, assim que entraram foram direto para o bar, pediram algumas bebidas e sentaram para encher a cara, o lugar estava cheio, havia uma música alta, bastante animada e luzes coloridas piscando para todos os lados.

- O que quer fazer? -perguntou Elaine olhando em volta.

- Beber até esquecer que tenho um pai.

- Isso não vai adiantar de nada, você precisa inovar migo, por exemplo, esse lugar está cheio de homem gostoso, deveria tentar perder a virgindade para um deles.

- Eu não sou virgem! -gritou ficando vermelho.

- Você vive dizendo que não é, mas uma vez quase desmaiou quando viu meu irmão pelado, nem eu que sou lésbica reajo de um jeito tão estranho ao ver um homem pelado.

- É que...

- Não importa, transar é bom e é isso o que você precisa na sua vida! -o garçom colocou as bebidas deles no balcom, Higor pegou o whisky e começou a beber de forma descontrolada.

- Eu não vou fazer sexo com qualquer um! -Elaine deu um sorriso malicioso olhando para a porta.

- Então seus problemas acabaram, olha quem chegou!

  Sem muito interesse Higor olhou para a porta, mas ficou chocado vendo aquela pessoa, era um homem lindo, de pele dourada queimada pelo sol, olhos verdes reluzente, cabelo escuro repicado e jogador para o lado, blusa social com os primeiros botões abertos mostrando o peitoral músculoso sem exageros e calça jeans com alguns rasgões.

- Meu santo Deus grego! -disse o olhando fixamente sem piscar, aquele com certeza era o tipo dele. - Quem é esse homem?

- Juan! -afirmou Elaine tentando fazer uma voz sexy. - Dizem que ele veio do México, é um gay digno de uma estrela de ouro, nunca sai sozinho, afinal todos querem uma chance com ele é um rapaz muy saliente!

- Então já posso esquecer ele! -Higor se virou desanimado.

- Como assim?

- Olha para ele, com aquela pele morena, aqueles olhos, um cara assim jamais vai querer ficar comigo, minha pele é um pedaço de papel perto da dele, o verde dos meus olhos são como um pequeno vagalume, perto do verde dos dele!

- Você precisa ser mais confiante... -Elaine fez cara de surpresa. - Ai meu Deus, ele está olhando para cá!

- Que?!

- Migo ele está apontando para você, fazendo um sinal... -Juan mostrou um sorriso branco perfeito e fez um sinal estranho com a mão. - Acho que ele está me perguntando se você é gay. -Elaine confirmou com a mão. - Cara ele tá vindo para cá!

- Não, eu estou feio, o que eu faço?!

- Abre as pernas e não faz cú doce.

- Elaine! -gritou quase infartando de medo, ao sentir um perfume bom se aproximar.

- Com licença! -disse uma voz masculina, grossa e com sotaque espanhol. - A bela dama pode me deixar um minuto a sós com seu amigo?

- Claro! -Elaine saiu com um sorrisinho pervertido, Higor sentiu seu coração disparar a mil, não estava acreditando que aquele homem maravilhoso, havia ido até ele de livre e espontânea vontade.

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