E, crianças, foi assim que me tornei um garoto de programa

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Olá, pessoal. Quanto tempo, não é?

Então, hoje temos um capítulo especial narrado por Cole *---* Mas antes quero tirar algumas dúvidas.

* As falas em itálico são de Bee

* O capítulo está no presente porque ele está contanto para ela, entenderam?

* Esse capítulo tem referências à Efeito Xerazade, outra história minha *--*

No próximo capítulo vamos revelar quem matou Francesca e Marjorie, prontas?

Outra coisa. Eu andei pensando muito e estou debatendo sobre ter uma continuação e queria a opinião de vocês. Já comecei a escrever, estou no capítulo 5 e caso realmente tenha a continuação, o final dessa história será um e caso isso seja um volume único, terá outro final. Então, deixem sua opinião.

Nos encontramos nos comentários. Beijos.

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Cole

Eu nunca sofri nenhum tipo de abuso. Desculpe por iniciar desse jeito, mas acho que é uma coisa que preciso esclarecer antes de contar minha história. Muitas pessoas se debulham em lágrimas enquanto narram sua difícil vida e como ultrapassou todas as barreiras que lhe foram impostas. Comigo não foi assim e espero que não me julgue até o final.

Minha infância foi normal, por mais que tivesse um pai ausente. Minha mãe fez um bom trabalho me educando e aos poucos tomei consciência que deveria cuidar dela também, o que incluía omitir todas as vezes que fui mandado injustamente para a diretoria. Não me olhe desse jeito, Bee, a maioria das vezes foi injustamente. De todo o jeito, eu era a típica criança que preferia aprontar na escola e se portar em casa, apenas para não dar mais trabalho do que o normal para minha mãe. Por isso foi um susto e tanto quando ela apareceu em casa com meu professor de matemática, Keith.

Não precisei de muito tempo para somar dois mais dois – sim, eu tinha que fazer essa referência – e perceber que os dois estavam namorando. Fiquei um pouco enciumado no começo e com bastante medo. Não queria que ele magoasse minha mãe como meu pai tinha feito antes de ir embora, por isso acabei sendo um pouco trabalhoso para eles. Além disso, com meu professor morando lá em casa, minha forma de extravasar na escola tinha se tornado escassa.

Então, quando a adolescência e a rebeldia chegaram comecei a andar com pessoas que adoravam confusão, entretanto sempre tomava cuidado para que não chegar em casa acompanhado pela polícia. Pelo o que já te contei da minha ficha criminal, não consegui muito êxito nessa missão. Após a terceira vez que a polícia me levou até em casa, Keith me levou até o sofá e teve uma conversa que me fez mudar um pouco os meus pensamentos. Ele olhou para mim e disse:

— Cole, eu te conheço desde que achava as garotas nojentas – e pela quantidade garotas com que vejo você hoje em dia, posso dizer que faz muito tempo – então acho que tenho um pouco de autoridade para dizer que você está indo para o lado errado da vida. — manteve o rosto sério e eu bufei por achar que ele não tinha essa autoridade de opinar na minha vida. — Eu estou tentando acobertar todas as vezes que a polícia aparece aqui, mas um dia não vou conseguir — minha mãe trabalhava no turno da noite em um hospital local, chegando junto com o sol. E ela nunca me via sendo elegantemente escoltado até em casa. — Sei que você ainda não me acostumou comigo na sua casa e...

— Por que você pensaria uma coisa dessas? — respondi com sarcasmo.

Ele sorriu.

— Sou bastante observador. — começou a tatear os bolsos de seu casaco. — De qualquer maneira, quero mostrar que não vou te abandonar e nem a sua mãe. Por mais que meu salário como professor não seja dos melhores e eu não tenha sido a sua primeira opção de padrasto, você me dá a benção de pedir a sua mãe em casamento? — ele puxou uma caixa de joalheria do bolso e abriu.

Senhor LuxúriaOnde histórias criam vida. Descubra agora