Ele me pegou no colo, sem hesitar um segundo antes de encostar a sua boca na minha com ardor. Pressionei o meu corpo contra o dele, envolvendo minhas pernas ao redor de sua cintura e suspirando ao sentir sua ereção roçando em mim. Livre da tipóia fui capaz de descansar meu cotovelo em seu ombro e permitir que meus dedos se embrenhassem por seus cabelos negros. Envolvido pelo desejo, Cole nos levou até a parede batendo com as minhas costas ali com firmeza, mas suave o suficiente para que não me machucasse.
Pressionei a palma da minha mão livre na parede, como se isso pudesse me dar um suporte para tudo o que estava sentindo no momento. Cole apertou minha bunda no segundo em que largou minha boca e concentrou sua atenção na curva do meu pescoço, distribuindo beijos leves – e passando a ponta da língua – por minha pele. Fechei os olhos gemendo, encostando minha cabeça na parede e desfrutando desse carinho que meu corpo tanto estava saudoso.
— Podemos ir lá pra casa — murmurei em meio ao tesão que sentia. Cole parou de me torturar e afastou seu rosto para poder me encarar. Suas íris estavam banhadas por um verde escuro quase deixando o âmbar inexistente. — Rick levou Nat para jantar e...
Cole pendeu a cabeça para o lado e estreitou os olhos na minha direção. Naquele momento, todo o tesão reprimido que o meu corpo carregava esfriou e balancei minhas pernas em um pedido silencioso para que ele me largasse.
— Você tem que parar de fugir dos meus pais. — Cole disse.
Levantei a cabeça, frustrada por estar encarando o seu peito.
— Não estou fugindo — cruzei os braços.
Ele arqueou uma sobrancelha.
— Você está parecendo Satã e os meus pais, Jesus Cristo e Deus querendo te exorcizar — gracejou tocando em minha franja e ajeitando-a. — Eles não mordem, garanto. Só querem te conhecer para saber quem foi a minha jogada de sorte. — sorriu beijando o topo da minha cabeça. Pressionei os lábios, sentindo que estava cedendo aos seus encantos. — Prometo que vou te compensar.
— Agora chegamos à parte pertinente. — brinquei pondo as mãos nas costas em uma pose de negócios.
— O que você quer, Hyden? — indagou imitando minha pose, mas mantendo os nossos rostos bem perto um do outro. — Fale o seu preço.
— Você sabe o que eu quero.
Cole suspirou afastando-se um pouco. Desde que ele tinha me contado sobre sua vida como stripper e como era uma das atrações principais, eu insistia que queria ver um vídeo dele dançando. Incrivelmente não havia nenhum rastro pela internet, o que me levou a pensar que ele tinha algum amigo hacker. Com isso, tive a plena certeza que ele tinha a última cópia – o resíduo – de sua vida antes da prostituição.
— Não posso te dar isso. — ele disse com um suspiro. — Mas posso prometer uma coisa bem melhor.
— Dois vídeos?
— Vai se arrumar, Bee — ele abriu a porta mantendo um sorriso bem humorado. — Meus pais devem chegar em alguns minutos e estão loucos para te conhecer. — parada no batente, tentei argumentar, mas ele se abaixou dando um beijo rápido em meus lábios que me desconcertou por alguns segundos. — Vai ser melhor, prometo.
E fechou a porta. Se era melhor do que dois vídeos, deveria ser um DVD com todas as suas danças. Não tinha uma suposição melhor.
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Desde que Rick fez a maldita proposta para que Natalie e ele morassem juntos, eu sempre passava pela porta do quarto de minha prima apreensiva em encontrar caixas empilhadas e um cômodo vazio. Claro que quando ela compartilhou a novidade comigo – cautelosa por estar com medo que eu tivesse um ataque nervoso depois de tudo o que ocorreu durante as últimas semanas – fiquei feliz por ela.
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Senhor Luxúria
RomanceCom a vida resumida em ver séries, usar roupas visualmente masculinas e escutar as teorias bizarras de sua prima, Berthany não tinha ideia de que um caminhão de mudanças parado na frente do seu prédio faria sua vida dar uma volta de cento e oitenta...