Capítulo Nove: A consulta

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N/A:

Mais de um ano de hiatus. Voltei. Para ficar. Juro.

Gostaria de agradecer imensamente por todo o apoio, carinho e mensagens encorajadoras. Nesse tempo todo que passou, muita coisa aconteceu:

Eu terminei minhas pós-graduação; recebi uma promoção no trabalho; quase fui diagnosticada com mais uma doença crônica; tive bloqueios mentais que me impediram de escrever por meses; tive dúvidas; tive medo; me questionei sobre milhares de coisas; comemorei mais de um ano da alta do diagnóstico de trombose; comemorei um ano sem nenhum desmaio; comemorei o novo emprego do meu irmão; meu pai ficou doente, meu coração ficou pesado com isso, tive muito medo, mas, ele se recuperou e está mais saudável do que eu (acreditem); me apaixonei pela vida; ganhei amigos, perdi amigos, fui surpreendida pelas atitudes alheias, seja de bondade, seja de pessoas que você não esperava que tivesse feito o que fizeram; aprendi que a admiração faz a diferença em qualquer tipo de relacionamento; e o respeito é a base de tudo; aprendi que não podemos deixar de fazer o que amamos, mas, que às vezes, precisamos de um tempo para nós mesmos.

E, por causa disso tudo, estou de volta.

Não posso prometer mais de um capítulo por mês. Mas, posso prometer postagens mensais, responder os comentários sempre, agradecer por todo apoio, por me acompanharem e por acreditarem nessa história que eu amo tanto.

Agora, sem mais... Obrigada!!!

---------> BOA LEITURA! E até Outubro :)

Lucas Brandão, bissexual assumido, cabelo moicano branco descolorido e olhos lilás, lente de contato, cheio de tatuagens e piercings. Trabalhava como tatuador desde os vinte anos. Devia ter cerca de trinta e cinco, mas o seu corpo magro, a sua falta de ruga e o seu jeito de vestir com excesso de couro, o fazia parecer ter no máximo vinte e cinco anos.

Amigo de infância do ex da Mel, o Pedro, um toco de gente barbudo e careca que gosta de usar calças sociais, camiseta regata e suspensórios. Era um dos casais mais estranhos que vi na vida. Mel, com seus um e noventa e roupas bufantes, e Pedro, com seu um e cinquenta de altura que se inspirava no Fred Mercury para se vestir. A combinação era no mínimo interessante. Talvez, intrigante... Porque você não fazia a mínima ideia do porquê dele estarem juntos. Melhor, deve ser por isso que eles não ficaram juntos.

Normalmente, ele optava por homens. Mas, existia algumas mulheres que o fascinavam principalmente mulheres ruivas. Adivinhem? Sou ruiva. Eu o conheci num desses dias que você leva o seu namorado e um amigo para sair com uma amiga sua. Mel estava começando a sair com Pedro e me arrastou. Ele arrastou Lucas. Sendo muito sincera, não faço ideia do que me atraiu nele. Era magro demais. Andrógeno demais. Mas, nem quis papo e me beijou. Fim. Morri. E toda vez que ele aparecia na minha porta nem precisávamos conversar. Não que o papo fosse ruim. Era bom. Até mesmo sem palavras. Mas, existia prioridades.

- Olá. - falei me sentando numa cadeira no café dentro da Livraria Cultura no Conjunto Nacional, já segurando um suco de laranja e um sanduíche natural com um pedaço de bolo. Estava começando a sentir a fome das grávidas.

- Hey, baby. - Lucas segurou minha mão direita e a beijou. - Tão linda quanto sempre.

Eu ri. - Aí que lindo! - exclamei. - Seu lisonjeador.

Ele deu uma risada estridente. Era uma risada que parecia um guincho de rato, porém era tão característica dele que o tornava fofo.

- Só para quem merece. - ele deu uma piscadinha e tomou um gole do chocolate batido que tomava. Do jeito que eu o conheço, provavelmente com whisky. Eu daria um pedaço do meu fígado para apostar nisso. Mas, nem foi preciso, porque ele tirou da mochila uma garrafinha roxa e fez sinal para colocar no suco que eu havia acabado de pegar. Neguei educadamente. - Não posso, estou esperando um bebê.

O número da sorte e a busca do pai perfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora