Atlantes

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Eles entraram no barco, um que lembrava os antigos bárbaros do extremo sul, Sophia os guiava com segurança pelas águas, uma densa neblina cobria o mar naquela manhã, não tinha uma boa visibilidade.
- William, para onde estamos indo?
Indagou Shafira.
- Não se preocupe, Sophia conhece essas águas tão bem quanto eu conheço as florestas.
Sharifa ficou quieta, ela percebeu que aquela altura sua opinião pouco importava. Eles seguiram por várias horas, em meio a uma neblina densa até que saíram dela.
- Chegamos. Disse Sophia.
- Chegamos aonde?
- Atlantes, a cidade dos tritões. Disse William observando a cidade que ele não via a quatrocentos anos.
Era gigantesca uma das mais bem sucedida de todas as grandes cidades do mundo, mas ele notou um movimento muito estranho na cidade, que não estava totalmente submersa.
- Se abaixem... Sophia sussurou, eles abaixaram e Willian disse - O que está acontecendo?
- Quando chegarmos a um lugar seguro eu te explico.
Eles chegaram até o portal da cidade, mas os guardas não deram muita atenção ao barco. Os tritões, homens com habilidade de respirar tanto dentro e fora d'agua. Eles eram os soldados do povo do mar, quando queria criavam caldas como as da sereias, mas no período que a cidade ficava flutuando eles criavam pernas para vigiar a parte flutuante de Atlantes. Mas junto com os soldados, haviam bruxos muitos bruxos. Willian e Shafira se cobriram com uma capa que estava jogada no barco. Eles estava bebendo e dando risada com os Bruxos e bruxas, que estavam ali.
Eles seguiram por um canal, chegando a uma grande sala, era linda, cheia de pérolas no teto, havia muitas sereias ali, brincando e dando risada, o povo de Atlantes era feliz, mas aquilo era apenas porque eles não sabiam de uma terrível verdade.
Ao passarem por aquela linda sala, eles entraram em um canal mais curto e Sophia bateu no barco e disse - Tudo bem. Podem sair dai.
Os dois levantaram, e ficaram deslumbrados com a tamanha beleza da cidade. Tinha grandes edifícios, e o mais alto deles era os salões reais, lar dos duques, Príncipes e do poderoso rei Harmom que a muito tempo não aparecia na cidade. Sophia olhava assustada para todos os lados, como se sua vida estivesse em constante perigo. Então Willian perguntou - Vai me dizer o que está acontecendo? O que bruxos fazem aqui?
- Fala baixo! Droga Willian, pensei que você soubesse. Dizem que o rei está morto, dizem que o príncipe e toda a família real também.
Ela fez uma pausa olhou para os lados, chegou mais perto, trazendo metade do seu corpo pra dentro do barco, e continuo - Ouvi boatos que a oráculo está sendo caçada pelo rei demônio, ele enviou Leonor para Atlantes, já faz dez anos que ele comanda a cidade e engana a todos dizendo que o rei está doente, e pediu pra ele tomar conta do reino.
Shafira escutou tudo atentamente, respirou fundo e disse - Olha, eu acho que devemos encontrar essa tal de oráculo, e perguntar pra ela como podemos matar Leonor.
Sophia olhou nos olhos dele e disse - Eu sei aonde ela está escondida, alguns amigos estão me ajudando a proteger o esconderijo.
- Ótimo. Então nos leve lá.
- Não posso.
- Por que? Disse Shafira alterando a voz. Sophia respirou fundo, e disse - O esconderijo é numa caverna a quatrocentos metrôs abaixo d'água.
As duas se encararam profundamente, William então disse - Eu vou. Eu consigo. Já fiz antes.
- Sério? Disse Sophia ironizando.
- Se você for eu vou também! Shafira protestou.
- Ótimo então venha.
Ela ficou perplexa, e Sophia deu risada da situação. Então Shafira já stressada disse - O que foi Sophia?
- É que vocês me lembram meus país. Eles sempre brigam mais se amam muito.
Ela ficou rosada e desviou o olhar para o por do sol.
- Vamos então. Disse Willian se alongando e tirando sua armadura. Ficando nu o que para ele era normal. Tanto Sophia quando Shafira ficaram vermelhas. Sophia sempre gostou de Willian, mas nunca disse, e naquela situação ela ficou sem reação, seu coração bateu forte, ela desviou o olhar, e mergulhou Willian foi atrás, logo depois Shafira. Eles deram todos as mãos, e Sophia puxou eles para o fundo, passando por alguns corais, e navios afundados, eles chegaram a uma caverna, que estava guardada por duas gigantescas serpentes do mar, seres enormes, tinha dez metros cada uma, Sophia pediu para que elas permitissem a entrada, e elas saíram do caminho.
Depois de entrar na caverna, eles subiram até uma parte que era seca, e puxaram o ar, Sophia disse - Daqui vocês vão sozinhos, é só seguir pela caverna vocês vão encontrá-la.
- Obrigado Sophia.
Ela ficou tímida de novo ao virar seus olhos para ele, ela não disse nada apenas mergulhou.
Shafira e Willian entraram na caverna, andavam de vagar e prestavam atenção em tudo. Então Shafira disse bem baixinho - Por que tinha que tirar a roupa?
Ele respondeu no mesmo tom de voz - Eu me sinto mais a vontade. A armadura aperta muito caso eu tenha que me transformar.
Ela fez uma expressão de indiferença, revirando os olhos. Eles andaram mais um pouco, até achar uma porta, Willian colocou o ouvido na porta e começou a ouvir gritos em um tom baixo, ele arrombou a porta e teve uma bela surpresa.
A oráculo estava numa grande cama, uma cama que parecia ser de monarcas, e com ela tinha sete mulheres e sete homens, todos humanos, e estavam todos fazendo sexo, as vezes a oráculo cobrava algum tipo de preço por suas respostas e como ela não podia transar, as vezes mandava os outros transar na frente dela para satisfazer seus desejos sujos. Todos se assustaram quando Willian arrombou a porta, e fugiram menos a oráculo que o encarava com um olhar de raiva. Os homens e mulheres pegaram um barco e saíram rapidamente por um rio subterrâneo que ligava o reino de Arthur a Atlantes. A oráculo se enrolou em suas vestes e se levantou e disse - Sabe a quanto tempo que não recebia uma visita tão especial? Você estragou tudo.
- Desculpa aí estragar sua diversão! Ironizou Shafira.
- Eu vim de longe preciso de uma resposta para uma pergunta importante.
Willian disse apressado.
- Hmmm. Entendo. Mas tem sempre um preço.
Ela se aproximou dele, colocando sua mão sobre os ombros dele, e deslizando sobre seu abdômen e antes que descesse mais Shafira a interrompeu, pegou forte no punho dela, e jogou ela de volta na cama e disse - Já chega! Você vai dizer o que nós queremos saber ou eu vou te matar!
O olhar dela era sério, a oráculo era jovem aparentemente tinha 18 anos, sua pele era morena, seu cabelo era loiro, seus olhos azuis, ela respirou fundo e viu que não tinha escolha.
- Tudo bem. Qual é a pergunta?
- Como posso matar Leonor e qual é o nome do Rei Demônio?
- Leonor, ele é um dos antigos reis, dizem que ele é imortal, mas é mentira, todos os reis podem morrer exceto o Metatron e Samael, para matar o rei dos bruxos você precisa da lança dos Deuses, a lança do destino. Atravesse a lança no coração dele e então a vida o deixará.
- Lança dos Deuses? Shafira disse confusa.
- Sim. Existem cinco Deuses. O Deus da Destruição é o protetor da lança, ele mora no lugar mais alto do mundo. Mas saibam que muitos tentaram, mas nenhum voltou com vida do templo onde a lança está escondida.
- Templo de Dhepera, o lar de Zorky o Deus da Destruição.
Disse Willian olhando para Shafira e pensando se ela iria poder continuar na jornada que ficava mais perigosa.

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