Guerra: O exército.

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Arcateus tinha dito que iria me ajudar na batalha, porém não falou de que maneira, ele se transformou em meio de uma fumaça negra em um velho de capuz. Eu achei que ele se tornaria em um grande monstro talvez, mais num velho? Que diabos ele estava pensando?
Mas então ele me explicou; -"Eu não posso entrar diretamente na batalha, pois eu e Megatuz juramos jamais interferir nos assuntos dos mortais. Por isso vou te dar um exército para que possa lutar contra as forças de Lilith." Agora sim tinha começado a fazer sentindo, eu infiquei a espada no chão, me ajoelhei e jurei lealdade e fidelidade à ele. Ele então bateu a lança no chão, e um portal se abriu, lá eu avistei um numeroso exército de todos aqueles que haviam sido mortos por Lilith e seus exércitos, haviam seres de todos os clãs, e até mesmo de outros mundos, todos marcharam, e se posicionaram em fileiras, o portal então se fechou.
Arcateus voltou a falar -"Eles te auxiliaram na batalha, mas você pode vencer a guerra, para enfraquecer o exército do inferno, corte a cabeça da serpente" 
Em seguida ele sumiu no ar, não consegui nem se quer dar uma resposta, o exército constituído de pessoas já falecidas parecia ansioso por vingança, eu comecei a andar de um lado para o outro até que em uma das fileiras, avistei meu irmão. Corri ao seu encontro, olhei em seus olhos frios, ele parecia não se importar comigo, então Arcateus mais uma vez falou, mas dessa vez em minha mente -"Os mortos não tem mais lembrança dos vivos, apenas a lembrança de quem os matou, não busque consolo de quem já está morto, assim que tudo acabar todos vão voltar para o vazio."
Eu fechei os olhos e lamentei por ouvir aquilo, então eu respondi -"Sendo assim, o que eu farei quando isso tudo acabar? Minha vida se foi no momento que minha família foi destruída."
-"No final de tudo, eu te salvarei." Dessa vez uma voz suave de uma mulher falou em minha mente, mas não era minha mãe.
Mesmo eu curioso não quis perde mais tempo. Eu ergui minha espada e os exércitos começaram a marchar. Eu então do nada comecei a ser revestido de um brilho azul, e uma armadura foi sendo construída. Eu me perguntei o que seria aquilo, o destruidor explicou: -"A espada não é apenas uma espada. São espada, escudo e armadura."
Assim que ele disse minha armadura surgiu totalmente, era branca, com detalhes em azul, emanava uma energia fria e calma, também apareceu um escudo azul, com uma lâmina prata em suas extremidades, meu cabelo se tornou cinza outra vez, meus olhos prateados, a parti dali fiquei conhecido como "Cavaleiro do Apocalipse". Assim fui chamado pelo imenso exército. E de agora em diante esse seria meu título. Eu ordenei que eles parassem entre Valas e Grekos, para que eles protegessem o local. Até que eu pudesse pensar numa estratégia.
Para ir até a ilha infernal confrontar Lilith de frente, eu estava precisando de um barco. Eu me conectei a mente de Valquiria e chamei ele ao meu encontro, não demorou muito para que ele aparecesse, eu acariciei um pouco sua face, e montei em cima dele, olhei para os exércitos e ordenei que matassem qualquer inimigo que aparecesse aos arredores. Então eu parti para Alexandria para pedir ajuda aos humanos.
No caminho para lá, avistei todo o percurso que percorri junto com Shafira, me lembrei que no início tudo não passou de uma simples aventura. Depois de alguns minutos, avistei a poderosa cidade construída por Arthur, mas tinha algo errado, estava cheia de fumaça, e destroços, a grande muralha havia caído em alguns pontos, e a cidade estava tomada de demônios, assim que me viram, começaram a atirar projéteis de energia, também a usar grandes armas de guerras dos humanos, Valquiria começou a ter dificuldade em esquivar, até que foi atingido por uma rachada de tiros no peito, aquela era uma arma poderosa o bastante para perfurar o couro de um dragão que era duro como ferro. Começamos a cair, rodando, mas antes de se chocar com o chão ele conseguiu abrir suas asas e caímos em cima das árvores, eu fui arremessado, comecei a me levantar um pouco tonto, e vi meu pobre dragão agonizar até a morte. Eu peguei minha espada e me escondi, ouvi passos, era um batalhão de demônios, aquelas criaturas repulsivas, eram magros, altos, de pele pasma, totalmente sem pelos e sem roupa, mas não tinham órgão sexuais, seus olhos eram negros como a noite, e eles não tinham maxilares, suas bocas ficaram abertas, eles ficavam salivando sem parar, tinham garras enormes.
Eu joguei uma pedra pra longe chamando a atenção deles, me permitindo sair de lá sem ser notado. Eu precisava prosseguir e descobrir se todos haviam fugido. Tinham muitos homens no exército que Arcateus me arranjo. O que significa que muitos morreram na guerra, não é de se admirar que a cidade esteja repleta de demônios.
Eu entrei na cidade, peguei um pano velho que encontrei no chão e usei como capuz. E entrei na cidade, eu passei por dentro de uma casa destruída, e lá dentro achei uma foto de família, estavam felizes, de repente um demônio apareceu caindo do teto, esse era gordo, tão gordo que seus braços e pernas eram curtos, tinha olhos parecidos com olhos de águia, e suas costas tinha uma crina como aquelas de porcos selvagens. Mas o que mais me deixou chocado, era que sua boca não era no rosto e sim na barriga, e entre os dentes dele estava a perna de uma garotinha, a mesma que estava na foto de família. O monstro me encarou firme, e partiu pra um ataque, o mais impressionante é que apesar da sua aparência ele era ágil. Assim que fui cortado com minha espada, apareceu um círculo mágico no chão como um diagrama, e o monstro foi pulverizado. Se tornando cinza e ossos, então uma figura misteriosa saiu de trás de uma porta, também usava um capuz, quando tirou o manto vi que era uma mulher, uma bela mulher, cabelo preto descendo até o meio das costas, pele morena, olhos negros, corpo definido, de altura mediana, ela estava com uma calça azul colada, um sapato típico dos bruxos, que parecia uma bota com, e uma camiseta regata branca, ela se aproximou olhou minha armadura e espada, em seguida olhou para meu rosto e disse -"Quem é você?" Eu pensei um pouco e decidi assumir a identidade de Fenrir de agora em diante.
-"Meu nome é Fenrir, sou o cavaleiro do apocalipse"
-"Você é o emissário da Morte?"
-"Não! Sou o servo da Destruição, eu vi trazer o apocalipse para os demônios e sua rainha"
-"Há sendo assim! É uma honra conhece-lo meu é Pam. Eu sou uma traidora do meu clã. Meu rei se aliou aos demônios, e eu a muito tempo venho tentando impedi-lo. Porém falhei todas as vezes. "
-"Você é uma bruxa?"
-"Sim. Mas você vai lutar sozinho?"
-"Não os deuses me deram uma ajuda. Um exército."
Ela ficou quieta, ela me encarava sem parar. Isso aos poucos me deixou desconfortável. Então eu me virei para ela e perguntei -"O que foi?"
-"Você me lembra o falecido Willian." Eu guardei minha espada e ponhei meu capuz. Ela fez o mesmo eu disse -"Venha comigo. Lute ao meu lado. Sua ajuda vai ser muito útil."
-"Claro conte comigo!"
-"Então você por acaso sabe o que ouve aqui?"
-"Sim. A dez dias os exércitos de Alexandria se prepararam, ao saber que Vlade e Willian haviam caído. Mas eles foram surpreendidos pelas forças militares de Lilith. Eram formadas por Atlantes, Bruxos, Demônios e algumas criaturas jamais vistas antes, criaturas que ficaram conhecidas como gigantes. Alexandria resistiu por três dias, depois disso foi tomada, os poucos sobreviventes fugiram para a montanha proibida. Aonde estão sendo protegidos pelos dragões, que sentiram pena dos humanos."
-"Que situação triste. Você sabe abrir portais?"
-"Sim." Eu sorri ao ouvir aquilo, de repente um grupo de demônios voadores passou, e nos escondemos num corredor, ficamos bem próximos, ela olhou para mim e nossos rosto se aproximaram. Do nada um estrondo e um demônio familiar apareceu, Azazel! Ele olhou para nós sorriu e disse -"Venham só, dois pombos fora da gaiola." Eu fiz um sinal para que ela desaparecesse, eu tirei o capuz e quando o olhei de frente, vi que ele estava usando a marreta de Zarbatas, isso fez meu sangue ferve. Eu tirei minha espada e o escudo das costas, e quando eu me posicionei para a batalha, e assim que fiz isso um elmo aparaceu, completando minha armadura. Ele sorriu, eu então parti para cima dele, usei meu escudo para jogado na parede, o impacto foi tanto que ele atravessou a parede indo para na rua, eu olhei para Pam, ela fez um sinal positivo com a cabeça abriu um portal e saiu. Eu fui pra rua e disse -"Aonde você achou essa arma?"
-"Foi um presente de Lilith. Certa vez essa arma me feriu muito, seu antigo portador era poderoso, o general dos Lobos. Mas agora ele é só uma história já que o clã dele sumiu." Ele começou a gargalhar. Isso me tirou do sério. Ele olhou para mim e perguntou -" Mas quem é você?"
-"Eu me chamo Fenrir e eu sou o Cavaleiro do Apocalipse. Eu sou o fim de todos vocês!" Ele sorriu e partiu para cima, saltou e tentou me esmagar com o martelo, eu usei o escudo para me defender, o impacto foi tanto que fez uma onda sonora. Fiz um pouco de força, e joguei ele para cima, em seguida comecei a usar a espada para tentar corta-lo, ele esquivo de alguns ataques, eu saltei por cima dele, e cravei a espada em seu ombro, fazendo ele cair de joelhos, ele começou a gritar e eu perguntei -"Aonde Lilith está?"
-"Não vou dizer!" Eu comecei a enfiar a lâmina mais fundo, quase chegando no coração. Olhei nos olhos dele e disse -"Se não falar irá morrer!" Ele começou a suspirar fundo e sorriu. Ele reuniu fogo em sua boca, e tentou me atacar, diretamente no rosto, eu usei meu escudo para defender, eu usei o escudo para bater na cabeça dele, fazendo sair sangue de seu nariz, eu notei que o sangue dele era branco, como o sangue dos anjos, eu então perguntei -"Você é um celestial também?"
-"Sou. Eu e mais seis seguimos Lilith quando ela caiu, e ganhamos o título de cavaleiros do inferno. Não podemos morrer, fomos amaldiçoados pela morte, mesmo que quebre todos os meus ossos eu viverei!"
Eu vi que dele não iria tirar informação alguma, então decidi mata-lo. Eu tirei a espada de seu ombro, ele sorriu, mas quando ele viu que eu ia dar o golpe final, ele segurou a lâmina, mas não conseguiu impedir que ela atravessasse seu peito, quando minha lâmina atravessou seu peito, ele abriu os braços e virou a cabeça para cima, uma luz vermelha saiu de sua boca e olhos, e ele gritou fazendo a terra tremer, em seguida a luz se apagou, e ele desabou no chão, sua expressão facial era de desespero. Eu olhei o sangue na lâmina, e me senti aliviado. De repente um grande grupo de demônios começou a me cercar, alguns voavam, outros eram os "boca aberta". Porém não vinham para cima, eu peguei meu escudo, e minha espada, e me preparei para a batalha.

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