Guerra: Abadon

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Avistei meus aliados mortos sobre as águas, olhei para Pam e ela sorriu e me olhou com aquele doce olhar. Junto com o exército de mortos veio velhos conhecidos, até mesmo o Rei Harmom o antigo rei de Atlantes, e meu irmão, minha sobrinha todos eles estavam lá. No meio daquela neblina fria. Olhei para o céu e nuvens escuras começaram a cobrir o céu, aquilo certamente era o Deus da Destruição que queria me assistir de perto. Muito bem Arcateus você irá se impressionar com meu poder hoje!
Os demônios logo notaram nossa presença e soaram um alerta, rapidamente tropas aliadas de Atlantes nos cercaram pelas águas, enquanto tropas de bruxos começaram a atacar com tiros de energias do alto do monte, eu ordei: "Ataquem!"
Os meus exércitos começaram a ir para cima dos inimigos como animais raivosos. Eu peguei na mão de Pam e disse: "Pam! Você tem que lutar! Lute até não sobrar mais fôlego!" Ela fez um sinal de positivo com a cabeça. Os Atlantes de alguma forma estavam prontos para lidar com os mortos, eles estava usando amuletos que faziam os mortos virar cinzas com um tipo de rajada de luz.
Eu fechei meus olhos, me concentrei um pouco e chamei por Arcateus, ergui minha espada, imediatamente um tornado se formou em volta de mim, e eu apontei ele para a água, o mar se tornou gelo, prendendo alguns Atlantes dando a chance ao meu exército. Quando olhei para os lados Pam estava fazendo poças de lava, que fazia seus inimigos derreter. Nesse momento uma besta enorme apareceu em minha frente, tinha corpo de homem, mas sua cabeça era de touro, era enorme e tinha uma armadura cheia de espinhos, era uma arma de destruição. Ele me pegou de surpresa nesse exato momento, cravou seus longos chifres no meu peito, uma dor imensa tomou conta do meu corpo, e ele saltou comigo me levando lá para cima, ele me arremessou, e eu caí brutalmente no chão, senti que meus ossos iam se partir. Aquele monstro era pura força bruta.
Eu comecei a me levantar, estava cheio de poeira no local, eu comecei a ver meus soldados lutando para evitar que os demônios me atacasse naquele momento. De repente aquele ser partiu na minha direção, arrastando todos em seu caminho, Vlade apareceu em minha frente, ele desferiu um soco no chão, e um relâmpago levantou a criatura, e num piscar de olhos ela estava sem cabeça, Shafira estava mais veloz do que antes, em questão de segundos cortou a cabeça do monstro.
Porém a criatura se levantou, e um tipo de fluido negro, começou a sair do bicho, formando outra cabeça, porém dessa vez a cabeça de um lobo. Do nada escutei alguém dizer: "Finalmente você chegou. Estava a sua espera. Fenrir. Eu sou Abadon."
Eu respondi: - "Abadon saia das sombras, e me enfrente como um guerreiro de verdade!"
- "Vou fazer melhor que isso. Eu vou deixar você enfrentar minha quimera, o último espectro. Dizem que até mesmo os Deuses temem esse ser. Vamos ver como um semi-deus vai lidar com isso."
Então aquela criatura não podia ser destruída facilmente, apenas o fogo sagrado que minha mãe falou iria dar fim na besta. De repente ela começou a mudar de forma, virando um leão, com três cabeça, e uma cauda em forma de serpente.
A criatura nos atacou, e graças a grande agilidade de Shafira conseguimos escapar do ataque. A besta passou a destruir tudo em seu caminho. Eu então bolei um plano. Corri em direção a um vulcão, tinha uma entrada, que aparentemente levava até o fosso de fogo. A criatura me perseguiu até lá. Quando entramos ela conseguiu me alcançar, e saltar sobre mim, estava desesperadamente tentando me devorar.
Eu coloquei meus pés na barriga do monstro e arremessei ele por cima de mim, o jogando na lava. A criatura gritava e esperniava enquanto afundava. Provavelmente estava viva, mas estava presa para sempre. Eu me levantei e quando estava saindo do fosso, senti um tremor, a criatura estava voltando, dessa vez na forma de um tipo de inseto gigantesco com um casco duro, parecia ter ficado resistente a lava, será que a criatura podia se adaptar a ambientes hostis?
Ela se agarrou as rochas e abriu uma grande boca, com grandes mandíbulas. Eu apontei a espada, e assim que ela veio para cima eu comecei a cortar suas pernas, mas sempre nasciam outras. De repente eu ouvi uma voz, aquela mesma voz doce e gentil, ela disse: "Pegue o poder dos Deuses emprestado. Pegue a chama Eterna!"
Nesse momento minha espada se encheu de um fogo, parecia ter várias cores, azul, amarelo, verde, preto, e assim ficava mudando.
Dessa vez o inseto não conseguia mais regenerar os seus membros, eu então destruí o monstro traspassando minha lâmina em seu coração. A criatura se tornou um tipo de esqueleto negro, a verdadeira forma de um espectro. Assim que ele morreu a chama sumiu, e eu me senti tonto, e quase cai, mas alguém me segurou, era meu irmão, apesar de estar frio, e pálido, seu rosto estava alegre. Ele então disse: - "Te peguei." Eu me levantei e perguntei: - "Como pode ser?" Até agora a pouco eles não falavam estavam parecendo robô. Ele sorriu e respondeu: - "Eu não sei. Eu realmente não sei. Mas eu e Shafira voltamos. E voltamos para lutar ao seu lado." Eu fiquei sem palavras. Até então ele não havia falado nada, parecia que era um  exceção. Talvez tivesse algo a ver com aquela voz feminina em minha mente. Nós voltamos ao campo de batalha, e eu olhei para céu, e no meu daquelas nuvens escura avia um pequeno feixe de luz. E nesse pequeno espaço de luz, eu vi uma figura feminina que logo sumiu.
Eu voltei a me concentrar na batalha, quando olhei a mais o menos trinta metros de mim, Pam estava em apuros estava cercada por um grande números de bruxos. Eles gritavam que ela era uma rebelde, e que ela iria pagar com a vida. Eu corri para ajudar, mas alguém se pôs no meu caminho, era um celestial de asas Vermelhas como sangue, cabelo vermelho, olhos vermelhos. Ele tinha uma armadura prata, com a estampa de dois guerreiros, cruzando espadas na altura de seu peito, seu cabelo era curto, seu rosto tinha uma cicatriz, que descia da testa e ia até a bochecha, cobrindo o olho esquerdo, ele fez reverência a mim e disse: - "Você tem meu respeito. Não sou seu inimigo Fenrir. Podemos ser aliados!"
- "Você está tentando me enganar?"
- "Não. Não sou a favor do governo opressor de Lilith. Desejo derruba-lá do poder. Eu achei que ela era sábia. Porém o que eu vejo nela é só ganância."
- "Você acha que vou acreditar?"
- "O que você tem a perde? Afinal de contas, você tem uma arma que pode me destruir. Eu não sou burro de mentir a essa altura do campeonato."
Eu não disse nada apenas sai do caminho dele, e fui ajudar Pam. Ela estava presa num tipo de selo, estava flutuando e eles estava prestes a fazer algo com ela.
Eu corri, demônios apareceram e eu cortei todos eles com minha espada, minha ira chegou no máximo, e eu me transformei, no lobo gigante, mas eu estava ciente de quem eu deveria matar, comecei a pisar e congelar todos os inimigos, mas meus poderes acabaram em segundos. A minha espada caiu, e quando olhei Abadon estava pegando ela, eu gritei, e corri para cima dele, e ele sumiu do nada, estava escurecendo, a batalha tinha terminado, nós vencemos, os inimigos recuaram para as terras dos bruxos.
E eu achei o portal que ligava meu mundo ao mundo de Lilith. Eu ajuelhei, e comecei a entrar em pânico, então senti uma mão no meu ombro, era Pam. E logo Vlade apareceu também junto com Shafira.
Quando eu pensei que a esperança parecia ter acabado, Abadon apareceu de novo, com a espada nas mãos, ele se aproximou e disse: - "Eu não sou o inimigo. Pegue." Ele jogou a espada para mim, eu me levantei e coloquei ela posicionada em sua garganta, então Pam disse - "Não acho que você deva mata-lo, ele voltou com sua arma, com certeza só sumiu porque teve medo de sua reação."
Vlade colocou a mão em meu ombro e disse: - "A garota tem razão, abaixe isso."
Shafira cruzou os braços e falou: - "Acho melhor não arriscar!" Eu fiquei confuso, fechei os olhos, eu vi muita luz, e aquela figura feminina no meio da luz. Abri os olhos e baixei a espada, estendi minha mão para ele e disse: - "É melhor que você esteja dizendo a verdade!"
- "Fez a escolha certa. Sua vitória está mais próxima com nossa aliança."

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