O Rei Arthur

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- Acorde. Acorde... Shafira temos que continuar.
Ela abriu os olhos eles ainda estavam navegando nas águas calmas do Rio subterrâneo.
- Quantos dias faz que estamos nesse barco?
- Sete dias. Perdeu a noção de tempo?
- Sim.
Ele se levantou e avistou uma luz no final do túnel, respirou fundo e disse - Finalmente.
- É. Estamos quase chegando.
Uma claridade ofuscou os olhos deles, e de repente eles caíram numa pequena cascata de uns dois metros, eles deram um grito de susto, e começaram a rir, então avistaram ao longe, a margem direita do rio um grandioso palácio, e alguns balões gigantescos flutuantes. Willian encostou o barco no leito do rio, e desceu em terra firme, Shafira se esticou e disse aliviada - Finalmente terra seca! Estava angustiada em Atlantes.
Willian observou bem a alta floresta, de Pinheiros antigos e enormes. Havia uma trilha de pedra no meio da floresta que seguia em direção ao palácio avistado ao longe, Willian disse - Por aqui.
E começou a adentrar a floresta usando a trilha de pedras, Shafira curiosa disse - Vem cá, por que demorou tanto pra se despedir da sua amiga?
- Bom talvez porque não volte a revela.
- Há. Sim. Você sabe para onde está indo?
- Da última vez, foi por aqui que achei o palácio do rei.
Eles andaram bastante naquela trilha até que, avistaram um portão e um fosso, e havia uma muralha enorme, que sumia no horizonte. Willian pediu pra Shafira se esconder atrás de uma árvore.
- E agora? - disse ela.
- Vamos esperar.
- Achei que você fosse amigo do rei.
- Está tudo diferente dês da última vez que eu visitei essas terras.
De repente um dirigível passou sobrevoando a floresta, estava lotado de soldados, fortemente armados. O dirigível adentrou a cidade sem problemas. Isso deu uma idéia um tanto insana a Willian.
Eles esperaram a noite chegar, e os dirigíveis começarem a fazer a ronda, junto com pequenos aviões pilotados por dois pilotos, eles faziam a segurança da muralha junto com vários centinelas fortemente armados.
Willian e Shafira subiram até o topo de uma árvore escondidos na sombra da noite, haviam luzes fortes que vinham da muralha e iluminava a uma distância de cem metros, percebendo isso Willian se afastou duzentos metros da muralha, e ficou na espreita esperando, até que um dirigível que passava muito próximo ao topo das enermos árvores começou a passar bem em cima da sua cabeça, ele fez um sinal para Shafira que saltou na cabine de controle, e assassinou todos os soldados, lhe sugando o sangue, e recuperando por completo a energia. Em seguida Willian saltou, e viu que ela resolveu rápido a situação, quatro homens mortos, ele assumiu o controle do dirigível, e se seguiu outro dirigível que estava voltando pra dentro da muralha.
O seu plano estava dando certo até que o painel de controle de repente começou a falar - 2.4.7 o que está fazendo?
- Responda 2.4.7! Câmbio.
Willian olhou para Shafira pegou o micro fone e respondeu - Estou retornando.
- Quem deu a ordem?
Os dois olharam um para o outro, e Willian respondeu - O rei.
- Tudo bem 2.4.7, está autorizado a pousar dentro da cidade, câmbio desligo.
Eles sobrevoaram por cima da cidade e viram um mar de luzes, e belas casas medievais, haviam também automóveis nas ruas, pessoas circulando, e ao longe um castelo magnífico.
Willian virou o dirigível em direção a um grande jardim, pousou o dirigível atrás de grandes arbustos no lado mais escuro que tinha ali, pediu silêncio a Shafira. Em seguida eles entraram sorrateiros no castelo gigantesco. Eles deram de cara com um corredor, e várias portas tanto do lado esquerdo quanto o direito.
Eles seguiram pelo corredor até chegar em uma sala redonda, com mais três corredores em três direções diferentes.
Willian fez um sinal para eles irem reto, porque pelo que ele se lembrava a sala do trono do rei, ficava no centro do castelo.
Eles seguiram pelos corredores luxuosos, de repente se depararam com um corredor cheio de quadros, e haviam sete ao todo, era a família real, o que significava que a sala do trono estava muito perto, logo a frente avistaram uma porta grande.
Willian chutou a porta, alarmando sua chegada, e deu de cara com o Rei Arthur. Ele tinha uma aparência jovem, era loiro, olhos claros, tinha uma espada consigo, é um pequeno dragão dormia aos seus pés, um de pele vermelha, o rei sorriu, abrindo os olhos bem devagar na direção de Willian e disse - Estava a sua espera.
- Rei Arthur. Perdoe-me mas não tenho tempo a perder, preciso da sua ajuda.
- Sim eu sei.
Ele falou tranquilamente. Respirou fundo. - Eu sei o que quer. Como você sabe, eu sou obrigado a drenar vida para me manter vivo, graças a maldição do Rei Demônio, eu perdi tudo por isso, eu acho que só queria estar com os Deuses agora.
Willian olhou profundamente para o rei e entendeu a dor dele, ele já sabia o segredo de Arthur, que na verdade não era imortal mas sim amaldiçoado. Para manter seu próprio corpo vivo, Arthur era obrigado a drenar energia vital de outros seres, seja vegetal ou animal. Ele não fazia por mal, ele fazia por necessidade de manter sua forma física, pois caso não consumisse a vida de outros seres vivos, ele se transformaria num monstro e todos que ele ama teriam medo dele. Foi essa a maldição que o rei demônio fez cair em Arthur, após o mesmo negar ajudá-lo.
- Eu sei meu velho amigo... Preciso do dragão Valquíria. - Willian disse olhando sério para Arthur que começou a acariciar o pequeno dragão.
- Então você pretende ir até a montanha? - Ele se levantou do trono e encarou Willian nos olhos.
- Sim.
- Você não pode. Você não pode acordar o Deus da Destruição. Você acha Samael ou Leonor uma ameaça, Zorky é a própria morte. Desculpe, mas terá que repensar! Guardas!! - Vários soldados apareceram, e cercaram Willian, ele fechou os olhos e começou a se transformar, os soldados abriram fogo, mas as balas não faziam muito efeito nele. Ele começou a esmurrar os soldados, que lançaram redes de aço, então Arthur, com um movimento rápido de espada golpeou a nuca de Willian o fazendo retornar a forma humana, sem força alguma, Shafira assistiu tudo, atrás de uma viga, escondida, ela viu Arthur transpassar a sua espada no peito de Willian e dizer - Levem ele para os calabouços - Willian caiu inconsciente no piso frio, e Arthur tirou sua espada e disse - Bem vindo a Nozoria o país dos homens e dragões irmão - os guardas pegaram Willian e prederam ele a correntes pesadas no calabouço do castelo, Shafira estava escondida. Tinha roubado uma roupa de uma soldado e se infiltrou nos exércitos. Ela tinha que dar um jeito de descobrir aonde Willian estava, para liberta-lo.
Depois de vagar bastante no castelo, ela achou os calabouços do Rei, e começou a ouvir barrulhos de socos e chutes, quando andou na direção do som que ia ficando cada vez mais alto, ela viu dois soldados batendo em Willian, que estava amarrado, com grossas correntes de prata, e havia uma adaga clavada em sua nuca, ele parecia fraco, impotente. Ela então retirou a sua espada da bainha e com um rápido movimento decepou os dois soldados, Willian levantou a cabeça e olhou pra ela em seguida desmaiou, ela tentou retirar a adaga mas estava clavada no osso dele, então ela pegou uma arma de um dos soldados e atirou contra a corrente que se partiu, liberando um braço dele, em seguida fez a mesma coisa no outro braço, ele desabou sobre ela, que o envolveu em seus braços, em seguida ela o colocou ele em suas costas e começou a carrega-lo, um soldado veio até a sela e viu os dois soldados mortos, então saiu gritando, e alarmando os outros, que soaram um alarme, Shafira ouvindo aquilo apressou os passos.
O General Corton foi rapidamente notificado sobre a fuga, e deduziu que Willian não poderia estar só, então ordenou que as ruas fossem imediatamente evacoadas, e que a população fosse avisada sobre os terríveis prisioneiros. E rapidamente a notícia foi transmitida no rádio. Que dois prisioneiros muito perigosos haviam escapado das masmorras do rei e que a população não abrissem suas portas para estrangeiros.
Shafira conseguiu escapar passando pelos esgotos, e se escondendo na floresta perto do castelo, carros e mais carros com soldados armados até os dentes passavam nas ruas a procura deles, equipes foram enviadas a floresta com cães de caça, ela já não sabia o que fazer, até que uma misteriosa senhora, usando um capuz apareceu no meio da floresta e disse - Venha comigo. Eu sei de um lugar seguro.
- Mas quem é você? Por que devo confiar em você? - A velhinha tirou o capuz, tinha a pele enrugada, olhos escuros, cabelo branco e quebrado, então ela olhou nos olhos de Sharifa e disse - Que escolha você tem?
Os cães estavam cada vez mais perto então Shafira sem muitas opções aceitou a ajuda da senhora, que revelou saber cada canto da floresta, depois de passar por muitas trilhas e muita mata, elas conseguiram despistar os guardas e chegaram até uma velha cabana, o sol estava nascendo, e a velhinha disse sorrindo - Entre. Bem vinda a minha humilde casa...

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