Guerra: Fogo e sangue.

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Fenrir chegou ao inferno, um mundo de tormento, ouvisse gritos de todos os cantos, murmúrios de sofrimento e dor.
A terra era negra, o céu cheio de nuvens com raios vermelhos, um cenário deprimente cercava Fenrir. Ele olhava tudo com extremo desprezo.
- Aonde fica a fortaleza de Lilith? - Perguntou Fenrir a Asmodeus que olhava para o Oeste. O Cavaleiro se virou para ele e respondeu após minutos em silêncio - Fica ao norte. Depois do rio de fogo e sangue. Eu vou para Oeste. Preciso recuperar minhas forças. - O cavaleiro alado sumiu do nada, não dando a chance de Fenrir se quer questiona-lo. Ele virou sua visão para o Norte, e conseguiu avistar muito longe dali uma tormenta de nuvens rodando no céu, possivelmente era a exata localização do Castelo da Deusa. Ele aprontou sua espada, e seu exército começou a marchar atrás dele. De repente um estrondo muito alto, e uma bola de fogo, vinha em sua direção, ele segurou firma a espada, e cortou o ar, criando uma corrente de frio que esfriou a grande bola metálica, em seguida ele saltou e a cortou ao meio.
De repente várias bolas de fogo passaram a ser lançadas, de uma montanha fortaleza que defendia a ponte de acesso ao outro lado do rio. A fortaleza era comandada por um dos últimos dos príncipes do inferno. O lugar era comandado por Bael. Um demônio com aparência humana, mas com algumas característica demoníacas, ele tinha chifres que saltavam da testa, parecidos com chifres de carneiro, seus olhos eram roxos quase de um tom escuro.
Sua pele era cinza, seus cabelos era longos até a metade das costas, eram trançados, de uma cor negra. Ele era muito musculoso, parecia uma montanha ambulante, tinha uma grande espada forjada no inferno, capaz de ceifar qualquer coisa viva ou morta, até mesmo anjos. Era a Lâmina do Caos, foi forjada pelo próprio Deus da Destruição no passado distante, o Deus da Destruição a deu de presente a sua filha Apocalipse, que ao ser selada deixou a lâmina cair no fosso de fogo, porém a lâmina é indestrutível, e ficou perdida, até que em algum momento Bael a encontrou.
Ele tinha uma grande cicatriz no olho esquerdo, era a marca da batalha que teve com Gadon, sua meia irmã. A mais veloz dos Cavaleiros, conhecida como a Terrível. Se não fosse Astaroth ele teria morrido. Ele avistara um grande exército se aproximando, imediatamente mandou que os soldados preparassem uma bola de foto para pegar os inimigos de surpresa, pois a fortaleza na montanha era coberta de magia, e para todos não passava de um amontoado de rochas gigantescas, assim que Fenrir cortou a grande bola de ferro, Bael sentiu que ali residia uma grande ameaça. Ele ordenou que os demônios preparassem mais bolas flamejantes, flechas, armaduras e espadas. A primeira batalha seria travada.  Fenrir não teve tempo de contar quantos lutava ao seu lado, eram de dois a três mil soldados, ele logo percebeu que estava em total desvantagem, a fortaleza na montanha estava a uns trezentos metros, e era um corredor entre duas montanhas. Os picos das Aves assim eram chamadas. Depois de uma chuva de fogo e destruição, o exército junto ao Cavaleiro do Apocalipse avançou, a frente no corredor de cinquenta metros de largura um exército esperava, com armaduras negras, e lanças a frente, escudos batendo contra espadas afiadas, tambores na guarnição batendo anunciando o poderoso exército de Bael. Eram demônios treinados para arrancar a carne dos inimigos sem piedade. Fenrir vinha a frente do exército dos mortos, com sua armadura brilhante, Bael também se posicionou a frente do grandioso exército negro. Os dois se encaram a distância, os tambores cessaram e os gritos ao longe de almas atormentadas tomou conta, os dois senhores se aproximaram ficaram a dez metros um do outro, tão perto que Bael pode sentir o terrível frio que vinha da Lâmina de Fenrir. Uma antiga sensação tomou conta dele. Bael com voz de trovão falou - Quem vem lá? - Fenrir cravou a espada no chão fazendo a temperatura baixar - Eu sou Fenrir o filho da morte, o temor dos injustos, o grandioso Cavaleiro da Morte! E eu vim fazer justiça a cruel Deusa dessas terras esquecidas. - O príncipe estremeceu por dentro, mas não mostrou medo - Eu sou Bael. Príncipe dessas terras. Volte agora. Ou terá que enfrentar a minha irá! - O Guerreiro prateado ergueu sua espada, se posicionou para a batalha e disse - Pois bem. Bael. Herdeiro do inferno, eu não voltarei, se me permitir passar deixarei você e seu exército viver! - Bael sorriu com a tamanha arrogância do adversário, ele retirou sua espada, e uma armadura negra completa surgiu em seu corpo. Um capacete com uma máscara surgiu, só se dava para ver os olhos que emanavam uma energia roxa, ele também se posicionou para a batalha. Os tambores novamente tocaram, e os exércitos avançaram uns contra os outros, demônios gigantes avançaram na frente, seres de cinco a dez metros de altura pele cinza, cabeça em forma de triangular, estavam também trajados com armaduras de aço negro, um metal mas resistente que os metais da Fonte. Eram montanhas de puro músculo e força bruta, tinham olhos pequenos, e bocas enormes, recheadas de dentes. Um deles veio para cima de Fenrir, que desviou por pouco da crava de ferro do monstro, mas não pode esquivar de um chute de outro que o surpreendeu pelas costas, o atirando contra uma grande rocha que se despedaça com o impacto. Os gigantes foram seguidos pelos demônios menores, Bael destruía todos que ousaram entrar em seu caminho, a Lâmina do Caos era capaz de destruir até mesmo os zumbis, lâminas se chocaram, tiros e gritos, e os tambores batendo, Fenrir estava ferido, a sua própria lâmina cravou em sua barriga com o impacto, ele a segurou firme e começou a retirar de seu estômago, os espasmos de dor eram tantos que ele estava prestes a desmaiar ou pior morrer. Ele viu uma sombra se aproximar, e logo depois sentiu a lâmina ser retirada do ferimento, estava tudo em câmera lenta, o barulho em volta de repente ficou alto, e ele voltou a si, Asmodeus estava a sua frente com uma armadura prateada semelhante a dele, com uma nova aparência, olhos vermelhos, brilhantes, cabelo negro que descia até o ombro, pele branca, um rosto angélico, com uma grande cicatriz no pescoço, usava um capacete com uma viseira em forma de "Y" ele sorriu ao ver a situação deplorável do orgulhoso Fenrir. Ele fechou os olhos e disse - Agora essa espada me pertence! E sua armadura junto ao seu exército também. Essa é minha batalha, não a sua meu pobre irmão. - Foi aí que Fenrir se deu conta que estava semi nu, e que sua armadura agora estava com Asmodeus. As asas de Asmodeus cresceram de novo, e uma luz divina muito forte surgiu, fazendo os demônios correrem de perto dele, assustando até os poderosos gigantes, logo a luz foi diminuindo até ficar mais fraca, ele era um verdadeiro Anjo. Com asas brancas belíssimas, brilhantes, com uma armadura poderosa, e uma espada poderosa em mãos, a Fogo Frio agora estava na pose do poderoso Cavaleiro. O mais poderoso Cavaleiro. Bael ao ver Asmodeus o desafiou a batalha com um urro de guerra, motivando os demônios a continuar lutando. Asmodeus tinha todas as caracteristicas de um anjo exceto os olhos que eram vermelhos como brasas ardentes. Os olhar vermelho se encontrou com o olhar roxo. Asmodeus partiu para o ataque, enquanto Fenrir colocou a mão em sua ferida, tentando estancar o sangue, que saía sem parar pelo ferimento no abdômen. Ele tentou se levantar mas estava tonto, sua visão estava turva, mal podia se aguentar. Os mortos agora estavam sobre o controle de Asmodeus. Fenrir sentiu que decepcionou o Deus que lhe deu de presente a Fogo Frio. Ele se levantou com dificuldade, se segurando nas pedras, olhou ao redor, e batalhas incontáveis aconteciam, Asmodeus lutava furioso contra Bael. Ele achou uma trilha de pedras que parecia levar a algum lugar subterrâneo, ele achou uma tocha logo na entrada da caverna, e usou ela para tentar enxergar alguma coisa lá dentro, de repente um gigante veio em sua direção, estava ferido, ia desabar morto, para que não fosse esmagado ele entrou na caverna o gigante despencou, bloqueando a entrada da caverna, sem muita escolha ele teve que seguir em frente, estava sangrando muito, a espada que o feriu era capaz de mata-lo, ele teve sorte que não o atingirá direto no coração, ele andou alguns metros e despencou, desmaiando.
Asmodeus lutava ferozmente contra Bael que estava bem mais veloz e forte do que ele lembrará. A Lâmina do Caos e a Fogo Frio se cruzaram, soltando faíscas coloridas de poder divino, ambas feitas pelas mãos do mesmo Deus. Agora inimigas as lâminas irmãs. Asmodeus sorriu adorava batalhar contra adversários fortes.
- Você melhorou muito Bael! - Bael empurrou o Cavaleiro e com um rápido movimento o desarmou, mas Asmodeus rolou até a segurando de sua espada e a posicionou contra o adversário.
- Você continua o mesmo de sempre!

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