Meu nome é Pam. E de repente eu me tornei soldado de Fenrir, e talvez até algo a mais. Bem agora ele me ordenou a destruir o restos dos soldados que fugiram para as Terras isoladas do meu país natal. Abadon se dispôs a ir comigo. Vlade e Shafira também virão. Fenrir disse que nós devemos tentar convencer os Atlantes e os Bruxos a parar essa guerra, e ficar nossas atenções nos demônios.
Mas eu duvido que meu pai vai querer escutar alguém. Fenrir entrou no portal seguido pelo restante do exército de mortos, agora ele estaria no território inimigo. Eu abri um portal e pedi que passassem um de cada vez, depois que todos passamos, fomos parar perto da grande cidade, Sio a capital do meu país.
Estava infestada daqueles malditos demônios. Eu olhei para Abadon e disse: -"Eu vou ir tentar convencer Leonor a parar com essa loucura."
- "Acha mesmo que ele irá te ouvir?"
- "Eu não sei. Mas quero tentar."
- "Vamos observar até amanhecer, depois decidimos o que fazer. Se você ir diretamente até ele, estará exposta ao inimigo."
Apesar de vir de um demônio, parecia ser sensato, eu decidi esperar como ele disse. Esperamos, e nossa espera valeu à pena, aparentemente os Atlantis eram escravos, estavam sendo tratados de forma diferente. Abadon parecia ter um plano. Ele olhou para mim e sorriu. Eu curiosa perguntei: - "O que foi?"
- "Você tem algum feitiço de transmutação?"
- "Sim."
- "Ótimo." Ele pediu para que eu transformasse ele num bruxo, eu e Vlade em Atlantis e Shafira seria nosso trunfo caso às coisas esquentem. Ele acorrentou nossos braços com uma corrente ilusória que eu criei. E fomos até a cidade disfarçados, o incrível é que ninguém desconfiou, passamos um bruxo que pediu pra gente parar, eu conhecia ele se chama Oki, um idiota. Abadon conversou um pouco com ele, o cavaleiro estava bem familiarizado com a nossa cultura, depois seguimos em frente, fomos levados até o centro da cidade, que estava terrivelmente alterado. Aquilo era um terror sem fim, bruxos e bruxas que eram contra o governo do meu pai, eram pendurados de ponta cabeça na grande praça central, eles eram atormentados por corvos que comiam suas carnes, até que eles morram, no dia seguinte eles ressuscitam e passam pelo mesmo processo. Esse é com certeza o pior dos feitiços, o feitiço que Samael ensinou ao meu pai. A praça central costumava ser um lugar alegre, cheio de pessoas de todas as raças. Aqui em Sio todos eram iguais, não havia racismo entre os clãs, mas aí Samael corrompeu meu pai. Dês de então Sio se tornou uma terra sombria. Quando passamos da Praça, chegamos até um tipo de forte militar dos Atlantis, Abadon nos deixou lá. Eu me sentei numa mesa, que parecia ser usada para fazer refeições. Um cara sentou do meu lado, e falou: -"Quem é você?" Eu senti uma lâmina cutucar minha costela, o cara estava pronto para me matar. Ele falou: -"Eu conheço cada soldado do exército de Atlantis não a como você pertencer a esse exército, apesar da sua aparência você não me engana!" Eu olhei para ele e voltei a minha forma normal, Vlade tentou partir para cima dele mais foi pego pelos soldados. Eu olhei nos olhos pretos dele e respondi: - "Meu nome é Pam. E eu estou aqui para libertar vocês. Chega de tanta guerra e sangue derramado!"
- "Pam? Você não é a filha do rei Leonor?"
- "Sou mais não sou a favor dele."
- "Sendo assim Pam. Conte com nossa ajuda, com quem você está?"
- "Eu o Vlade, Shafira e Abadon."
- "Vlade? O lendário Rei Vampiro? Mas ele não morreu?"
- "Sim morreu. Mas graças ao cavaleiro dos Deuses os que foram mortos por Lilith voltaram para se vingar!"
- "Então foi por isso que Leonor pediu para que fôssemos na frente. Desgraçado!"
- "Até mesmo seu antigo rei Harmom voltou dos mortos para se vingar de Lilith."
- "Sendo assim. Conte conosco. Meu nome é Benjamim eu sou General das tropas."
Eu sorri para ele. Senti que minha vitória estava a caminho. Porém eu teria que enfrentar e destruir meu pai caso fosse necessário.
Planejamos então um golpe. No dia seguinte reunimos também um grande grupo de bruxos que estavam contra o Rei.
No terceiro dia tudo estava pronto. Porém eu ainda não conseguia encontrar Abadon que sumiu a um tempo. Decidi iniciar a revolta mesmo sem ele. Nós ficamos em volta do castelo disfarçados, até que Benjamim deu o sinal, e a batalha final iniciou. Eu aproveitei a distração dos guardas e corri para dentro do palácio. Lá dei de cara com três dos bruxos de maior confiança do meu pai, eles me atacaram com um feitiço de congelamento temporal. Um deles tirou uma adaga das mangas, e veio para cima de mim, mas alguém o matou antes dele me acertar. Seu pescoço se quebrou fazendo um barulho horrível. Era Shafira. Rapidamente ela surpreendeu os outros dois. Que nem perceberam o que atingiu eles. Eu agradeci. E continuei correndo pelo corredor, até que finalmente achei as grandes portas do trono. Assim que toquei na porta notei que estava enfeitiçada. Ninguém além de mim conseguiria entrar. Eu abri a porta e entrei. A porta se fechou fazendo um barulho muito alto. O lugar estava escuro. Tão escuro que não dava para ver nada. Daí eu escutei um estralar de dedos. E várias luzes se ascenderam iluminando bem o lugar. Meu pai estava sentado em seu solitário trono. A sala do trono era quadrada, bem arrejada, com grandes pilares circulares e várias relíquias espalhadas por ali. Eu me aproximei dele e disse - "Papai." Ele levantou a cabeça me olhando nos olhos.
- "Faz algum tempo que não te vejo minha filha. O que deseja?"
- "Que você pare essa loucura meu pai. Você já perdeu. Lá fora a batalha final está sendo travada, logo acabará." Ele se levantou do seu trono, e tirou seu manto deixando cair no chão, eu soltei um grito, o corpo dele havia mudado, havia uma cabeça em seu abdômen e o pior é que era um demônio unido ao corpo do meu pai! Eu respirei fundo e perguntei: - "Mas o que é isso?" E uma coisa bizarra aconteceu a cabeça no abdômen acordou, abriu seus olhos amarelos e sorriu para mim, tinha dentes serilhados e parecia estar querendo sair do corpo do meu pai. A cabeça então falou: - "Olá criança." Meu pai de repente começou a gritar e em meio aos gritos ele disse: - "Está na hora!" Do nada meu pai começou a liquifazer e a cabeça também. E os dois se tornaram um só. Porém já não era meu pai. Era um demônio. Ele era mais alto que eu, era muito musculoso, tinha uma barba pontuda como a do meu pai, tinha um cabelo curto preto, seus olhos eram amarelos, sua pele era branca. Ele estava usando uma calça com um tipo de coturno preto. Ele me encarou e veio para cima de mim, ele me arremessou como um boneco, eu tentei correr para as portas mas ele apareceu do nada na minha frente e me levantou pelo pescoço, eu comecei a chamar meu pai, então ele disse: - "O papai morreu. Eu finalmente ganhei outro corpo!" Eu senti a vida me deixar aos poucos enquanto ele apertava meu pescoço com mais força. De repente alguém abriu a porta, alguém o jogou com em cima do trono que se quebrou, era Abadon. Ele me deu a mão e me tirou do chão, ele perguntou de estava tudo bem, eu respondi que sim, o cara que estava me enforcando se levantou. Ele não tinha sofrido se quer um arranhão. Então ele sorriu e disse - "Abadon." Abadon parecia preocupado, ele olhou para mim e disse fique atrás de mim. Eu fiz um sinal positivo com a cabeça. Abadon deu alguns passos a frente e disse - "Asmodeus. Pensei que tinha morrido!"
- "Só você está vivo dos cavaleiros? É verdade que Azazel morreu?"
- "É verdade. Não. Dagon ainda está por aí. O resto foram mortos por Lilith."
- "Lilith ainda está viva?"
- "Está. Me ajude a derrota-lá!"
- "Isso não me interessa. Deixe-me em paz. Ou eu farei você em pedaços Abadon." Assim que ele disse isso ele sumiu, eu olhei para Abadon e perguntei - "Quem é esse cara? Porque ele pegou o corpo do meu pai?"
- "Ele se chamá Asmodeus e foi o cavaleiro mais temido do inferno, era tão poderoso que Samael o último príncipe do inferno temeu o poder dele, e tentou destruir Asmodeus porém, nem mesmo Samael pode o destruir completamente, apenas o corpo, a sua essência foi aprisionada no mais profundo lugar do inferno. Não sei como ele renasceu. Mas sei que seu pai morreu." Aquilo mexeu com minha consciência. Talvez meu pai só tinha sido usado todo esse tempo. Eu comecei a me sentir extremamente idiota. Abadon olhou para mim e disse - "Não se sinta culpada. Não havia nada a fazer. Seu pai queria isso." As palavras dele me reconfortaram um pouco. Mas ainda estava me sentindo vazia. Eu olhei para Abadon e me surgiu uma dúvida. Resolvi perguntar - "Abadon. Por que Asmodeus não tem asas como você?"
- "Ele as cortou a muito tempo."
- "Vejo que você não gosta de expor elas também."
- "As nossas asas são o nosso símbolo de ligação com o céu. É o tipo de coisa que eu não quero." Ele deu de ombros e abriu a porta. A batalha ainda não havia acabado. Eu fui para a batalha para terminar o que eu havia começado.
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The Seven Clans
FantasyAntes de mais nada, havia 7 raças servas dos Deuses, ou primordiais como alguns eram chamados. E sete heróis eram líderes, que comandavam essas legiões ... A primeira era a legião dos anjos, a segunda a legião dos lobisomens, a terceira os Vampiros...