Capítulo 6

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Valentina Mode On

Eu havia chegado ao apartamento pela manhã, infelizmente não pude sair antes de cumprir o plantão. Entrei sem fazer muito barulho pois ainda tinha minha chave, e caminhei até o pequeno lance de escada indo para o quarto. Ao abrir a porta pude ver Sophia dormindo serenamente, o quarto era iluminado apenas por uma luz fraca de um abajur. Aproximei devagar ao deixar minha bolsa em um canto e pousei um beijo suave em sua cabeça, essa estava de bruços apenas de robe. Achei melhor que a deixasse descansar, então segui para o banheiro e tomei um banho demorado para tirar todo estresse e o cansaço que sentia.

Minutos depois sentei na cama ao lado dela, com cuidado tirei uma pequena mecha de cabelos de seu rosto e fiquei ali a olhando dormir. Até que sua respiração começou a ficar descontrolada, ela estava ofegante, e de repente ela gritou meu nome e sentou-se na cama. Estava desnorteada ainda pelo sono, eu levei uma das mãos ao seu ombro e a puxei para mim a envolvendo em meus braços. Ela segurava o choro, então apoiou a cabeça em meu peito enquanto eu acariciava suas costas, até que ela viesse acalmar-se.

- Shhh... Está tudo bem... - Sussurrei enquanto a abraçava.

- Valen... - Sussurrou ela me olhando ao afastar-se. Com carinho acariciei seu rosto.

- Estou aqui, foi apenas um pesadelo. - Disse a olhando.

- Eu vi tudo de novo... - Murmurou baixinho me deixando confusa.

- Viu o que? - Questionei preocupada.

- O carro explodindo. - Respondeu me olhando.

- Amor isso já passou, não vai acontecer nada. - Tentei acalmá-la.

- Quando chegou? - Perguntou se ajeitando na cama.

- Pela manhã, você estava dormindo tão bem que não quis te acordar. - Expliquei.

- Você deve estar cansada também. - Indagou comprimindo os lábios.

- Olha, confesso que sim... Mas me diz o que aconteceu. - Pedi encarando sua íris.

Sophia respirou fundo e foi me contando o que havia acontecido, confesso que fiquei um pouco preocupada e com medo dessa volta de Gustavo. Não duvido que ele seja capaz de fazer algo contra nós de novo, mas o meu medo se multiplica ao pensar em nosso filho Enzo, se Gustavo souber da existência dele, vai saber qual o nosso ponto fraco. Se ele encostar um dedo em meu filho eu juro que dessa vez eu não o deixo escapar com vida.

- Temos que ficar atentas a qualquer movimento dele. - Aconselhei pensativa.

- Seria o suficiente? - Questionou ela me olhando.

- Qualquer suspeita avisamos a polícia. - A olhei.

- Não, para eles fazerem como daquela vez? Eles deixaram que ele fugisse com você... Bando de incompetentes. - Murmurou irritada.

- Não podemos pensar assim, agora temos Enzo e isso é o que realmente me preocupa. - Respirei fundo passando uma das mãos na nuca, franzi o cenho ao sentir uma leve dor.

- Me deixa fazer uma massagem. - Ofereceu-se Sophia se ajoelhando na cama.

- Não precisa. - Dei um leve sorriso.

- Para de ser teimosa. - Repreendeu.

Me ajeitei sentando na beirada da cama e ao sentir o toque das mãos de Sophia em meus ombros eu fechei os olhos e senti meu corpo arrepiar-se. Devagar ela começou a massagear, dando leves pressionadas em minha nuca em seguida. Relaxei totalmente o corpo e deixei ser dominada pela sensação maravilhosa que as mãos dela me causavam. Até que pude sentir seus lábios tocarem meu pescoço fazendo meu corpo estremecer, pude senti também meu centro de prazer esquentar, seus toques estavam me deixando excitada, era inevitável.
Então a campainha soou interrompendo os toques de Sophia, a mesma respirou fundo próxima a minha nuca e levantou-se.

A Carne é Fraca 2 (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora