Capítulo 8

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Sophia Mode On

Podia sentir algo aquecer meu rosto, ou parte dele, e a sensação era maravilhosa, mas a claridade estava me incomodando o que certamente não me deixaria dormir mais. Não me lembrava de deixar a cortina aberta. Abri os olhos com dificuldade me deparando com o teto, que por sinal era muito diferente do que havia no apartamento. Raios de sol me cegavam cada vez que eu tentava abrir os olhos novamente, até que respirei fundo e me virei para o lado. Ao fazer isso pude ver a cena que podia tornar meu dia muito melhor do que os que tive nesses últimos dois anos. Valentina dormia serenamente, não se preocupava com a claridade que tentava invadir o quarto, foi então que me dei conta de que ainda estava na casa dela.

Me levantei com cuidado para não acordá-la e fui ao banheiro, onde fiz minhas higiene matinal e tomei um banho quente. Ao sair do banheiro me deparei com alguém batendo na porta, foi o que despertou Valen que olhou para lado a minha procura na cama e logo seu olhar me encontrou ao olhar na direção do banheiro.

- Filha? - A voz de Camila se fez do outro lado, por sorte a porta estava trancada.

- O que eu faço? - Sussurrei a olhando. Então ela levantou-se segurando o lençol na frente de seu corpo, e apanhou umas peças de roupas minhas me empurrando para o banheiro.

- Fica quieta aí. - Disse baixinho. Então sorri ao me lembrar de quando eramos adolescentes, isso era tão bom.

Ela foi até a porta enrolada no lençol e pude ouvir quando ela abriu, enquanto isso eu tentava me trocar ao mesmo tempo que tentava ouvir o que elas falavam.

- Você está pelada? - Questionou Camila.

- Mãe, eu estou em meu quarto, minha privacidade... Estava calor, como Enzo dormiu com o Tio dele eu tirei mesmo a roupa. - Explicou me fazendo ter que segurar o riso com a mentira.

- Estamos te esperando pra tomar café. - Disse mudando de assunto.

- Eu já estou indo. - Respondeu ela.

- Oi mãe, bom eu já vou tomar café... Eu vou tentar esperar. - Agora era Enzo que logo fez uma pausa. - Alguém dormiu aqui? - Questionou, devo imaginar que a essa altura Valentina estava pálida.

- Não filho, eu só...

- Não! - Repreendeu Camila. - Ele não precisa saber dos detalhes, vai tomar seu café, sua mãe só estava em um momento de privacidade dela. - Acrescentou ao interrompe-la. - Bom, vou com seu pai fazer umas compras, logo estaremos de volta. - Disse por fim.

- Tudo bem, já estou descendo. - Concordou Valentina fechando a porta.

Logo fui até ela segurando o riso e a abracei por trás distribuindo beijos por seu pescoço e ombro.

- Isso te fez lembrar alguma coisa? - Questionei baixinho em seu ouvido.

- Filha! - A mãe de Valentina abriu a porta de repente só dando tempo dela me jogar para trás da mesma. - Vai querer alguma coisa do mercado?

- É... Eu acho que não, obrigada. - Respondeu ela sorrindo.

- Tá bom, vou indo tá. - Ela então fechou a porta e Valentina trancou logo em seguida.

- Respondendo sua pergunta, me sinto com 17 anos de novo. - Disse indo para o banheiro sorrindo.

A segui com os olhos e em seguida vi minha jaqueta, se a mãe de Valentina for esperta o suficiente ela deve lembrar que essa jaqueta não é dela, ou seja, não adiantou de nada ela mentir. Não saí do quarto até que ela terminasse de se arrumar, enquanto ela trocava de roupa eu a provocava. Essa me dava leves tapas no braço ou me jogava sobre a cama me fazendo rir.

A Carne é Fraca 2 (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora