Capítulo 15 - Entre a Realidade e os Mistérios

193 25 0
                                    


  Eu acordei atrasada, como sempre.

  Sai correndo pelo quarto, tomei aquele banho rápido, escovei os dentes, fiz um coque no cabelo, já tinha a minha roupa separada e a mala estava pronta.

  Estava conferindo os documentos e os cartões de créditos, quando um barulho de rodinhas vinha se aproximando.

  Um sorriso automático se formou em meu rosto.

  Eu olhei para a porta e lá estava ela, com um vestido rosa, sobretudo rosa e uma mala rosa.

- Você achou mesmo que ia viajar sem mim? – perguntou exibindo as covinhas mais fofas do mundo.

- Oh meu Deus! – eu não resisti e fui correndo até ela – Você sumiu. – falei a apertando num abraço.

- Você sabe que eu sumo. – falou espremida.

- Sim, mas eu não quero. – e beijei a bochecha dela.

  Ela deu risada e ficou toda envergonhada.

"Meu Deus! Era a criança mais linda de toda a minha vida."

  Mesmo lendo os meus pensamentos, ela não comentou sobre isso.

- Já está pronta? Estamos atrasadas! – me apressou.

- Sim, estou. Eu só estava conferindo as minhas coisas.

- Você sem mim não é nada mesmo. – falou me analisando – Devia ter escolhido uma roupa mais elegante.

- Dorothy! – falei fechando a mala – Eu estou atrasada e não tenho tempo pra isso agora. – passei por ela – Vamos que o taxista deve estar cansado de me esperar.

- Eu sim, estou vestida à altura de uma classe executiva. – falou se exibindo.

  Eu olhei pra ela antes de abrir a porta.

- Você sempre está linda.

  E fomos até o carro, cumprimentei o motorista, e enquanto ele guardava a minha mala, Dorothy também colocou a dela. Eu fiquei com um sorriso bobo na cara.

  Durante o caminho ela vinha fazendo caretas pra mim, eu faltava morrer tentando não rir e o motorista me achar uma louca.

- Xiu. – fiz com a boca, disfarçadamente.

  E a Dorothy gargalhava no carro.

  Eu virei o rosto, me concentrando no trânsito lá fora, mas ao mesmo tempo estava adorando aquele momento com ela.

  Quando chegamos ao aeroporto, George já veio correndo em minha direção.

- Meu Deus! Eu achei que não fosse vir mais. – falou me cumprimentando com um beijo rápido no rosto.

  Não rápido o bastante pra que eu não pudesse sentir o seu perfume maravilhoso.

- Me desculpe, é que eu amo dormir. – me expliquei.

- Eu também. – ele falou pegando a minha mala – Principalmente quando acordo com alguém mexendo no meu cabelo e falando bom dia no meu ouvido. – e sorriu pra mim.

- Obrigada. – peguei a mala da mão dele, um pouco desconcertada. – Pode deixar que eu leve.

- Essas malas de rodinhas são boas mesmo hein? – ele falou observando.

- Só você que ainda carrega a mala nas costas. – comentei indo fazer o check-in.

- Se observar bem, você verá que tem outras pessoas. – falou me provocando.

A Pequena ConselheiraOnde histórias criam vida. Descubra agora