Capítulo 13 - Sob Uma Nova Perspectiva

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  Cheguei em casa e estava radiante.

  Por mais que o beijo não tivesse rolado, o momento que passei ao lado dele já havia sido mais que o suficiente para que eu me sentisse feliz. Como podia ser possível? Eu odiava aquele homem na semana passada.

  Eu só faltei sair pulando pelos cômodos da casa, mas me contive e me joguei no sofá.

- Nossa! Como o amor muda as pessoas. – Dorothy apareceu na poltrona como de costume.

- Dorothy? – sentei no sofá depressa – Por que você sumiu?

- Porque ás vezes você precisa tomar as suas próprias decisões. Com base no que aprendeu comigo, é lógico! – ela falava de um jeito tão fofo.

- Mas teve uma hora que eu precisava saber a sua opinião.

- Mas você teve a sua resposta, não teve?

- Sim. – respondi refletindo.

- Então, é isso mesmo o que eu queria te ensinar. Agora me conte, e como foi com o George?

- Duvido que você não saiba. – eu já a conhecia muito bem.

- Eu posso até saber, mas eu gosto de ouvir você falar.

- Está bem. – me ajeitei no sofá – O meu dia foi muito bom. Depois que eu conversei com você, consegui fazer muitas coisas que os meus pais faziam e aquilo me trouxe muita paz, muita tranquilidade mesmo. Como se eu tivesse entendido que mesmo eles não estando ali fisicamente, sempre estarão no meu coração.

- Que bom que entendeu. – falou animada.

- Quanto ao George – fiz questão de olhar para a cara dela, que era a de maior sapeca do mundo – Deus quer que eu fique com ele? – decidi perguntar.

- Você já me perguntou isso uma vez e eu disse que você tem que ouvir o seu coração. Você é livre Paola, eu jamais obrigaria você a ficar com quem não ama.

- Mas você sabia que eu ia gostar dele não é? Desde o início você falava dele pra mim.

- Eu tenho uma missão com você, e nesse caminho ele pode estar incluso sim, mas eu nunca falei de romance. – e deu risada.

- Está bem. Agora outra pergunta que eu gostaria de fazer.

- Faça. – ficou esperando, empolgada.

- Por que Deus escolheu você para aparecer como uma menina pra mim?

- Uau, que pergunta boa. – ela se admirou.

  Até eu mesma admirei.

- Eu vim como Dorothy, porque como você não ouvia a Deus, ele teve que procurar uma maneira mais fofa para fazer isso.

  Eu dei risada, mas no fundo fiquei envergonhada.

- Ficamos muito felizes porque você me aceitou na sua vida. – falou com uma alegria inexplicável.

- Na verdade sou eu quem está muito feliz. – e sorri para ela.

  Com certeza os meus dias eram bem melhores ao lado dela, sempre me fazia ver a vida com mais alegria, mais amor, mesmo eu estando na correria naquela semana.

  No dia seguinte, por mais que tivesse rolado uma tensão entre mim e o George, nós continuamos como excelentes profissionais e não tocamos mais naquele assunto, ele fazendo a parte dele e eu a minha.

- Estou orgulhoso de você. – Marcos foi entrando na minha sala, como sempre.

- Mas eu ainda nem fechei o contrato. – comentei sem parar o que estava fazendo.

A Pequena ConselheiraOnde histórias criam vida. Descubra agora