Capítulo 20 - Quebrando o Destino

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  A minha noite nos braços de George tinha sido maravilhosa.

  Eu estava vivendo cada momento como se fosse uma despedida, por isso acordei primeiro e fui correndo preparar o café da manhã. Eu queria que tudo fosse perfeito, que ele sentisse todo o meu amor, e que pelo menos por um instante, fossemos viver a vida toda juntos.

  Eu sei que para muitos eu estava fazendo drama, mas só eu sabia o que estava sentindo por não poder ter mais filhos. Só eu sabia da minha vontade de me casar com ele e ter uma família, de ver a minha barriga crescendo, de ouvir uma criança me chamando de mãe. Só eu sabia o quanto estava sofrendo, ninguém mais.

- Bom dia. – ele surgiu com a sua voz rouca atrás de mim e me abraçou, beijando o meu ombro.

- Não era pra você ter acordado agora, eu ainda não terminei as panquecas. – falei procurando vestir a máscara da felicidade.

- Não tem problema, eu me contento com o seu abraço. – e me apertou em seus braços.

  Eu fechei os olhos e queria ficar ali para sempre.

- Eu te amo George. – falei o que exalava dentro de mim.

  Ele me virou para ele e segurou em meu rosto.

- Eu também te amo muito. – e me beijou com carinho – Nunca duvide disso. – falou sorrindo.

- Eu não duvido. – falei me virando e pegando as panquecas.

  Por mim, eu não teria o afastado tão depressa, mas eu não queria correr o risco de chorar na frente dele.

- Vamos tomar o café logo porque não temos muito tempo. – falei servindo a mesa e olhando para o relógio.

- Está bem. – ele sentou do meu lado – Obrigado pelo café. – falou acariciando a minha mão.

"Oh Deus, aquele era o homem da minha vida".

- Imagine. – falei sentindo o meu coração palpitar como um louco.

- E então, eu nem te perguntei, o que você achou da minha filha? – ele quis saber, animado.

- Nossa, ela é linda! Um amor de criança. – respondi percebendo a alegria dele – Eu imaginava que ela fosse ser tímida, mais reservada. Muito pelo contrário, é toda animada, simpática.

- Ela é mesmo, uma criança muito feliz.

- Parecida com você. – comentei.

- Você achou? – perguntou todo bobo.

- Sim. – respondi voltando a tomar o meu café, porque eu não conseguia encará-lo por muito tempo.

- Vai ser ótimo você vir passar uma semana com a gente, ela vai adorar te conhecer. – ele insistia em me lembrar disso.

- Sim, vai ser muito bom. – eu falei terminando e me levantei depressa – Eu vou tomar um banho e já vamos para o aeroporto.

- Tudo bem. – ele me acompanhava com os olhos – Por mim você sabe que não precisa ir, não é mesmo? Deixa esse projeto de lado e vamos fugir no mundo. – sugeriu rindo.

- Eu adoraria. – falei pegando as minhas coisas – Mas seria muito prejuízo para o Marcos perder dois funcionários excelentes de uma só vez, não acha? – nós dois rimos mais ainda e eu entrei no banheiro.

  Preciso falar que eu chorei o banho todo? Não né?

  Vesti uma camisa social preta com uma calça preta, sandália preta. Sim, eu estava de luto.

A Pequena ConselheiraOnde histórias criam vida. Descubra agora