Capítulo 18

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Como eu vinha atrasando nessas ultimas postagens e o capítulo já está pronto eu pensei "por que não adiantar dessa vez?" então, mesmo que seja só um dia antes, aqui está o capítulo adiantado <3

Eu venho pensando a alguns capítulos já sobre a história, o rumo que ela tem tomado e essas coisas e eu comecei a me perguntar coisas que me incomodavam no que eu vinha fazendo e também é algo que me falaram mais de uma vez sobre a relação do Etton e do John ter ficado fria e foi de pensar nessas coisas, que esse capítulo saiu, voltando mais para o que eu tinha planejado desde o começo e, eu espero que vocês gostem <3

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Quando John chegou em casa naquela noite, depois de passar o jantar junto de Jyne e indo dançar um pouco, o lobo negro se deparou com a sua casa escura e vazia. Mais uma noite com seu marido ocupado, resolvendo coisas da alcateia e provavelmente chegando tarde. O cio tinha feito com que todas as responsabilidades do alfa estivessem atrasadas.

O ômega suspirou, entrou na casa escura, fechou a porta e deitou-se na cama e respirou fundo, sentindo o cheiro de seu marido ali. Sentia falta dos braços dele em volta de seu corpo, o acalentando, dos beijos dele em seu pescoço. Vinha se sentindo um tanto só desde que o lobo prateado tinha voltado para seus afazeres.

John sentia-se só, mas sabia que Etton tinha coisas importantes para resolver, logo acabava repetindo para si mesmo "ele é o líder, deve ser algo importante", mas em uma pequena parte de seu ser, aquela pequena parte que se permitia ser egoísta, automaticamente soava em sua mente "mais importante do que eu?". Suspirou, se ajeitando na cama, era melhor que dormisse ao invés de perder em seus pensamentos, já era tarde e amanhã mais um longo dia com a angustia de saber se de fato estava gravido ou não o acompanharia.

Ah, se o coração de John já doía de sentir-se só, de nada ajudava quando se lembrava dos possíveis filhotes que poderia ter. John sabia que não tinha nada que podia fazer para evitar aquilo, mas eram naqueles momentos sozinhos no escuro que se perguntava se fugir era uma boa ideia. Se deixar tudo para trás, deixar que aqueles filhotes fossem cuidados por alguém dali — alguém que nasceu lobo e foi criado por um lobo, que viveu aquilo a vida toda — não era uma opção melhor para aqueles lobinhos que poderia ter dentro de si.

O ômega tinha toda certeza que ele não servia para aquilo, que por mais que tivesse acontecido num péssimo momento e que mesmo assim estivesse disposto a dar todo seu amor para aqueles lobinhos, tinha certeza que apenas seria um problema para eles, não saberia educa-los direito, não queria ser um pai ruim. Não queria dar tristeza a nenhum deles.

John sempre foi cercado de amor, o amor de seus pais quando eles estavam vivos, o amor de seu avô que o criou com todo cuidado possível até mesmo depois de sua morte. Mas por mais que o ex-humano sempre se sentisse deslocado no mundo humano, ele tinha visto, várias vezes, pais que entristeciam seus filhos, pais que por mais que estivem do lado de seus filhos, apenas os faziam mal.

E se o ômega tinha uma certeza em sua vida era que ele não queria ser um pai assim.

Afundou mais a cabeça nas peles, esfregando um pouco o rosto ali. John não se arrependia de ter casado, não se arrependia de suas escolhas, mas sentia que aquilo tudo, aquilo tudo não era dele e que devia deixar quem quer que fosse o dano daquilo, ter tudo o que o ômega tinha pego para si, de volta.

Virou o corpo para cima, encarando o teto de sua casa, já que uma luz, mesmo que muito pequena, entrava pela janela, deixando com que o lobo negro conseguisse ver um leve borrão do que era seu teto.

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