Oi! Como você tem passado? Espero que bem.
Eu não tenho andado nos meus melhores dias quando se trata de produzir. Não sei se vocês já passaram ou passam por isso, mas sabe quando você faz algo e parece que nunca tá bom? Pois é, algo que vira e volta me atinge, mas eu não podia deixar vocês sem capítulo!
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A voz de Etton veio como música para os ouvidos de John. Porque de fato eram. O lobo negro amava ouvir o namorado cantarolando, mesmo que fosse algo completamente sem sentido e apenas alguns murmúrios. Era como a calmaria depois de uma tempestade. Uma tranquilidade estranha que enchia o peito de John, que tirava todas suas preocupações e o fazia sentir nada além de calma.A música parou e John abriu os olhos lilases com calma, vendo seu marido perto da janela de sua casa, de costas para si, observando a luz da manhã que entrava pela janela. O lobo negro não se sentou na cama, nem mudou da posição que estava, agradecendo ao fato de estar de lado e numa posição boa para observar o alfa.
As vezes o ômega se perguntava qual era o tamanho do peso que Etton carregava nos ombros, todas as coisas que o alfa tinha que ser, que representar, que manter e era nesses momentos que percebia que o mundo não era justo com nenhum dos dois. Mas naquela manhã, não era nisso que o lobo negro queria pensar. Ele queria apenas observar e admirar seu marido, esperando que voltasse a cantar aqueles murmúrios e encher seus ouvidos de amor.
E assim como John esperou, aquelas doces cantaroladas voltaram, o fazendo sorrir sem perceber. Até Etton se virar e perceber seu esposo sorridente na cama, com a face de quem tinha acabado de acordar.
— Eu te acordei? — Perguntou preocupado, se aproximando das peles e sentando-se no canto da cama.
John negou com a cabeça. O alfa sorriu, levando uma de suas mãos ao rosto do amado, fazendo carinho em sua bochecha.
— Eu gosto de te ouvir cantar. — Comentou, levando um pouco o rosto na direção da mão que o acariciava.
— Humanos cantam alguma música quando é aniversário de um deles? — Etton perguntou, deitando-se ao lado do namorado, continuando o carinho no esposo.
O ômega assentiu com a cabeça.
— E você gosta dela?
— Eu preferia a que o meu avô cantava. — Comentou, olhando curioso para o marido. — Por quê?
Etton sorriu, rindo um pouco baixo.
— Porque é seu aniversário e eu sei que você não quer nada acontecendo lá fora, mas já que você gosta de me ouvir cantar, eu tinha pensado em dar isso para você como você tinha pedido. — Viu as bochechas do lobo negro se avermelharem — E um doce, aquela torta que você gosta e come quase inteira sozinha.
John riu, dando um leve empurrão no peito do alfa, que riu de volta.
— Eu não como sozinho! Talvez só um pouco mais do que os outros lobos comem. — Se defendeu.
—Da última vez que Jyne te trouxe uma você comeu inteiro.
— E você comeu a outra torta inteira que ele trouxe junto, eu tenho a desculpa dos nossos filhotes dentro de mim, e você? — John ergueu uma sobrancelha, a face sorridente enquanto levava uma das mãos para a que estava em seu rosto, a segurando ali.
— Você ganhou dessa vez. — Etton deu-se por vencido.
John riu, dando um pequeno grito de surpresa ao ver o marido o virando para ficar de costas contra as peles e subindo sobre si, beijando-o do nada, mas assim que a surpresa o deixou o lobo negro retribuiu, era bom estar assim com Etton. Pararam o beijo, as testas coladas, os olhos carmesins encarando os lilases.
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Wëllef
WerewolfO mundo sempre foi diferente aos olhos de John, ele nunca entendeu bem como as pessoas agiam ou deixavam de agir, como se aquele mundo não fosse dele. Após um ato de bravura e loucura sua, ele acabou descobrindo que aquele realmente não era seu mund...