Capítulo 25

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Sabe quando você tem aquela situação que o seu dia vai correr mal? Aquela sensação de que vai acontecer algum desastre... Pois é exatamente isso que eu sinto hoje.
Olhava para a mãe da Selina (que eu descobri se chamar Ísis), e para Sehun. Os dois estavam tendo uma conversa bastante animada e bastante interessante segundo Sehun. No meu caso eu não estava entendendo nada.

Há alguns minutos atrás eu estava no colo do Sehun beijando ele enquanto as mãos dele estavam espalmadas na minha bunda. Até um ser irritante entrar e começar a falar com ele como se eu não estivesse ali!
O Sehun em vez de expulsar ela simplesmente me tirou do colo dele e continuou a conversa! Esse acéfalo!

Olhei para eles os dois conversando animados​ e suspirei.

— Então está combinado? - a mulher do meu lado perguntou sorrindo de lado e cruzando as pernas.

— Combinado - Sehun assentiu com a cabeça e saiu da sala.

Olhei confusa para a mãe da Selina e no momento seguinte a mão dela estava no meu pescoço e as unhas enfiadas lá quase não me permitindo respirar.

— Afaste se do Sehun... -o sorrido dela me assustava- Ele é meu! Eu estou esperando pelo momento para ficar com ele há séculos. Não é uma pirralha que vai arruinar os meus planos -ela soltou o meu pescoço com brutalidade e o ar finalmente entrou dentro dos meus pulmões.

Passei a ponta dos dedos no meu pescoço sentido as marcas das unhas dela nele. Rosnei e acertei um tapa "fraco" na cara dela. Mas ao mesmo tempo que eu bati nela Sehun entrou dentro do escritório.

— BEATRIZ! -o seu grito fez o chão em baixo dos meus pés tremer e eu me encolher.

Olhei para ele meio que com medo e vi os seus olhos totalmente negros.
Ali estava o Sehun de há uns tempos atrás. O Sehun do qual eu tenho medo.
Ele caminhou com passos largos até mim e seguro o meu braço com força me fazendo gemer de dor.
Sentia os seus dedos apertando cada vez mais o meu braço á medida que os seus gritos furiosos aumentavem de tom.
O meu corpo não parava de tremer de medo e eu não conseguia parar de me encolher e encostar o ouvido no meu ombro para não ouvir os seus gritos na minha orelha.
Quando finalmente o sermão terminou olhei para a porta vendo todo mundo lá olhando assustado para Sehun. O meu braço doía pela força que ele estava depositando lá.

— Sehun... Solta ela... -foi a voz de Luhan que fez com que Sehun acordasse e desse conta que estava me machucando.

A sua mão soltou devagar o meu braço e eu gemi de dor alto.
Olhei para o chão e por impulso saí correndo com medo que ele voltasse a ter outro ataque.
Lágrimas quentes desviam pelo meu rosto enquanto eu tentava limpar elas com as costas da minha mão.
Entrei em um quarto qualquer e tranquei a porta.
Fui até ao banheiro andando devagar com medo do estado do meu braço.
Tirei a blusa de manga comprida dificuldade e fechei os olhos pela dor.
O meu braço estava com a marca perfeita dos dedos do Sehun. As 5 marcas roxas dos dedos dele junto com as marcas da palma da mão. Os meus olhos se encheram de lágrimas de novo mas dessa vez não pela dor do braço, mas sim a dor que eu estava sentindo por dentro.
Um estrondo foi ouvido do lado de fora do quarto e eu tranquei a porta do banheiro no momento a seguir.
A luz do banheiro falhou e eu encostei a testa na porta e fechei os olhos com força sentindo ela apagar de vez.
A dor no meu braço desapareceu eu sentia ele perfeitamente bem. Sem alguma marca ou sem algum tipo de dor.
Sentia uma presença atrás de mim, mesmo com a luz apagada eu conseguia sentir ele. Eu conseguia sentir a sua presença avassaladora.

— Eu te amo -a luz voltou e eu já não sentia a sua presença atrás de mim.
Um pequeno sorriso brotou na minha cara.
Essa era a maneira de Sehun pedir desculpa.
Falar um eu te amo puro e sincero.
Olhei para o meu braço e ele estava sem algum sinal de que a marca alguma dia lá esteve.
Encostei as costas na parede e escorreguei até ao chão completamente esgotada.

— Eu também te amo - Falei antes de encostar a cara nos joelhos e acabar por adormecer. Resmunguei quando alguém me pegou no colo e começou a andar comigo.

— Já falei que não quero que durma fora do nosso quarto. Não quero você longe de mim -um beijo foi depositado no meu pescoço e eu fui deitada na cama com uma certa delicadeza.
O meu cansaço falou mais alto e eu não consegui abrir os olhos ou falar alguma coisa sequer.
Ele praticamente se deitou em cima de mim e fez carinho na minha barriga.
Voltei a adormecer junto dele.

Demorei a postar? Demorei!
O capítulo está uma bosta? Está!
Mas enfim.
Eu dedico esse capítulo á minha filhinha.
Te amo pequena 💗💗

My demon(SEHUN)Onde histórias criam vida. Descubra agora