Capítulo 24

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24. Capítulo 24

Draco Malfoy

Acordou sentindo o corpo pesado e um sono arrebatador querer tragá-lo de volta a inconsciência. Abriu os olhos sabendo que se não se movesse acabaria sendo vencido pelo sono e não tinha a menor intenção de atrasar suas responsabilidades.

Estava completamente descoberto e sem roupa. Hermione se encontrava mal enrolada em alguns lençóis deitada de barriga para baixo. Ele se viu no mesmo estado por cima dela. Como havia chegado ali, não sabia, talvez o cheiro de lavanda que exalava dos cabelos dela o tivessem atraído, porque se lembrava bem de terem ido dormir em cantos separados da cama como sempre faziam.

A vontade de ficar ali o dominou. A cercou pela cintura e enterrou o rosto no emaranhado de cabelos castanhos. Hermione resmungou, o que o fez sorrir. Ela estava morta. Draco havia usado todas as energias dela e não esperava que ela fosse acordar ou se mover tão cedo. Afastou-se um pouco, tirou os cabelos do caminho e acomodou-se próximo ao ouvido dela. Cada extensão da pele dela cheirava ao sexo que eles haviam passado a noite fazendo.

- Deveríamos dar outra rodada antes de eu ir a Catedral. – sua voz saiu baixa, rouca e ainda sonolenta.

Hermione resmungou algo em resposta, mais dormindo do que acordada, que se pareceu muito com um xingamento. Ele apenas riu e deixou seus lábios, junto com sua respiração quente, correrem pela pele macia do pescoço dela. Aquele gelado da pele dela contra o tecido de seus lábios estava lhe causando fascinação. Antes mesmo que pudesse medir seu ato pressionou a boca contra uma marca que fizera nela na noite anterior em um beijo demorado apreciando cada sensação que o corpo dela provocava sobre ele até mesmo quando ela estava inconsciente.

- Pelo amor de Merlin, Draco... – ela suspirou - ...eu não tenho mais forças... – foi o que ele entendeu do sussurro quase inaudível dela.

Sua boca abriu um sorriso contra a pele dela. Ele também não tinha mais. Sentia todo o cansaço daquela noite inteira sobre ele, mas se sentia leve também, leve como nunca antes, não sabia que sexo tinha aquele poder também. A verdade era que não dava aquele crédito ao sexo, dava aquele crédito a ela. Hermione. Nunca havia imaginado que a ideia de tê-la ao seu lado, de poder usar o cérebro dela, de tê-la como cúmplice, o animasse tanto. Teria que contar seus segredos a ela, mas por incrível que pareça isso também não estava o incomodando. Ela teria que ser confiável, era sua mulher, sua esposa e seria a mãe de seu filho. Quem se não ela poderia se tornar mais confiável?

Beijou aquele pescoço mais uma vez muito consciente do que estava fazendo dessa vez e a deixou levantando-se para ir ao lavatório onde seguiu toda sua rotina diária. Ele não era o tipo de homem que beijava mulheres durante o sexo. Gostava de sentir o sabor dela, da pele delas, gostava de provar, de morder, de sentir língua com língua, mas beijar era algo que nunca tivera necessidade ou vontade com nenhuma delas. Noite passada ele havia beijado Hermione mais do que sua vida inteira com mulheres. Se vira preso na atmosfera diferente que os envolvera e sua boca o traiu tantas vezes que ele começou a apreciar e sentir necessidade de pressionar os lábios contra a pele dela. Fazia isso pela simples sensação de satisfação que descobrira naquele gesto que parecia tirar algo de dentro dele que não conhecia para externar na pele dela ou contra aqueles lábios macios e belamente cheios.

Seu corpo estava extremamente cansado e invejou Hermione quando voltou para o quarto já em sua farda e a encontrou da mesma forma espalhada na cama com o lençol mal lhe cobrindo o corpo. Ele sorriu estando satisfeito por saber que era o responsável pelo estado em que ela se encontrava e também por saber que a mulher mais sexy que já vira era sua. Céus, ele queria que seus olhos tirassem foto.

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