Capítulo 15

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Capítulo 15

Pansy Parkinson

Chegara do Centro cansada e enfurecida. Trabalhar com organização de eventos para uma sociedade rica era extremamente exaustivo. Principalmente em um dia como aquele quando o comentário de todas as bocas era um só. O nome constante de Hermione soando em seus ouvidos a corroía de dentro para fora e manter o humor durante aquele dia estava sendo um trabalho mais árduo do que planejar festas perfeitas para as madames de Brampton Fort.

Jogou a bolsa sobre sua cama assim que entrou no conforto de sua torre. A revista pulou para fora dela sobre sua colcha como se não pudesse lhe dar um segundo de descanso e foi ao chão bem diante de seus pés. Ela leu pela milésima vez naquele dia as letras em destaque da capa.

"A mulher que você gostaria de ser."

Pansy abaixou-se e a pegou. O ódio dentro de si era tão profundo que ao invés de fazer com que ela gritasse, queimasse aquilo ou quebrasse algo, ela apenas se mantinha em um estado profundo de desgosto o frieza. Carregou aquilo em suas mãos e a lançou sobre sua mesa ao lado da lareira.

"A mulher que você gostaria de ser." Leu novamente.

"Descubra o segredo da inteligência de Hermione Malfoy."

"Cinco fatos que você não sabia sobre a nova Sra. Malfoy."

"De Hogwarts a Família mais importante do mundo bruxo."

"Entrevista exclusiva com Hermione Malfoy."

E lá estava ela. A figura de Hermione Granger Malfoy vestida como uma rainha poderosa de pé sobre um cenário renascentista exuberante e rico bem ao lado de uma alta cadeira real estofada perfeitamente branca. Sua mão repousava discretamente sobre um dos braços dela e lá também estava o anel da família gritando em seu dedo. Seu olhar profundo, a forma como seus cabelos se moviam com o vento, sua expressão séria e o queixo na postura devida mostrava que ela era sim uma Malfoy. Pansy havia treinado aquela mesma pose por anos.

O ódio fez com que ela se sentasse calmamente em toda a sua classe. Seu dedo passou as páginas insignificantes até ela novamente. Leu tudo. Cada pequena preposição, cada minúsculo artigo, cada maldita palavra. E entrevista era ridícula e girava em torno do trabalho que vinha fazendo dentro da Catedral e o convívio com Draco, o que ela deixou debaixo de mistério falando que ele era uma pessoa quieta e reservada. Pansy se irritava com tudo aquilo. O que havia de especial naquela Sangue-Ruim? Será que ninguém percebia a hipocrisia que se havia entorno da adoração que todos tinham pela figura imaculada da de repente-influente Hermione Malfoy? E aquelas imagens? Quando o interesse da mídia se fechou em torno da Sangue-Ruim Pansy ria por dentro sabendo que a pobreza de Hermione nunca deixaria que ela tivesse tipo para editorial e sessões fotográficas. Mas que mágica eles haviam feito para fazer com que ela estivesse tão perfeita quanto exatamente era? Parecia que ela não estava nem mesmo fazendo esforço nenhum! Fechou a revista com nojo. Aquela mulher tinha o seu homem todos os dias e ela já havia se cansado de dar o tempo que Draco havia imposto para que se adequasse a nova companhia que estava tendo.

Olhou no relógio e sorriu. Era a hora perfeita. A hora que Hermione subia para a torre dele todos os dias. Sabia porque monitorava Draco com uma frequência até mesmo doentia. Levantou-se com pressa e cruzou a Catedral até chegar a sala de Draco. A secretária nojenta havia sido demitida repentinamente há quase dois meses atrás e desde então todas as piranhas de Brampton Fort havia se candidatado para o cargo, mas Draco parecia querer alguém de confiança, portanto o caminho para a sala dele ainda estava completamente livre de qualquer intruso.

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