Capítulo 25

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25. Capítulo 25

Lord Voldemort

Ela não o temia. Não podia temê-lo se ainda, depois de tudo, ela ousava desafiá-lo. Hermione certamente fazia jus ao maldito sangue precioso que lhe corria nas veias, mesmo sem ter a mínima consciência dele. Se sentia altamente tentado em dar um fim a vida dela assim que seu herdeiro fosse produzido, mesmo que fosse um belo de um desperdício acabar com uma coisa tão bonita como ela. Provavelmente encontraria um outro uso para ela assim que lhe tirasse seu herdeiro.

Ah... Seu herdeiro! A mistura do sangue dela com o sangue Malfoy. Ele se perguntava sobre o poder dessa criatura todos os dias. Um sangue que nunca teria se misturado na história do mundo. Ele estava orgulhoso de seu feito. Teria o filho deles ao seu lado. Teria o poder dele a seu favor. Faria com que seu herdeiro fosse um fiel incondicional. Leal a ele e unicamente a ele. Assim teria o mundo em suas mãos. Certamente seu herdeiro seria ambicioso como Draco, sedento por poder e reconhecimento. Voldemort prometeria seu império inteiro a ele, mesmo que nunca tivesse a intenção de deixá-lo.

Quando Hermione passou para o lado de dentro de seu gabinete ele via apenas a figura de uma insolente. Alguém que ousava desafiá-lo era alguém morto e ele tinha muita vontade de matá-la. A sede por vê-la morta e ensanguentada ressecava até mesmo suas veias, mas ele precisava ser paciente, aquele momento chegaria no dia oportuno e ele beberia cada segundo do sofrimento físico dela.

A viu parar logo a frente de sua mesa. Vestia um de seus elegantes vestidos e ousava se manter em sua postura desdém. Confiante exatamente como Draco havia aprendido gostar de se apresentar. Voldemort pegou a edição do Diário de Imperadordaquele dia e jogou aberto sobre a mesa bem a frente dela.

- Insolente da sua parte o que fez. – tirou o charuto da boca. – Organizar uma conferência pública sem meu conhecimento. Expor uma das cabeças que eu mesmo nomeei para cuidar do meu forte. Anunciar seu ligamento ao departamento de Draco sem que eu fosse consultado. Acaso é louca? Está precisando receber outra lição para se colocar em seu lugar?

- Você fez de mim uma Malfoy, mestre. Meu lugar não é abaixo de ninguém. Já deveria saber disso quando me colocou sob a direção de Theodoro Nott com o dever de solucionar os problemas das Casas de Justiça. Eu coloquei regras, aboli as chances de corrupção, evitei guerras entre família poderosas que te servem e que ficariam muito insatisfeitas com o mal funcionamento das atividades dentro do seu forte. Mesmo assim quando dei as costas ao departamento por causa de uma ordem sua, fui obrigada a assistir todo o meu trabalho desmoronar por culpa de Nott. Não iria esperar que eu ficasse calada, ou iria mestre?

Voldemort se viu rir. Reclinou-se em sua cadeira confortavelmente e uniu suas mãos ossudas.

- Está adquirindo um espírito vingativo admirável, Sra. Malfoy. – teve que comentar. – Por que não pulamos logo essa maldita enrolação? Sei perfeitamente que o que realmente quis com isso não foi vingança embora tenha a conseguido no processo. – sorriu – Você queria minha atenção. Queria que eu a chamasse aqui. Diga de uma vez o que pretende com isso.

Ela piscou com calma. Aproximou-se mais e tocou as bordas do outro lado de sua mesa.

- Estou me juntando a Comissão de Estudos e Experimentos do departamento de Draco. Vou servir na guerra a seu favor. Trabalharei junto com Draco para sua vitória. – ela soltou de uma vez.

Voldemort se viu rir novamente. Colocou o charuto entre os dentes e encarou aquele belo rosto que ela tinha. Olhos âmbar, boca cheia, nariz bem desenhado. Ela era uma pequena coisa delicada que sabia usar o magnífico cérebro que tinha.

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