Capítulo 37

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37. Capítulo 37

Fleur Weasley

Três longos dias. Talvez os piores de sua vida. Havia sido um caos. Destruição por toda parte, desespero, mortes... Estava surpresa por ainda estar viva depois de ter passado por tudo aquilo. Era o que pensava enquanto abria os olhos muito devagar acordando de um estado de inconsciência do qual não se lembrava de ter entrado.

Ainda estava na Ordem. Sua cabeça doía como nunca havia doído antes em sua vida. E sua visão ainda estava embaçada. Piscou várias vezes até finalmente conseguir fazer tudo entrar em foco. Perdeu o fôlego no mesmo segundo. Estava de pé, mas não usava suas próprias foças. Seu corpo estava colado contra a parede do recém adicionado cômodo que todos chamavam de salão de experimentos no último andar. Não conseguia se mover nem falar. A sua frente, no chão, vários corpos estavam atados em pequenas rodas espalhados pelo maior espaço que a Ordem já tivera em anos dentro da sede. De seus dois lados haviam mais pessoas de pé exatamente como ela e cobriam toda a extensão das paredes. Colin Creevey estava logo ao seu lado. Ainda desacordado. Ou talvez morto. Ela não podia dizer muita coisa.

- Separamos os nomes mais importante nas paredes e os menos relevantes deixamos no chão... – escutou uma voz de longe e tentou detectar de onde vinha.

Seus olhos capturaram o conhecido Draco Malfoy na companhia de ninguém menos que Lorde Voldemort em seu temível e horroroso estado de homem-cobra. Sentiu todo seu corpo reagir em medo e raiva, porém não se moveu um centímetro. A figura dos dois juntos, acompanhados de alguns Comensais que ainda andavam em suas máscaras parecendo fazer um papel de escolta, era como encarar a maior aposto que já vira na vida. Draco Malfoy exalava uma imponência que partia de uma beleza física sem tamanha ou qualquer comparação. Voldemort por sua vez era desprezível e chamava uma atenção que te fazia querer remoer e expelir as próprias entranhas.

- ...Potter e o grupo que conseguir sumir juntamente com ele? – ela escutou a voz rouca de Voldemort quando se aproximaram mais de onde estava.

- Não vai ser difícil encontrá-los. Não há lugar que possam ter ido na Grã-Bretanha. Temos o domínio de todo o território. Se tivermos problemas para encontrá-los, devem ter ido para lugares muito remotos ao redor do mundo. O que é muito duvidável. – respondeu Malfoy.

- Eles parecem ter reagido como se soubessem que esse ataque aconteceria.

- Não me surpreende que estivessem preparados para algo como isso. Sempre soube que a Ordem inteira trabalha a favor da segurança de Potter e dos membros mais importantes.

Voldemort parou por um segundo passando os olhos sobre o lugar.

- Eles não tem mais toda essa segurança. – encarou Malfoy. – Portanto não me faça ter que te dar prazos para encontrá-lo.

Draco Malfoy apenas assentiu. Voldemort se afastou desviando sua atenção para as pessoas alinhadas nas paredes. Os olhos dele caíram sobre ela rapidamente e todo o seu interior congelou. Não soube como reagir, mas não tinha muitas opções além de encará-lo assustada. Fazia tanto tempo que não colocava os olhos em Voldemort que mal se lembrava de sua figura assustadora.

No mesmo segundo, o eco das portas se abrindo deram lugar a uma nova personagem, e no momento que ela passou para o lado de dentro, foi como se toda a atenção, até mesmo das moléculas suspensas no ar, fossem roubadas. Era a mulher mais impactante que ela já colocara os olhos. Até perceber que era Hermione Granger. Questionou sua sanidade naquele exato momento.

Ela entrou fazendo o barulho dos saltos de seus sapatos ecoarem pelo silêncio. Sua postura era irreconhecível. Parecia dominar todo aquele espaço, parecia ser a dona do ar que respirava, do chão que pisava, daquilo que olhava. Seu cabelo estava absolutamente perfeito descendo em cachos castanhos em cascatas até abaixo dos ombros. Fleur teria vendido sua alma por aqueles sapatos em sua adolescência e aquele vestido também. Era poderoso, mas ao mesmo tempo doce. Uma espécie de estilo vitoriano que lembrava muito o verão. Destacava bem o caro colar em seu pescoço e também a...

CIDADE DAS PEDRASOnde histórias criam vida. Descubra agora