Capítulo 65

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Minha fé está abalada
Mas eu, eu tenho que continuar tentando,
Tenho que manter minha cabeça erguida (...) Só tenho que continuar
E eu, eu tenho que ser forte
E apenas continuar"

— The Climb, Miley Cyrus

Maria Laura narrando.

Faz um mês que eu tô vivendo esse inferno, um mês.

Eu juro que não tô mais aguentando nada...
A única força que eu tenho vem dos meus filhos, mas tenho que dizer, temo por eles.

Eu não tô me alimentando direito, sinto cólicas constantes e sei que meus filhos estão prejudicados de alguma forma com esse sequestro, eu só queria que tudo acabasse.

Rolo meu corpo pelo colchão, sentindo dores em minhas pernas.

Forcei meus olhos pra poder abrir, tava difícil pela surra que a puta da Katiane me deu ontem.

O lixo humano do Bernardo deu ordem que era pra me bater só na cara e que se ela fizesse algo contra os meus filhos, ia cobrar com o sangue dela.

A puta tá só na covardia comigo, me pegando amarrada nos braços e nos pés.

Falando em Bernardo aquele filho da puta me obrigou mais de duas vezes a pagar boquete pra ele.

Flashback on

Tava olhando pra o teto enquanto sentia minha respiração ofegante, indicando que eu estava a uma beira de ataque de asma.

Tava até demorando eu ter alguma crise, por tudo.

A porta foi aberta em um estrondo, fazendo meu corpo amarrado pular.

Respirei fundo tentando recuperar meu fôlego, quando vi o corpo do verme entrando com um sorriso malicioso nos lábios.

— Como tá Maria Laura? — Perguntou com deboche.

Nem respondi, permaneci em silêncio e abracei meu corpo.

— Eu tô falando vadia — Ele disse com ódio avançando em mim

Ele me puxou pelo cabelo me fazendo ficar sentada e gemer de dor.

— Me deixa em paz — Falei com a voz trêmula.

— Te deixar em paz? Paz é a última coisa que eu quero dar a tua família a ao filho da puta que me traiu... aquele bosta do Muka tinha que ser filho da puta da Donatella mesmo — Ele cuspiu as palavras enquanto apertava meu queixo com força.

— Tá me machucando — Falei chorosa.

Avidinha — Falou com deboche — Eu não ligo — Disse e soltou neu rosto com violência.

Minha cabeça tombou pra trás, fazendo bater contra a parede.

Coloquei minhas mãos em automático no lugar que bateu.

Destino ou Vingança?Onde histórias criam vida. Descubra agora