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No momento em que acordei, percebi que estava algemado, com as mãos para trás, em um cano próximo a uma janela, com uma corda amarrando os meus pés e uma fita adesiva na minha boca, e vi que estava num esconderijo que ficava no meio do mato. Fiquei um bom tempo tentando soltar a corda que estava nos meus pés, mas falhei tentando pois estava muito apertada. Após um longo tempo Vitórya e Pedro resolveram aparecer:

-Olha só! A Bela Adormecida resolveu acordar! - disse Pedro descendo as escadas, tentei falar algo, mas foi inútil - Ah o que foi? O que você disse? Ah sim, quer saber aonde você está preso! Bom, neste exato momento, você está preso num porão de uma casa abandonada! Agora eu tenho que ir, vou ver como estar a Esther, enquanto isso, você vai ficar aqui com a Vitórya! - ele terminou de falar e saiu do porão, me deixando sozinho com a Vitórya.

Ela se aproximou, se sentou ao meu lado e começou a acariciar o meu rosto no mesmo momento em que eu afasta o meu rosto. Eu já estava começando a perceber que passaria um bom tempo ali...

Esther narrando:

Após procurarmos nos dois bairros vizinhos, decidimos ir mais além e procurá-lo em outros bairros da cidade, porém, não o encontramos. Depois de um longo tempo procurando o, resolvemos voltar pra casa e esperarmos até o momento certo de falar com a polícia.

Enquanto voltávamos, encontrei com o Pedro. Ele parecia estar feliz:

-E ae Esther! Tudo bem? - falou assim que se aproximou de mim.

-Oi Pedro! Não estou bem não!

-O que aconteceu? - perguntou meio preocupado comigo.

-Miguel desapareceu ontem a noite e não conseguimos encontrá-lo até agora! - falei bem triste.

-Vem cá! - ele se aproximou e me abraçou - Vocês vão conseguir encontrá-lo! Fica tranquila!

-Ok, obrigada! - parei de abraçá-lo e continuei o meu caminho.

No momento em que cheguei em casa fui direto ao meu quarto. Tomei banho, troquei de roupa e fiquei deitada na cama pensando. Terminando o meu pensamento, cheguei a conclusão de que eu estava bastante angustiada e precisava muito mesmo falar com Deus. Então, me ajoelhei no chão, próxima à cama e comecei a orar:

-Meu Deus e meu Pai, graças te dou por tudo que Tu tens feito em minha vida e na vida de quem amo. Pai, quero te pedir perdão por todos os meus pecados que cometi, e por tudo que fiz ou deixei de fazer que tenha Te entristecido. Senhor, minha alma está bastante aflita pois Teu servo foi sequestrado e não sei como ele se encontra. Sei que não mereço e nem sou digna de Te pedir isso, mas meu Pai venho me humilhar aos Teus pés para pedir que o Senhor venha guardar a vida do Miguel, venha tomar a vida dele em Suas mãos, venha protegê-lo de todo mal e todo principado que venha se levantar contra a vida dele. Te peço também que o Senhor venha trazê-lo em segurança para que o Teu nome venha a ser honrado e glorificado. Assim Te peço em nome do Senhor Jesus Cristo, amém!

Quando terminei de orar me senti mais tranquila e peguei a Bíblia para ler...

Miguel narrando:

A Vitórya resolveu me deixar sozinho logo quando percebeu que não estava me importando com a presença dela ali. Nesse tempo que fiquei sozinho, comecei a pedir a ajuda de Deus:

-"Meu Deus, sei que podes me ouvir e também sei que és poderoso e que podes me ajudar, por isso Senhor que estou aqui, preciso muito muito mesmo da Sua ajuda. Preciso não, necessito da Sua ajuda, só Tu podes me ajudar agora Senhor. Por favor, eu Te imploro, me ajuda Senhor. "

Quando terminei, Pedro entrou com mais dois homens ao lado dele. Assim que desceram as escadas, os dois homens pararam e o Pedro se aproximou de mim:

-Sabe... eu falei com a Esther, ela está mais linda que da última vez em que a vi. Ela está tão feliz, nem parece que está sentindo a sua falta, ela parece... hum... nem se importar com o seu desaparecimento. - ele riu debochando de mim. Eu não acreditei nele, sabia que estava mentindo. - Bom agora, chega de papo, tenho uma boa e uma má notícia. A boa notícia... é que você não vai mais ficar aqui, vai ficar num quarto agora. Olha só que maravilha - ele falou animado - Agora vem a má notícia... o quarto que você vai ficar é um quarto feito para torturar as pessoas, então... você será torturado até o dia em que eu falar "Chega". Isso é bem triste pra você, entretanto, pra mim isso é muito divertido. - ele falava cada vez mais animado. - Vocês já podem levar ele.

Os homens se aproximaram, e enquanto um desamarrava a corda que prendia os meus pés o outro soltava as algemas. Quando eu me levantei, percebi que tinha como eu fugir pois os homens e o Pedro estavam destruídos. Portanto eu não esperei outra oportunidade e comecei a correr o mais rápido que pude para sair daquele lugar. Chegando na porta do porão, percebi que eles estavam atrás de mim, o que era de esperado, então comecei a correr o mais rápido possível.

Assim que sai do esconderijo percebi que tinha mais árvores do que eu pensava e também percebi que não sabia pra onde estava indo, apenas segui em frente indo apenas na direção em que eu achava ser a correta pra sair dali...

Esther narrando:

Depois que eu terminei de ler a Bíblia e te ter me acalmado, decidi ir passar na casa dos meus sogros para saber como eles estavam.

Chegando lá eu ouvi uma criança chorando, e resolvi tocar a campainha pra ver se a irmã dele tinha chegado mais cedo. Fiquei um tempinho esperando até que a porta abriu e eu vi uma mulher, provavelmente a irmã dele:

-Oi quem é você? - ela perguntou confusa.

-E...eu sou a na...namorada do Miguel. - eu não sei porque estava gaguejando, fiquei bem confusa com isso.

-Aahh então você é a Esther! É um prazer finalmente te conhecer! - ela disse me abraçando - Vamos, pode entrar! - ela chegou pro lado para eu poder entrar.

-Obrigada! Licença - falei entrando na casa.

-Oi minha nora, como está? - minha sogra disse me abraçando

-Não muito bem! - respondi retribuindo o abraço - E a senhora? - perguntei assim que paramos de nos abraçar.

-Do mesmo jeito que você!

-E o meu sogro, onde está?

-Ele foi trabalhar um pouco para se distrair. Vem cá! - ela disse me puxando - Quero que você conheça o meu genro e o meu neto. - ela falou enquanto íamos na direção deles.

Chegando próximo a eles os cumprimentei, me sentei em um dos sofás e fiquei tentando brincar com o neto da minha sogra enquanto ela explicava pra filha e pro genro o que estava acontecendo.

Após ela explicar tudo, a Emily (irmã da Miguel) sugeriu de começarmos a orar e a buscar a Deus até chegar a noite, que seria quando iríamos na delegacia registrar o desaparecimento do Miguel...

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